sábado, 11 de julho de 2015

A Matriz Viva, A Nova Ciência da Cura

Um documentário que explana de forma magistral, através de depoimentos de pessoas que foram acometidas por doenças clinicamente diagnosticadas como incuráveis e que foram submetidas a terapias alternativas obtendo curas tidas como “milagrosas”, de professores de universidades renomadas do ocidente e de cientistas, além de estudos e abordagens da física quântica como está se desenvolvendo e se incorporando a nova ciência da cura no terceiro milênio.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Os Avanços da Ciência da Alma (Parte 2)


O maior de todos os psicógrafos


Naquele verão, na Filadélfia, os dez médiuns produziram psicografias espelhadas – escritas de trás para a frente –, redigiram em línguas que não dominavam bem, descreveram corretamente ancestrais dos cientistas que os próprios pesquisadores diziam desconhecer, entre outras tantas histórias. Convivendo com eles naquele experimento, colhendo suas histórias, ouvindo os dramas e prazeres de viver entre dois mundos, encontrei diferentes biografias. Todos eles compartilham, porém, a crença de que aquilo que veem e ouvem é, de fato, algo real. Outro ponto em comum: todos nutriam enorme respeito por Chico Xavier, considerado o modelo de excelência da prática psicográfica.

Mineiro de família pobre, fala mansa e sorriso tímido, Chico Xavier recebeu apenas o ensino básico. Isso não o impediu de publicar mais de 400 livros, alguns em dez idiomas diferentes, cobrindo variados gêneros literários e amplas áreas do conhecimento. Ao final da vida, vendera cerca de 40 milhões de exemplares, cujos direitos autorais foram doados. Psicografou por sete décadas. Nenhum tipo de fraude foi comprovada. Isso não significa que seus feitos mediúnicos sejam absoluta unanimidade. Há controvérsias. O pesquisador Alexandre Caroli Rocha, doutor em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chegou a conclusões que parecem favorecer a hipótese de que Chico fosse mesmo uma grande e sintonizada antena. Em seu mestrado, ele analisou o primeiro livro publicado pelo médium, Parnaso de além-túmulo, que trazia 259 poemas atribuídos a 83 autores já mortos.

Seu estudo considerou os aspectos estilísticos, formais e interpretativos dos poemas e concluiu que a antologia não era um produto de imitação literária simples. Rocha descobriu, por exemplo, que Guerra Junqueiro (1850-1923), um dos autores mortos, assinava a continuação de um poema inacabado em vida. Não havia indício de que Chico tivesse tido acesso ao poema antes de psicografar sua continuação. No doutorado, Rocha concluiu que Chico reproduzia perfeitamente o estilo do popular escritor Humberto de Campos (1886-1934). Nos textos que saíam da ponta de seu lápis havia, segundo Rocha, um estilo intrincado e sofisticado, detectável apenas por aqueles que conhecem bem como Humberto de Campos funciona. Muitos dos textos atribuídos a Campos continham informações que estavam fora do domínio público. Encerradas num diário secreto, tais informações só foram reveladas 20 anos depois da morte de Campos e do início da produção mediúnica de Chico.



A ciência pode desvendar a natureza da alma?


“Se eu pudesse recomeçar minha vida, deixaria de lado tudo o que fiz, para estudar a paranormalidade.” Essa confissão de Sigmund Freud a seu biógrafo oficial, Ernest Jones, marca um dos capítulos pouco conhecidos da história do pensamento humano. Pouca gente sabe também que muitas das teorias reconhecidas hoje pela ciência sobre o inconsciente e a histeria baseiam-se em trabalhos de pesquisadores que se dedicaram ao estudo da mediunidade. Talvez menos gente saiba que Marie Curie, a primeira cientista a ganhar dois prêmios Nobel, e seu marido, Pierre Curie, também Nobel, dedicaram espaço em suas atribuladas agendas ao estudo de médiuns. No Instituto de Metapsíquica em Paris, no início do século passado, Madame Curie inquiriu com seus assombrados olhos azuis a médium de efeitos físicos Eusapia Palladino. O casal Curie supôs que os segredos da radioatividade poderiam ser revelados por meio de uma fonte de energia espiritual. Quem seria capaz de imaginar isso hoje?

Outros cientistas laureados com o Nobel consagraram parte de sua vida buscando respostas para os mistérios da alma e a possibilidade de comunicação com os mortos. Pesquisas que hoje seriam consideradas assombrosas, como materialização de espíritos, movimentação de objetos à distância, levitação etc., foram realizadas na passagem entre os séculos XIX e XX. Houve forte oposição materialista. Experimentos frustrados e a comprovação de fraude de alguns médiuns lançaram um manto de ceticismo e silêncio sobre o tema. Essa linha de pesquisa entrou em crise. Experimentos com mediunidade aos poucos se tornaram uma mácula nos currículos oficiais dos eminentes cientistas. E a ciência moderna acabou por condenar ao esquecimento inúmeras pesquisas científicas sobre o assunto, algumas rigorosas. Enquanto o cinema, a TV e a literatura cada vez se apropriam mais das questões do espírito, a ciência dominante tem torcido o nariz e deixado essas reflexões fora de seu campo.

A questão tem sido esquecida, mas não totalmente. Apesar de ainda tímidas, pesquisas científicas sobre comunicações mediúnicas, como a da Filadélfia, têm sido realizadas recentemente. Basicamente, encontraram que, além de fenômenos que revelam fraude proposital ou inconsciente do médium, há muito a explicar. Muita coisa não cabe dentro do discurso que prevalece hoje na ciência. Pesquisadores da área acreditam que a telepatia do médium com o consciente ou o inconsciente daquele que deseja uma comunicação espiritual não explica psicografias nas quais se revelam informações desconhecidas das pessoas que o procuram.


