quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Canção para Jesus: “O Caminho do Mestre”

Concluímos assim, mais um mês no Manancial de Luz e dessa vez de uma maneira muito especial por estarmos encerrando o ano de 2008 e reverenciando ao nosso grande Mestre Jesus.

Foi para mim uma indescritível alegria fazer um mês de postagens abordando temas com a personalidade maior de todos nós, que somos cristãos e vivemos com esse imenso amor em nossos corações. Como espírita, as visões abordadas aqui são em sua maioria condizentes com as da doutrina, porém, compreendo que O Cristo é Universal e que não lhe cabe nenhum rótulo que porventura queiramos lhe colocar. Ele em nenhum momento de sua vida se manifestou como arauto dessa ou daquela religião, dessa ou daquela crença, simplesmente trouxe a mensagem universal de Deus, professou o amor, a paz e a fraternidade para a humanidade, mas infelizmente, nós em épocas remotas e ainda hoje, o fazemos de motivo para divergências.

Quero aproveitar e manifestar o meu profundo respeito a todas as religiões e credos existentes em nosso planeta, pois para mim todas possuem, indistintamente o valor de estar conduzindo a sua maneira, cada um de nós ao encontro de Deus, nosso Pai, grande artífice dessa magnífica e vasta obra que é o universo.

Reverencio nesse momento a todas as religiões e credos, envolvendo-as num fraternal abraço, recordando que assim fez simbolicamente O Cristo na cruz, quando de braços abertos abarcou amorosamente a toda humanidade.

Nesse encerramento escolhi a reprise desse vídeo feito por mim, que já foi postado em outra oportunidade na sessão “Música Espírita”, com a canção “O Caminho do Mestre” do grupo Cantores do Caminho.


Agradeço a Deus e o auxílio da espiritualidade na condução de nosso trabalho no blog e mais uma vez quero desejar a vocês um 2009 de muita paz e alegrias.


Que O Mestre Jesus os abençoe
e que permaneçamos a reverenciá-Lo por todos os tempos,

Carlos Pereira


Assista aqui ao vídeo, não se esquecendo da nossa dica:

Para assistir sem interrupção clique no play e em seguida no pause aguardando o vídeo carregar, depois é só clicar no play novamente e deixar passar por inteiro.


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Destaque: "Jesus, Nicodemus e a Reencarnação"



“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3;1-12)


