quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dom de Deus
















Caridade – o doce alívio
Àquele que pede à porta;
Entretanto, além do amparo,
A frase que reconforta;

O socorro em que te mostras
Onde o bem se faz preciso,
Colocando em cada gesto
A dádiva de um sorriso.

Caridade – a paciência
No apoio do braço irmão
Que suporta o companheiro
Na hora da irritação;

O ouvido que escuta e cala,
Cumprindo santo dever,
Esquecendo tudo aquilo
Que não se deve dizer.

Caridade – a mente calma
Da criatura sincera,
Que ajuda sem reclamar,
Que jamais se desespera;

A voz que adoça pesares,
Que não fere, nem se cansa,
Vestindo a dor da verdade
Na túnica da esperança.

Caridade – dom de Deus,
A bondade dividida,
Será sempre, em toda parte,
A luz que clareia a vida;

Mas só fica onde trabalha
E nunca aparece em vão,
Quando nasce, vibra e serve
Por dentro do coração.


Manoel Monteiro*

Do livro "Caridade", de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos

(*) Não foi encontrado dados biográficos ou referências sobre o poeta Manoel Monteiro, mas, fica aqui um registro da beleza do seu trabalho como poeta redivivo através da psicografia de Chico Xavier.

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