Muitas informações fornecidas por médiuns, dizem eles, se confirmaram verdadeiras só mais tarde, após pesquisa sobre o morto. Como pensar então em telepatia se só o morto detinha as informações? Seria possível a ideia de comunicação direta com os mortos? Alguns cientistas que estudam as percepções mediúnicas discordam dessa hipótese. Acreditam que é possível não haver limite de espaço e tempo para percepções mediúnicas. O médium poderia andar para a frente e para trás no tempo e no espaço, coletando as informações que desejasse, quando e onde elas estivessem. Num fenômeno em que comprovadamente não houvesse fraude ou sugestão inconsciente, sobrariam apenas duas hipóteses: ou haveria a capacidade do médium de captar informações em outro espaço e tempo; ou existiria mesmo a capacidade de comunicação entre o médium e o espírito de um morto.

Atuais referências no estudo científico de fenômenos tidos como espirituais, cientistas como Robert Cloninger, Mario Beauregard, Erlendur Haraldsson, Stuart Hameroff e Peter Fenwick aplaudem a iniciativa de Julio Peres em seu estudo. Esse neurocientista brasileiro, que tem colhido apoio em seus pares, afirma que seus achados “compõem um conjunto de dados interessantes para a compreensão da mente e merecem futuras investigações, tanto em termos de replicação como de hipóteses explicativas”. Outro coautor do estudo, o psiquiatra Frederico Camelo Leão, coordenador do Proser, defende mais estudos acerca das experiências tidas como espirituais. “O impacto das pesquisas despertará a comunidade científica para como esse desafio tem sido negligenciado”, diz.

O pesquisador Alexander Moreira-Almeida, coautor do estudo e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Universidade Federal de Juiz de Fora, é o principal responsável por colocar o Brasil em destaque nessa área no cenário internacional. Moreira-Almeida recebeu o Prêmio Top Ten Cited, como o primeiro autor do artigo mais citado na Revista Brasileira de Psiquiatria, com Francisco Lotufo Neto e Harold G Koenig. É editor do livro Exploring frontiers of the mind-brain relantionship (Explorando as fronteiras da relação mente-cérebro, em tradução livre), pela reputada editora científica Springer.

Ele afirma que a alma, ou como prefere dizer, a personalidade ou a mente, está intimamente ligada ao cérebro, mas pode ser algo além dele. Para esse psiquiatra fluminense, pesquisas sobre experiências espirituais, como a mediunidade, são importantes para entendermos a mente e testarmos a hipótese materialista de que a personalidade seja um simples produto do cérebro. Moreira-Almeida lembra que Galileu e Darwin só puderam revolucionar a ciência porque passaram a analisar fenômenos que antes não eram considerados. “O materialismo é uma hipótese, não é ainda um fato cientificamente comprovado, como muitos acreditam”, diz Moreira-Almeida.

Apesar de todos os avanços da ciência materialista, a humanidade continua aceitando as dimensões espirituais. Dados do World Values Survey revelam que a maioria da população mundial acredita na vida após a morte. Em todo o planeta, um número expressivo de pessoas declara ter se sentido em contato com mortos: são 24% dos franceses, 34% dos italianos, 26% dos britânicos, 30% dos americanos e 28% dos alemães. Não há dúvida de que o materialismo científico foi instrumento de enorme progresso para a humanidade. A dúvida é se ele, sozinho, seria capaz de explicar toda a experiência humana. Para a maioria da população, a visão materialista parece deixar um vazio atrás de si. Na busca de respostas para nossas principais questões, muitos assinariam embaixo da frase de Albert Einstein: o homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida sem ver nada.


Denise Paraná*, da Filadélfia, Estados Unidos
Fonte Texto e imagens: Revista Época, 19/11/2012

* Denise Paraná é jornalista, doutora em ciências humanas pela Universidade de São Paulo e pós-doutora, como visiting scholar, pela Universidade de Cambridge, Inglaterra

terça-feira, 7 de julho de 2015

Os Avanços da Ciência da Alma (Parte 1)


Uma pesquisa inédita usa equipamentos de última geração para investigar o cérebro dos médiuns durante o transe. As conclusões surpreendem: ele funciona de modo diferente.

Estávamos no mês de julho de 2008. Na Rua 34 da cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, num quarto do Hotel Penn Tower, um grupo seleto de pesquisadores e médiuns preparava-se para algo inédito. Durante dez dias, dez médiuns brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe de cientistas do Brasil e dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para investigar a controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns psicógrafos, pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens escritas ditadas por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados. Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada de um grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes com o mundo invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?

A produção de exames de neuroimagem (conhecidos como tomografia por emissão de pósitrons) com médiuns psicógrafos em transe é uma experiência pioneira no mundo. Os cientistas Julio Peres, Alexander Moreira-Almeida, Leonardo Caixeta, Frederico Leão e Andrew Newberg, responsáveis pela pesquisa, garantiam o uso de critérios rigorosamente científicos. Punham em jogo o peso e o aval de suas instituições. Eles pertencem às faculdades de medicina da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia. Principal autor do estudo, o psicólogo clínico e neurocientista Julio Peres, pesquisador do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, acalentava a ideia de que a experiência espiritual pudesse ser estudada por meio da neuroimagem.