Diálogo de Jesus com Nicodemus


João 3: 1 a 15 narra com pormenores, o diálogo que Jesus teve com Nicodemus, membro do Sinédrio e Mestre em Israel. O texto da oportunidade a várias interpretações. Mais uma vez recorremos a Torres Pastorino, Huberto Rodhen e Edouard Schuré. Embora os três tenham uma visão profunda e completa da missão de Jesus, colocam-se em posições diferentes. Vamos incluir também a interpretação espírita.
Comecemos pelo Espiritismo. Nós, os espíritas, vemos nesta passagem a confirmação da reencarnação. Na verdade podemos interpretar restritivamente assim, mas, é apenas uma face do transcendental diálogo. Ficam, porém, algumas dúvidas. Se Nicodemus era Mestre em Israel, deveria conhecer a reencarnação, pois, o historiador Josefo, escreveu que os fariseus ensinavam que as almas são imortais, e que as justas, passam depois desta vida a outros corpos.
Concordamos que o ponto de vista espírita satisfaz inteiramente o raciocínio, porém, há muito mais a ser explorado, e por isso não vamos parar aqui, mas ir adiante. Contudo, queremos desde já, registrar a absurda tese das igrejas cristãs, que afirmam que Jesus se referia ao Batismo instituído por João. Allan Kardec, em O Evangelho Segundo O Espiritismo, afirma que os antigos acreditavam que a água era o elemento gerador absoluto. "Que as águas produzam animais viventes, que nadem na água, e pássaros que voem sobre a terra e debaixo do firmamento". Deste modo, não quer dizer água do batismo. Todo o capítulo 4º de o E.vangelho Segundo o Espiritismo é voltado para a argumentação da necessidade da reencarnação.
Todos os comentários que lemos, inclusive Rohden e Schuré, concordam que a entrevista de Nicodemus com Jesus, se deu durante as horas avançadas da noite, Porque Nicodemus não queria que o encontro se tornasse público, temendo, possivelmente, o juízo do Sinédrio. Torres Pastorino refuta essa hipótese, mas, isto veremos mais à frente.
O encontro se dá entre dois personagens apenas: Nicodemus e Jesus. Não havia testemunhas. O Senador judeu teria sido covarde? Justamente ele, cujo nome grego, Nicodemus, significa o Vencedor do Povo? Como o jovem João poderia ter tomado conhecimento do fato? Simples! Segundo Torres Pastorino, a entrevista teria se dado no plano extrafísico, isto é, durante o sono, em desdobramento, por isso oculto dos demais homens, e testemunhado por João, também em desdobramento.
O jovem João, tinha grande amor e admiração pelo seu Mestre, por isso gravitava em torno dele, mesmo fora do corpo, e pôde testemunhar esse diálogo transcendental entre Jesus e Nicodemus.
Pastorino, na análise do diálogo coloca coisas muito interessantes. Por exemplo: O que é nascido da carne e o que é nascido do espírito, como dois acontecimentos diferentes. Na carne renascem os espíritos que estão sujeitos ao Carma, ou Lei de Causa e Efeito, individual, grupal, coletivo ou planetário. Precisam renascer da carne porque suas vibrações são densas. O que nasce do espírito se liberta, se eleva a planos superiores. Pastorino coloca um simbolismo interessante dizendo que Adão seria a alma vivente (que vive). Cristo, o espírito vivificante, (que dá a vida). Passou do estado humano ao espiritual. Deixou de ser nascido da carne para ser nascido do espírito.
Jesus cita no final do diálogo, a Moisés, que ergueu a serpente no deserto, e que ele também deveria ser suspenso. A serpente, segundo Pastorino, simboliza a inteligência, ou o intelecto. ( veja a tentação de Eva pela serpente). Quando a serpente é elevada verticalmente, significa, a mente espiritual. Jesus foi suspenso na cruz da matéria (horizontal sobre a vertical). Só depois de elevada na cruz, pode essa serpente conquistar o Reino dos Céus. Para viver o Reino de Deus, temos que nascer de novo como filhos de Deus.
Amílcar D.C. Filho, considera o simbolismo da cruz como um dos mais belos ensinamentos de Jesus. A cruz, composta de duas traves, tem na horizontal, os cuidados deste mundo, como, o que comer, o que vestir, onde morar, trabalho, escola, assistência médica, lazer, família e tudo o que compõem a vida material, que não é desprezível, nem condenável, quando conquistados honestamente. Estamos crucificados aos deveres. A trave vertical representa nossas aspirações superiores, a nossa busca do Reino de Deus. Sendo vertical ela aponta para o firmamento e nos leva para o infinito, como a flecha da oração (Caná= caniço). Entretanto, sua base está fixada no solo, pois, podemos ter a mente nas estrelas, mas o nosso lugar, neste momento, é aqui na Terra. Só seremos lançados para o espaço quando as coisas da matéria se tornarem naturais, e não mais mentirmos, roubarmos, matarmos, fraudarmos, odiarmos para possuí-las. Quando compreendermos que tudo pertence a Deus, e somos simples usufrutuários desses bens. Que, quando os recebemos em qualquer quantidade, somos apenas mordomos, desses bens, e devemos aprender a distribuí-los com sabedoria.
Huberto Rodhen, separa o que ele chama Fatos e Valores. Ele situa a reencarnação como fato, mas não como valores. Diz ele que o que nasce da carne é carne, é corpo físico, mas é produzido por terceiros. Para alguém nascer é preciso que um homem e uma mulher produzam um corpo. O Reino de Deus, o nascer espiritual, não pode ser produzido por terceiros. É algo que o ser produz dentro de si, pelo poder do seu livre arbítrio. Diz Rohdem, que a função do Mestre é indicar ao discípulo o caminho para o nascimento espiritual.
Torres Pastorino, na análise deste passo do Evangelho, estranha que os tradutores, traduziram a palavra "pneuma", quatro vezes por espírito, e uma vez por vento. Na verdade, diz ele, o espírito sopra onde quer (atua - age) e não se sabe de onde veio, (sua última reencarnação) nem para onde vai (próxima reencarnação).
Edouard Schuré, em Os Grandes Iniciados, considera que o diálogo de Jesus com Nicodemus se refere ao Batismo, mas esclarece que o Batismo da água representa a verdade percebida intelectualmente, abstratamente, de uma forma geral. A água purifica a alma e desenvolve o seu germe espiritual. A renascença pelo espírito, ou o Batismo pelo fogo (celeste), significa a assimilação dessa verdade, pela vontade, de tal modo que ela se torne o sangue e a vida, a alma de todas as ações. O Batismo pela água é o começo da renascença. O Batismo pelo espírito é a renascença total. São dois graus da iniciação.
Cairbar Schutel, no livro - Parábolas e Ensinos de Jesus, esclarece: Não é bastante nascer da água, não basta tomar um corpo de carne neste mundo e nascer aqui, não basta nos encarnarmos aqui nesta Terra, precisamos principalmente "nascer do espírito"; por isso o Mestre acrescenta no versículo 6: o que é nascido da carne é carne; o que é nascido do espírito é espírito. Quando visitou o Mestre, Nicodemus já havia nascido da água; mas não havia nascido do espírito.


