terça-feira, 11 de setembro de 2018

Luz da Humildade


POEMA DO HOMEM HUMILDE


O Homem Humilde é aquele que aceita a vida corajosamente, construindo em seu coração um universo de paz e amor.

O Homem Humilde se alegra com as alegrias sãs e contribui para atenuar as dores do mundo que o cerca, porque lhe é imanente o sentido da solidariedade.

O Homem Humilde não desconhece que as estradas que hoje palmilha já foram por ele percorridas ontem e sê-lo-ão amanhã, na marcha inelutável para a perfeição.

O Homem Humilde tem a Sabedoria do Bem, que exemplifica espontaneamente, como necessidade íntima do seu ser.

O Homem Humilde não se exaspera ante as injustiças e as contradições da vida terrena; ainda que não se aperceba, pressente as razões que as determinam.

O Homem Humilde encara as lutas cotidianas como uma ponte entre o passado e o futuro; tem a percepção de que o futuro outra coisa não é senão o passado que ele deixou no limiar do presente, ao iniciar nova experiência reencarnacionista.

O Homem Humilde é pacífico e tolerante, prestativo e operoso; traz a alma isenta, de mágoas, ressentimentos e preconceitos.

O Homem Humilde não sabe acusar; o perdão domina por inteiro o seu sentimento, não deixando lugar para o egoísmo.

O Homem Humilde nada inveja; sente-se rico no amor ao trabalho e na simplicidade da existência; possui tesouros espirituais que não se encontram nas arcas dos potentados.

O Homem Humilde aparenta a fragilidade do cristal, mas possui a fortaleza da rocha na humildade em que se escuda.

O Homem Humilde é manso como o regato que desliza em leito calmo, na planície tranquila. Avança brandamente em busca do seu destino, porque sente que está no rumo certo.

O Homem Humilde é feliz; sabe ouvir e calar, quando fala, diz o indispensável, pois a discrição é parte integrante da sua personalidade.

O Homem Humilde é eterno, porque participa da simplicidade de todas as coisas belas e puras.

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Portanto, irmãos: a Humildade é a maior de todas as virtudes, porque nela todas as virtudes se acham reunidas.

José Brígido (Indalício Mendes), Reformador (FEB), outubro 1958

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