Em frente ao Q.G. dos médiuns no Hotel Penn Tower, o laboratório de pesquisas do Hospital da Universidade da Pensilvânia estava pronto. Lá, o cientista Andrew Newberg e sua equipe aguardavam ansiosos. Médico, diretor de Pesquisa do Jefferson-Myrna Brind Centro de Medicina Integrativa e especialista em neuroimagem de experiências religiosas, Newberg é autor de vários livros, com títulos como Biologia da crença e Princípios de neuroteologia. Suas pesquisas são consideradas uma referência mundial na área. Ele acabou por se tornar figura recorrente nos documentários que tratam de ciência e religião. Meses antes, Newberg escrevera da Universidade da Pensilvânia ao consulado dos EUA, em São Paulo, pedindo que facilitasse a entrada dos médiuns em terras americanas. O consulado foi prestativo e organizou um arquivo especial com os nomes dos médiuns, classificando-o como “Protocolo Paranormal”.

“É conhecido o fato de experiências religiosas afetarem a atividade cerebral. Mas a resposta cerebral à mediunidade, a prática de supostamente estar em comunicação com ou sob o controle do espírito de uma pessoa morta, até então nunca tinha sido investigada”, diz Newberg. Os cientistas queriam investigar se havia alterações específicas na atividade cerebral durante a psicografia. Se houvesse, quais seriam? Os dez médiuns, quatro homens e seis mulheres, participavam do experimento voluntariamente. Foram selecionados no Brasil por meio de uma longa triagem. Entre os pré-requisitos, tinham de ser destros, saudáveis, não ter nenhum tipo de transtorno mental e não usar medicações psiquiátricas. Metade dos voluntários dizia carregar décadas de experiência no “intercâmbio espiritual”. Outros, menos experientes, apenas alguns anos.

Na Filadélfia, antes de a experiência começar, os médiuns passaram por uma fase de familiarização com os procedimentos e o ambiente do hospital onde seriam feitos os exames. O experimento só daria certo se os médiuns estivessem plenamente à vontade. Todos se perguntavam se o transe seria possível tão longe de casa, num hospital em que se podia perguntar se Dr. Gregory House, o personagem de ficção interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, não apareceria ali a qualquer momento.

Numa sala com aviso de perigo, alta radiação, começaram os exames. Por meio do método conhecido pela sigla Spect (Single Photon Emission Computed Tomography, ou Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do cérebro por meio do fluxo sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da psicografia. Como tarefa de controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente, desta vez durante a escrita de um texto original de própria autoria do médium, uma redação sem transe e sem a “cola espiritual”. Os autores do estudo partiam da seguinte hipótese: uma vez que tanto a psicografia como as outras escritas dos médiuns são textos planejados e inteligíveis, as áreas do cérebro associadas à criatividade e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas duas condições. Mas não foi o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas atividades foi comparado, os resultados causaram espanto.

Segundo a pesquisa, a mediunidade pode ser considerada uma manifestação saudável


Surpreendentemente, durante a psicografia os cérebros ativaram menos as áreas relacionadas ao planejamento e à criatividade, embora tenham sido produzidos textos mais complexos do que aqueles escritos sem “interferência espiritual”. Para os cientistas, isso seria compatível com a hipótese que os médiuns defendem: a autoria das psicografias não seria deles, mas dos espíritos comunicantes. Os médiuns mais experientes tiveram menor atividade cerebral durante a psicografia, quando comparada à escrita dos outros textos. Isso ocorreu apesar de a estrutura narrativa ser mais complexa nas psicografias que nos outros textos, no que diz respeito a questões gramaticais, como o uso de sujeito, verbo, predicado, capacidade de produzir texto legível, compreensível etc.

Apesar de haver várias semelhanças entre a ativação cerebral dos médiuns estudados e pacientes esquizofrênicos, os resultados deixaram claro também que aqueles voluntários não tinham esquizofrenia ou qualquer outra doença mental. Os cientistas afirmam que a descoberta de ativação da mesma área cerebral sublinha a importância de mais pesquisas para distinguir entre a dissociação (processo em que as ações e os comportamentos fogem da consciência) patológica e não patológica. Entre o que é e o que não é doença, quando alguém se diz tocado por outra entidade. Os médiuns estudados relataram ilusões aparentes, alucinações auditivas, alterações de personalidade e, ainda assim, foram capazes de usar suas experiências mediúnicas para tentar ajudar os outros. Pode haver, portanto, formas saudáveis de dissociação. Uma das conclusões a que os cientistas chegaram é que a mediunidade envolve um tipo de dissociação não patológica, ou não doentia. A mediunidade pode ser uma expressão comum à natureza humana. Essas conclusões, que ÉPOCA antecipa na edição que chegou às bancas na sexta-feira (16), foram divulgadas na revista científica americana Plos One. O estudo Neuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação tem acesso gratuito desde sexta-feira, dia 16, no endereço eletrônico:dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0049360.


Denise Paraná, da Filadélfia, Estados Unidos
Fonte: Revista Época, 19/11/2012

domingo, 5 de julho de 2015

A Espiritualidade Plena de Luz


Tudo que pedirdes em oração, crendo recebereis. Eis os fundamentos da Teologia Quântica, a teologia para o terceiro milênio.

A espiritualidade é uma manifestação da realidade espiritual do ser humano. A consciência espiritual começou a despertar na mente humana, já no homem de Neandertal, que enterrava seus mortos com reverência e algum ritual, por acreditar na continuação da vida espiritual.

