Por Juan Carlos Orozco
Feche os olhos.
Procure relaxar.
Nuvens se movimentam à sua frente.
Relaxe um pouco mais e se acomode
no pensamento.
Imagine uma música suave e
maravilhosa de fundo.
A melodia acalma e transporta o
pensamento para longe.
Inicie a sua viagem no tempo e no
espaço.
Entre no túnel que se forma em
redemoinho longitudinal.
As imagens de diferentes épocas
aparecem por todos os lados.
A viagem é longa.
Está quase chegando, há mais de
dois mil anos.
Aproxima-se a Belém de sua alma.
Os sinos estão tocando, com
badaladas que anunciam a cena tão esperada.
O momento é único e somente seu.
Observe tudo, olhando para o Céu e
para toda a Terra.
Uma luz irradia no Céu como uma
estrela, indicando a direção para acompanhar.
A estrela reluz azul e branco,
deixando rastro com um risco de amor.
A luz aponta para um lugar
especial, que é o seu coração.
Seu coração tem o formato de uma
simples manjedoura bem acolhedora.
O coração bate forte à espera de
alguém muito especial.
Ele não vê a hora dessa chegada,
aumentando ainda mais os seus batimentos.
Parece que o momento está bem
próximo.
Ao lado do coração, está a mãe
escolhida dentre todas as mulheres e o pai carpinteiro.
Animais testemunham aquele momento
e acalentam o coração manjedoura.
Que momento lindo e maravilhoso!
Como um milagre, o menino Jesus
nasce na manjedoura do seu coração.
Tudo é muito real.
O coração recebe o Cristo, que se
deita e sorri para você.
No aconchego do seu coração,
aquele menino penetra a corrente sanguínea.
Circula em todos os sistemas do
corpo, contaminando-o com o seu puro amor.
Por onde passa, limpa o organismo
de todas as impurezas.
Nenhuma parte do corpo deixa de
ser tocada por Ele.
Aproxima-se o momento sublime de
se alojar na sua mente.
Da mente, uma energia inexplicável
ilumina toda aquela alma.
Depois de uma cegueira milenar, a
visão espiritual desperta.
Começa a enxergar as coisas de
Deus que não via antes.
Aquela luz, que contagia toda a
alma, faz mover boca, braços, mãos e pernas por caminhos jamais percorridos.
Após tantos nascimentos, é o
renascer da pureza de coração que transforma, regenera e direciona para a
verdadeira felicidade.
Todos ao seu redor são impactados
por sua luz, que irradia do coração manjedoura que acolheu o Mestre Jesus.
Agora, todos entram no túnel do
tempo de volta para o futuro.
Caminham alegres por estar juntos.
As imagens do passado são meras
recordações, lembranças de lições aprendidas.
Novas badaladas dos sinos são
ouvidas.
Abre-se a porta estreita para o
desembarque daqueles viajantes.
Ao descer na estação da vida
presente, percebem que é Natal.
É o dia em que Jesus nasce nas
manjedouras de seus corações.
Despertem e abram os olhos! Quem
tem Jesus no coração, caminha pela estrada da verdade divina que conduz para a
vida eterna em direção do Pai.
O Espírito Emmanuel, no livro
Verdade e amor, em “Dedicação”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier,
disse: “Jesus continua nascendo na manjedoura dos corações que se fazem simples
e confiantes na fé viva, curando, através das mãos que o procuram sedentas de
caridade, e resplandecendo no Tabor das almas elevadas e nobres que se dirigem
para os montes do bem e da luz, a fim de respirarem e viverem.”
Ainda Emmanuel, no livro Antologia
mediúnica do Natal, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, no capítulo 74,
em “Recordação do Natal”, expressou: “Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos
a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita à verdadeira
solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa
Ele nascer, em Espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em
incessante e divino Natal todo os dias da nossa vida.”
Não adie mais esse momento lindo e
maravilhoso.
Feliz Natal! Que Jesus nasça na
manjedoura do seu coração.
Bibliografia:
EMMANUEL (Espírito); na psicografia de Francisco Cândido Xavier. Antologia mediúnica do Natal. 7ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.EMMANUEL (Espírito); na psicografia de Francisco Cândido Xavier. Verdade e amor. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário