Os gregos antigos eram muito
sofisticados ao falar sobre o amor.
Segundo eles, era impossível
utilizar uma única palavra para definir tudo aquilo que a nossa cultura chama,
unicamente, amor.
Para eles, havia seis formas de
amor, cada qual com suas características.
O primeiro tipo, o amor Eros, era
nomeado assim por conta do deus grego da fertilidade, representando a ideia de
paixão.
Eros era o amor capaz de dominar e
eximir o ser de sua racionalidade. Envolvia uma falta de controle, que
assustava os gregos.
A segunda variedade, o Philia, era
relativo à amizade, à fidelidade entre companheiros unidos por laços fraternos.
Essa forma de amor era muito mais
valorizada do que a primeira.
O Ludus, terceira forma, guardava
relação com a diversão, com a afeição, com as boas companhias e com o prazer de
se estar ao lado de quem se quer bem.
O amor Ágape, quarto tipo, era a
mais radical das formas. Foi traduzido mais tarde para o latim como Caritas, do
qual se originou o termo caridade.
Ágape representava o amor
abnegado, desinteressado. Aquele que se estende ao próximo, a fim de
transformá-lo em um irmão.
Essa é a forma de amor ensinada na
maioria das tradições religiosas.
No cristianismo, representa o amor
divino que deve ser cultivado e estendido aos nossos semelhantes, seguindo o
ensinamento de Jesus: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós
mesmos.
Ainda, o amor Pragma, o amor
maduro, resultado de profundo entendimento, consideração, respeito e admiração,
que se desenvolve entre casais de longo matrimônio e entre pessoas que convivem
muitos anos.
Passadas as ilusões, deixam se
levar pela alegria da convivência. É o júbilo de saber que o outro ali está, em
todos os momentos e circunstâncias, por mais difíceis e dolorosas que elas
sejam.
Finalmente, a última forma, o amor
Philautia ou autoamor. Não se trata de narcisismo, mas sim de uma maneira muito
mais elevada de amor.
Os gregos entendiam que, quanto
mais a criatura se ama, mais amor tem a oferecer.
De que forma entendemos o amor? O
que ele representa para nós? Como damos, recebemos e vivenciamos o amor?
Entregamo-nos aos preceitos de
Jesus, buscando o autoamor, o amor ao próximo, o amor familiar e fraternal, o
amor abnegado?
Ou ainda nos perdemos nas teias de
Eros, das ilusões e paixões, dos interesses?
Qual a nossa verdadeira
compreensão do que é o amor?
Importante se faz a reflexão a
respeito. Importante que analisemos nossas ações, nossos sentimentos, a fim de
bem avaliarmos de que espécie é o amor que nos move.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta, dizia o Apóstolo Paulo.
Pensemos nisso! Pensemos sobre o
amor. Busquemos o amor que se oferece, que é fiel, que vive a alegria de ver o
outro feliz.
Vivenciemos o amor, em suas
nuances mais sublimes, sempre, diária e constantemente.
Redação do Momento Espírita
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