Por paradoxal que pareça, para entendermos a espiritualidade humana é bom seguirmos os passos do progresso da ciência, que reduzindo a matéria nos seus elementos chegou à anti-matéria ou vácuo quântico, substância escura, sem massa que pervade mais de 90% do cosmo observável. É o fundo imóvel de energias em equilíbrio que quando vibra cria matéria e consciência cognitiva, é a causa em potência que se transforma em ato. "Aristóteles".

Todo o universo material, inclusive o homem, provem de um processo organizacional ascendente, da não matéria para partículas, átomos, moléculas, e células neurais... Portanto podemos identificar essa não matéria como um oceano espiritual no qual estamos submersos e em contato permanente, célula por célula.

Interagimos constantemente com esse "Uno" espiritual através da nossa mente nos seus três níveis de consciência: espiritual, emocional e racional.

O nível racional ou consciente é o mais recente desenvolvimento dos humanos, tem sua estrutura neural no córtex cerebral com conexões em série, o pensamento é processado por ondas cerebrais que são interpretadas pelo nível espiritual.

O nível emocional ou inconsciente, instintivo nos animais, é inerente à vida em todas as suas formas, nos ser humano suas conexões neurais estão por todo o sistema nervoso em redes paralelas, seus registros são processados por ondas cerebrais que também são interpretados pelo nível espiritual.

O nível espiritual ou super-consciente é a essência do programa do ser que precede a existência, no ser humano a consciência espiritual atua na base cerebral com uma onda de 200Hz (descoberta recente) que faz a leitura das ondas do consciente e inconsciente e devolve informação com inteligência, emoção e consciência, portanto a consciência inteligível e emocional é processada no cérebro e interpretada pelo espírito.

Com o entendimento da ciência do ser espiritual, torna-se compreensível o poder da oração e da meditação, pois ambas requerem a focalização do pensamento em algum propósito, e as ondas do pensamento não precisam ganhar as alturas para chegar até Deus, pois o seu espírito está em contato conosco, célula por célula. "Vale lembrar o que foi dito há dois milênios: "O reino de Deus está dentro de vós" ou "Deus é espírito, e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade" ou "A verdade vos libertará".

Até agora o que foi conseguido em termos de saúde, alegria e paz de espírito por poucos pela fé, poderá ser alcançado por muitos pelo entendimento. Santo Agostinho escreveu: "Compreender para crer, crer para compreender", porque ele acreditava que não só o credo, mas também a razão aproxima o homem de Deus.

E assim a aventura humana vai chegando ao seu topo com mais compreensão e consciência espiritual.


Ivo da Silva Bitencourt

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Ciência da Alma

A alma existe ou seria ela uma desculpa para nossas dúvidas existencialistas? Há algo em nós que transcende a matéria e, consequentemente, a morte física? Seria a alma o elemento decisivo para tornar a espécie humana o que ela é hoje? Todos esses questionamentos são abordados no documentário “A Ciência da Alma”, do canal Discovery.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Especial do Mês


Um mês especial dedicado a estudos científicos contemporâneos relacionados à alma através das abordagens da psicologia transpessoal, do magnetismo, da medicina e da espiritualidade.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pureza


“Bem aventurados os puros de coração, pois estes verão a Deus”. (Mt.; 5:8)

No conhecido Sermão da Montanha, Jesus mostrou praticamente todas as orientações que indicam o caminho da felicidade. É, com certeza, o melhor manual de autoajuda que temos conhecimento.

Afirmando que somente os puros de coração se aproximarão de Deus, antes do advento do Espiritismo, praticamente havia impossibilidade a todos os seres humanos de terem contato com o Pai. Com exceção de Jesus, jamais houve algum outro ser, que tenha vivido na Terra, que se pudesse afirmar “de coração límpido”. Alguns se aproximaram dos ensinamentos do Mestre, mas nenhum o igualou.

Com o entendimento da reencarnação, compreendemos que a pureza de coração só será adquirida por todas as criaturas nas diversas experiências de vidas sucessivas. Somente quando atingirmos o estágio de espíritos puros é que compreenderemos (veremos) a Deus. Até lá, estamos em contato com espíritos, alguns imperfeitos, outros superiores, de luz, que nos auxiliam orientando, estimulando durante a nossa trajetória terrestre.

Jesus utilizou as crianças como símbolo da pureza, jamais afirmando que o Reino dos Céus é só para elas, mas para aqueles que se assemelham a sua inocência e candura. A criança, sendo um espírito reencarnado, também traz na sua vivência o coração com máculas e erros.

A pureza de espírito é conquistada com simplicidade e humildade. Exclui totalmente o pensamento egoísta e orgulhoso. Ela não está somente nos atos, mas também nos pensamentos: aquele que tem o coração puro, nem mesmo pensa no mal.

O Mestre também ensinou, confirmado posteriormente pelo Espiritismo, que para se atingir a purificação dos sentimentos, não necessitamos de rituais, exigências formais exteriores, nem de uma religião específica. Precisamos de uma mudança de valores internos, de um trabalho consciente e profundo. Como é mais fácil a prática exterior do que a reforma moral íntima, os homens ainda preferem a primeira, achando que cumprindo as formalidades religiosas estarão quites com Deus e, consequentemente, conquistando o Seu Reino.

O propósito da religião é conduzir o ser humano à Deus. Só chegaremos ao Criador quando estivermos na perfeição, a religião cumpre os seus intentos quando auxilia na melhora moral do homem, impulsionando-o na prática da caridade ilimitada, do amor ao próximo e aos inimigos e no perdão das ofensas. Entendendo que não basta morrer para nos tornarmos “santos” e vermos a Deus, cabe a cada indivíduo trabalhar na busca de sua própria perfeição, sem pressa, mas sem comodismos.

Sendo a máxima do Espiritismo “fora da caridade não há salvação”, deve-se praticá-la, pois ela é a mãe de todas as virtudes, nas suas mais variadas formas, para que o espírito se aproxime da pureza, da paz de consciência e, consequentemente, de Deus.

Fonte: Seara do Mestre

sábado, 27 de junho de 2015

Elevação Espiritual



A elevação espiritual não se nos incorpora à vida:
nem pela prosperidade;
nem pela carência
nem pelo renome;
nem pela obscuridade
nem pela cultura intelectual
nem pela insipiência
nem pela autoridade humana;
nem pela condição de subalternidade;
nem pelo ajustamento à vida considerada normal;
nem pelos conflitos psicológicos que se carregue;
nem pelos amigos;
nem pelos adversários
nem pelo apoio do elogio;
nem pelo desapreço da injúria.
A elevação íntima depende unicamente de nossa reação pessoal ao aceitar e usar para o bem tudo isso.


Albino Teixeira

por: Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Felicidade


Todos estão a procura da felicidade. Ninguém diria em sã consciência que não deseja ser feliz.

Todos querem a tal felicidade. Daí porque todos a procuram, nos mais variados lugares e das mais diferentes formas.

Como já disse nosso querido amigo, Divaldo Pereira Franco: "O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana", ou seja, o nosso grande desfio somos nós mesmos, nosso autoconhecimento.

Nós, seres humanos, já viajamos pelo espaço, fomos à lua, descobrimos outros planetas fora do sistema solar. Ainda assim, este homem, guiado pela tecnologia ainda não conseguiu encontrar a plenitude, a felicidade, porque não teve coragem de realizar a grande viagem interior, tentativa mais eficaz para o autodescobrimento. Não logrou realizar alguns questionamentos, tais como: quem é? de onde veio? para onde vai? e porque está aqui?

Cabe ao ser inteligente descobrir na Terra a razão fundamental da própria existência, a fim de estabelecer os parâmetros propiciados da felicidade, de forma a desenvolver a capacidade de crescimento interior, razão primordial da sua auto-realização. Enquanto não se resolva por detectar e aplicar os métodos mais compatíveis para o enriquecimento moral e espiritual, tudo se lhe apresentará sem sentido ou maior significado transformador, tornando-se o trânsito carnal um desafio recheado de desencanto e aflição.

Podemos alcançar a felicidade hoje, agora, a despeito dos problemas que estamos enfrentando. Basta olhar a vida com outros olhos, mudando as lentes pelas quais enxergamos os fatos.

Sabemos que não somos somente aparência material, física. O ser humano é pré-existente ao corpo e a ele sobrevivente. Através desse conceito é que conseguimos entender nossos enigmas, as problemáticas do inter-relacionamento, da dor, do desamor.

A felicidade tem uma conotação diferente para cada criatura, de acordo com o nível intelectual de cada um. Se perguntarmos o conceito de felicidade, teríamos respostas variadas, de acordo com as necessidades de cada um.

Lamentavelmente, não sabe-se o que é felicidade por estarmos, nós seres humanos, vinculados ao material. Não conseguiu-se, ainda, um conceito claro sobre felicidade. Várias escolas filosóficas, vários pensadores, filósofos tentam defini-la.

Por estarmos a maioria, ligados ao material, muitos condicionam a conquista da felicidade à aquisição de bens materiais, outros ancoram o sonho da felicidade na busca da fama, do sucesso, do poder, para outros a felicidade está associada à inexistência de problemas, outros tantos condicionam a felicidade à ocorrência de um fator externo, e a lista prossegue sem fim.

E nós? Será que estamos condicionando nossa felicidade a algum acontecimento? a algum bem material, a alguma pessoa? Será esse o caminho da felicidade? Certamente, não. A felicidade não está fora de nós. Ela é, antes de tudo, um estado de espírito, uma maneira de ver a vida e não a um determinado acontecimento. Ser feliz é uma atitude comportamental frente a execução da tarefa que viemos desempenhar na Terra.

A verdadeira felicidade consiste em fazer o bem, "não é ter ou não ter".

Um dos grandes filósofos da nossa história, afirmou serem três os pré-requisitos para alcançarmos a felicidade: "consciência reta", "vida correta" e "Coração de Paz".

Temos que lembrar que a vida não é um problema, é um desafio. Ela nos apresenta oportunidades de crescimento, notadamente nos setores que mais necessitamos. Por detrás dos problemas existem lições, desafios, tarefas. E grande ventura tomará conta de nós quando vencermos os obstáculos que a vida nos apresenta. O sermão da Montanha é a pura prova de que somente serão bem aventurados aqueles que souberem superar as dificuldades da vida. Se não acreditarmos, basta olharmos as pessoas felizes e verificar que todas elas passaram ou passam por grandes provas e expiações. Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que seguiam cantando até a arena onde seriam devorados pelas feras.

Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía. Só encontrou a paz depois que se entregou à riqueza do espírito. Não nos esqueçamos de que Paulo de Tarso, que na condição do poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro com Jesus na Estrada de Damasco. Paulo perdeu o poder temporal, mas encontrou a felicidade pessoal. Gandhi encontrou a sua felicidade na luta pela paz. Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar aos desvalidos do caminho. Albert Schweitzer, médico, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1952, encontrou a felicidade vivendo 52 anos de sua vida entre os povos primitivos da África.


Como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier? E olhem, que problemas na vida não lhe faltaram. Várias vezes perguntaram-no se ele estaria disposto a passar por todas as provas que a vida lhe marcou. E a resposta, já conhecida de todos, é que faria tudo de novo e que pretende no mundo espiritual, continuar a sua tarefa de médium.

Então, amigos, a alegria de viver deve ser uma norma de conduta natural em todos os seres pensantes, mesmo quando não se exteriorizam conforme desejaríamos. Isto porque, as ocorrências do dia-a-dia alteram-se a cada instante, transformando tristezas em júbilos como felicidades em infortúnio.

Vicente de Carvalho considerou que a felicidade existe, mas é difícil de ser alcançada, porque está sempre onde a pomos e nunca a pomos onde estamos.

As estradas que levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo, cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.

Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que as circunstâncias felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.

Construímos castelos no ar, sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade, e por entre ilusões românticas, investimos toda a felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.

Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino, somos herdeiros de nossos atos. Assim sendo, fracassos ou sucessos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.

A destinação do ser humano é ser feliz. o ser psicológico esta fadado a uma realização de plena alegria, mas, por enquanto, a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós mesmos a percebemos, conscientizando-nos de que cada um de nós tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.

É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com os nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito.

Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade dispensa rótulos e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.

Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos, mas sim, a noção de que podemos nos satisfazer, com nossas reais possibilidades. A felicidade nós a encontraremos na harmonização, no amor verdadeiro, na renúncia e no desprendimento. Nós a encontraremos ainda, dedicando-nos aos que sofrem, procurando amenizar-lhe as dores.

Na verdade, sintetizado o que foi falado, a felicidade é a certeza da imortalidade.

Face a todas essas conjunturas que se fizeram objeto de nossas reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é simplesmente meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da eternidade, nas muitas moradas na Casa do Pai.

Por que?

Neste mundo transitório, tudo passa. Passam a alegria, a tristeza, o júbilo e a dor. Aqui, a felicidade também é rápida.

Disse-nos Jesus: "O meu reino não é deste mundo", equivalendo dizer que a verdadeira felicidade é um estado de permanência e que a verdadeira plenitude será um dia alcançada, em alguma das muitas moradas do Pai. A felicidade não pode ser algo tão transitório.

Allan Kardec, interpretou no Evangelho, que a felicidade não é desse mundo. Não quis, ele, afirmar que aqui é um vale de lágrimas, um inferno, mas sim, que este mundo é uma escola. E como toda escola, existe a disciplina e quem não respeita estas disciplinas precisa ser reeducado, no nosso caso, precisa voltar, reencarnar.

A felicidade não é deste mundo, nos diz o Evangelho, mas começa aqui, ela se realiza nos seus alicerces, para quando viajarmos deste mundo sejamos plenos e felizes.

Por isso o Espiritismo preconiza a crença da imortalidade da alma, comprovada cientificamente em pesquisas realizadas nos laboratórios. O Espiritismo é uma ciência de observação, nos dá (mostra) uma filosofia de comportamento; explica de onde viemos, quem somos, para onde vamos e porque estamos aqui, aquelas perguntas iniciais, lembram?.

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade, ao bem que fizemos aos outros. Portanto, a caridade essencial é aquela que transforma o indivíduo, que erradica as causas da miséria e não aquela que mantém o miserável; mas a que muda a estrutura moral do indivíduo. É a caridade do perdão, do esquecimento das ofensas. É uma atitude de sublimação, pois nos diz o Evangelho: "Fora da caridade não há salvação". Não importa no que cremos, importa o que somos, é claro que o ideal é caminharmos junto aos ensinamentos do Mestre.

A religião Espírita ajuda-nos a sermos corretos, porque nos explica e mostra que somos responsáveis pela nossa vida, nós é quem a escrevemos. Deus não nos castiga, não nos premia, nós é que construímos através do livre-arbítrio. É aí que entra a felicidade de servir.

A arte de viver é a arte de servir. Feliz é quem ama, não aquele que se faz amado. Felicidade é a arte de exalar alegria, a proposta da felicidade é esta auto-superação, da dominação das nossas más inclinações.

Somos filhos de Deus. A felicidade é possível e já, não precisamos transferi-la. Quando buscamos e achamos Deus, não reclamamo-no mais, podemos dizer a este Pai que amamos a vida, amamos o amor.

Encaremos a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o concreto desejo de olharmos à nossa volta e verificarmos que o Pai tudo nos legou para que a nossa felicidade se efetive já. Abençoemos o trabalho em que a vida nos situou; santifiquemos a família terrena do jeito que os familiares são; enfrentemos com dinamismo e alegria os obstáculos da vida e assim, amando e servindo, haveremos de encontrar a felicidade que há muito tempo espera por nós.


Cristiane Bicca

domingo, 21 de junho de 2015

Recesso Junino




Prezados leitores,

Devido à festividade junina do São João em nossa região faremos uma pequena pausa em nossas postagens e retornaremos normalmente a partir do dia 25/06.
Desejamos a todos um São João de muita Paz e alegrias.

Um abraço fraterno!

Carlos Pereira - Manancial de Luz

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O Amor a si Mesmo


"Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - 'Mestre, qual o mandamento maior da lei?' - Jesus respondeu: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.' "
(S. Mateus, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

A palavra "amor" ao longo do tempo vem sofrendo o desgaste natural proveniente dos equívocos humanos quanto ao seu real significado.

Fala-se muito em "amor" contudo, paradoxalmente, vive-se pouquíssimo este sentimento que se constitui na expressão máxima do ser humano em suas manifestações afetivas, em todos os níveis.

Há que se perguntar, por quanto tempo, o homem continuará ignorando as dores do seu próximo, as suas necessidades espirituais e a premência de que mãos fraternas se estendam, espontaneamente, para restabelecer-lhes a esperança, a confiança em dias melhores, a certeza de que irmãos ajudam irmãos, sempre; de que não estão sós.

Não falo da ajuda material, mas desta que dificilmente é praticada, porque exige a doação de nós mesmos, do que possuímos de melhor; exige nosso tempo, nossa atenção: a caridade moral.

"Em verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e, consequentemente, pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus.

Esses elos de amor se prendem uns aos outros pelo sentimento de afeto desenvolvido e conquistado nas múltiplas experiências acumuladas no decorrer do tempo em que nossas almas estagiaram e aprenderam a conviver e melhorar.

Muitos de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse inerte em nosso mundo íntimo, e passamos a viver na espera de alguém ou de alguma coisa que possa despertá-lo do dia para a noite. (...)

O amor a Deus e aos outros como a si mesmo é noção que se vai desenvolvendo pelas bênçãos do tempo. As belezas do Universo nos são reveladas à proporção que amamos; só assim nos tornamos capazes de percebê-las cada vez mais e em todos os lugares.

(Do livro Um Modo de Entender - uma nova forma de viver, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed, cap. 2)"

Quando o Meigo Nazareno nos convida ao exercício do "amor ao próximo", está claramente nos incitando a iniciar este processo a partir de nós mesmos; provocando a reflexão e a conclusão ao questionamento : eu acredito no amor?

A resposta nos motivará a sua não vivência ou a reformulação completa da forma como temos nos conduzido em nossa relação conoscos mesmos e com o nosso próximo. Em quanto de fraternidade, misericórdia e compreensão temos regado nosso comportamento.

Contudo, o que vem ocorrendo no mundo, notadamente com os cientistas da área da saúde não é de se surpreender: de sépticos passaram a aceitar que a mente, o hábito da oração e os sentimentos mais nobres podem acelerar e mesmo promover a cura de doenças. Os resultados são surpreendentes e incontestáveis. Que dizer, então, nos relacionamentos humanos, na convivência familiar, profissional, religiosa, etc.

"O amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade.

Somente quando a pessoa se ama, é que pode ampliar o sentimento nobre, distribuindo-o com aquelas que a cercam, bem como estendendo-o aos demais seres vivos e à mãe Natureza."

(Do livro Garimpo de Amor, psicografia de Divaldo Pereira Franco, do Espírito Joanna de Ângelis, cap. 2)

Quem se ama, ama o seu próximo na mesma proporção. Compreende que deve dignificar a sua existência, assim como, deve proporcionar ao seu próximo vida digna. Compreende a finalidade superior da vida física, promovendo o seu crescimento espiritual e de quem o cerca.

Acima de tudo, respeita cada qual como é, com suas conquistas e dificuldades. Sabe esperar e entende que todos, no seu tempo, chegarão a perfeição para a qual foram criados. Tem a certeza íntima de que é um ser divino, trazendo dentro de si todos os recursos para ser feliz, ser luz e proporcionar ao seu próximo o que deseja para si.

Sequer conseguimos imaginar como seria o mundo dessa forma ... porque, em verdade, poucos de nós acredita nesta prática, mesmo conscientes de que alguém nos mostrou a possibilidade de concretizá-la: Jesus ! E, tantos outros que Lhe seguiram as pegadas.

Joanna de Ângelis, ainda no mesmo texto, nos ensina que:

"Esse auto-amor é constituído pelo respeito que cada qual se deve ofertar, trabalhando em favor dos valores éticos que lhe jazem latentes e merecem ser ampliados, de forma que se transformem em luzes libertadoras da ignorância e em paz de espírito que impregne as outras vidas.

Sem esse amor a si mesmo, a pessoa não dispõe de recursos para encorajar o seu próximo no empreendimento da autovalorização e do autocrescimento, detendo-se nas sensações mais grosseiras do imediatismo, longe dos estímulos dignificantes e libertadores.

O amor a si mesmo dá dimensão emocional sobre a responsabilidade que se deve manter pela existência e sobre o esforço para dignificá-la a cada instante, aprofundando conhecimentos e sublimando emoções, direcionadas sempre para as mais elevadas faixas da Espiritualidade.

Dessa forma, é fácil preservar-se as conquistas interiores e desenvolvê-las mediante a aplicação dos códigos da fraternidade e da compaixão, da caridade e do perdão.

A consciência de si mesmo, inspirada pelo auto-amor torna-se lúcida quanto aos enganos cometidos, ensejando-se oportunidade de reparação, ao tempo em que faculta ao próximo a compreensão das suas dificuldades na busca da felicidade.

Compreendendo a finalidade da existência terrena, a pessoa desperta para o amor a si mesma, trabalha sem desespero, confia sem inquietação, serve sem humilhação, produz sem servilismo e avança sem tensões perturbadoras no rumo dos objetivos essenciais da vida."

Continuando, orienta-nos quanto a forma pela qual conseguiremos conquistar o amor a nós mesmos, buscando as práticas que nos levem ao auto-descobrimento, ao conhecimento de nós mesmos, único meio de atingirmos a vivência do amor incondicional, puro, sincero, sem interesses escusos, que um dia unirá todas as criaturas.

Corroborando o que Joanna nos ensina, o Livro dos Espíritos, na questão 919, diz-nos que:

"919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

Resp. Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."

Para tanto, é preciso o enfrentamento conoscos mesmos, com as nossas mazelas e conflitos íntimos, dúvidas e incertezas. É premente que busquemos equacionar as questões internas que nos afligem e impedem o auto-amor e o amor ao próximo. Segurança interna, fé, esperança, são conquistas do espírito imortal, muitas vezes, a duras penas.

"O amor a si mesmo deve ser desenvolvido através da meditação e da autoanálise, porque, ínsito no ser, necessita de estímulos para desdobrar-se, enriquecendo a vida. (...)

Ninguém, que se disponha a amar sem resolver as inquietações internas, que lhe produzem desamor, que conspiram contra a autoestima, conseguirá o desiderato. (...)

Muitas vezes, a pessoa que se não ama, encontra motivos frívolos para justificar o sentimento de vazio existencial, transferindo para o próximo aquilo que gostaria de desfrutar ou de possuir.

São detalhes físicos, que parecem retirar o conforto e a satisfação pessoal, na aparência ou na constituição, dificuldades de inteligência, posição social, problemas na saúde que, sem dúvida, não merecem maior consideração, e deverão ser enfrentados de maneira positiva, diferente, proporcionando estímulos para novos enfrentamentos, vitória a vitória.

Durante muito tempo, a pessoa coleciona o azinhavre da insatisfação consigo mesma, atribuindo-se fracassos que, em realidade, jamais ocorreram, infelicidades que não têm justificação, quando fazem comparações com outras pessoas que acredita ditosas e sem problemas."

Ter uma visão correta da vida; colocar cada coisa no seu devido lugar; valorizar, na medida certa, as situações-desafio, sem desmerecê-las, tampouco, exagerá-las; ter clareza mental para perceber que nada acontece por acaso e que se soubermos "ter olhos de ver e ouvidos de ouvir" cada experiência se constituirá em lição inesquecível e proveitosa, é-nos a grande cartilha a aprender.

Por isso, este Espírito valoroso, Joanna de Ângelis, assim nos fala:

"Ao começar a amar-se, descobre que são as pequenas coisas, aquelas aparentemente sem grande importância, que constituem significados alentadores.

Momentos de solidão para autoanálise e reflexão, instantes de prece silenciosa, refazimento através da música, de caminhadas tranquilas, de carícias a crianças ou animais, de cuidados com plantas, flores e adornos vivos, sentindo a vida fluir de todo lado.

Em outras ocasiões, conversações edificantes, destituídas de objetivos imediatistas, cuidados com a alma, preservando-lhe a lucidez em relação aos deveres e aos compromissos que lhe dizem respeito.

A seguir, é necessária uma avaliação daquilo que é útil em relação ao que é secundário e a que se atribui significado exagerado.

O amor a si mesmo desempenha uma ação autoterapêutica, porque liberta dos conflitos de autopunição, de autocensura e de autocompaixão.

A compreensão dos próprios limites e possibilidades enseja um sentimento de alegria pelo já conseguido e de encorajamento em relação ao que ainda por ser alcançado.

No cultivo desse propósito, o egoísmo não consegue alojamento, porque não há a ambição de posse ou de domínio, de superioridade ou de vitória, senão sobre as próprias paixões perturbadoras."

Com todas as reflexões que nos leva a Doutrina Espírita a empreender acerca do tema ora enfocado, não há como não concluir que, visão equivocada será aquela que nos conduzir a prática da desvalorização de nós mesmos, de não vislumbrarmos as possibilidades que trazemos em prol do nosso crescimento e do próximo, quer a nível material quanto espiritual, de que, em verdade, devemos nos amar, tanto quanto, deveremos amar o nosso próximo, desejando-lhe tanto bem quanto o que desejamos para nós.

No entanto, a grande lição que fica é a de que não conseguiremos amar o nosso próximo se sequer nos amamos. É preciso identificar em nós os motivos do desamor, buscando motivações para nossa transformação real, sem desculpismos mas, simplesmente, aceitando as nossas limitações e compreendendo que podemos superá-las se formos firmes em nossa vontade de alcançar a paz, a alegria de viver, a felicidade, o amadurecimento espiritual...



Nadja Cruz de Abreu

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A Paz Interior


A Simplicidade e a indiferença pelas coisas materiais revelam paz
interior, luz, autoconhecimento.
Quando o homem descobre, dentro de si, o Criador,
Ele o vê em toda parte, ao redor de si...
Serena todo o seu interior...
Cessam todas as dúvidas...
Desaparecem todas as angústias...
Os horizontes se ampliam...
Não há mais a presença da insegurança, do medo, da desolação...
O homem enxerga o mundo como ele é, sem fantasias, fronteiras,
nem temores...
Calam-se todas as queixas...
O homem alcança a liberdade no pensamento, no sentimento,
nas palavras e nas ações...
É responsável e solidário com a humanidade...
O bem, o amor, tomam conta de toda a sua vida...
Está repleto de Deus, consegue ser feliz na felicidade do outro...
Não reclama, não agride, é compreensivo em todas as questões existenciais.

Caro amigo,
Aquele que fez consciência no poder do Criador, não se deixa abater por nenhuma emergência do processo evolutivo terreno. Alcançou suficiente domínio de si mesmo, faz exercício de autocontrole pelo autoconhecimento.

Corajosamente, administra todo o processo existencial, sem desespero, sem dúvidas ou sentimento de injustiça.

Nossa felicidade depende de nossa paz interior.

A resignação consciente significa conquista da serenidade.

Luz, fé, paz.

O abraço afetuoso,

Leocádio José Correia

Do livro Serenidade, médium Maury Rodrigues da Cruz
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