Amílcar Del Chiaro Filho
*Panorama Espírita

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Destaque:



“Há muitas Moradas na Casa do Pai”
– Jesus e a Pluralidade dos Mundos Habitados



“Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu Pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também.” Jesus (João, 14: 1-3.)

Ao proferir essas palavras aos seus discípulos, Jesus evidencia a grandeza do universo “casa do meu pai” e revela a existência nele de diversos mundos habitados, quando se refere as “muitas moradas”. O Evangelho Segundo o Espiritismo vem nos esclarecer, que essa diversidade de mundos habitados varia de acordo com os diferentes estados da alma na erraticidade, ou seja, para cada mundo existe um grau relativo ao estágio evolutivo dos seus habitantes.

Tomando como base o planeta terra, podemos asseverar, segundo os ensinamentos dados pelos espíritos, da existência de mundos inferiores, outros num mesmo estágio e outros em um grau de adiantamento bastante superior ao nosso orbe.

Podemos assim, classificá-los:

Os mundos primitivos são aqueles em que a alma humana encontra-se ainda nos primórdios das reencarnações, onde ela experimenta os primeiros estágios de manifestação.

Os mundos de provas e expiações, onde encontra-se classificado o planeta terra. Neles o mal ainda domina, sobrepujando o bem que muito embora estando presente em minoria, cresce com o tempo, à medida que o progresso científico vai-se aliando ao progresso moral dos seus habitantes.

Os mundos regeneradores, onde o bem já existe em grande escala e a alma regenera-se, cansada das refregas. Existe nele a predominância dos valores espirituais sobre os materiais.

Os mundos felizes, onde o bem se sobrepõe ao mal, que quase já não existe.

Os mundos celestes ou divinos, onde o bem reina completamente, é a morada dos espíritos depurados.

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo cap.III item 4, podemos verificar os espíritos referindo-se aos “mundos intermediários”, onde “há mistura do bem e do mal”, predominando-se um ou outro de acordo com o grau de adiantamento, portanto, o nosso planeta é um desses mundos intermediários, que atualmente, encontra-se em fase de transição para mundo de regeneração. As evidências dessa transição encontram-se facilmente observadas na atual situação moral planetária.

Nesse estágio são reencarnados no planeta espíritos das mais variadas categorias, desde os mais primitivos, aos mais adiantados, sendo esses, responsáveis pelo progresso daqueles outros. Assim sendo, o mundo intermediário, funciona como um educandário espiritual em que todos evoluem gradativamente a seu tempo, até que uma vez concluída essa etapa, neles somente reencarnarão os espíritos que galgaram as condições necessárias para habitá-los. Os demais, que permaneceram estacionários terão ainda que reencarnar em mundos inferiores, equivalentes ao seu estágio moral, onde irão vivenciar as provas e expiações necessárias ao seu adiantamento.


Carlos Pereira

domingo, 28 de dezembro de 2008

Mensagem da Semana



Ouvir a mensagem:



“Uma vibração pela paz para a humanidade e pelo nosso planeta na chegada desse novo ano.”



Forças Universais do Bem – (Vibração)



Senhor da vida e do universo, causa primária de todas as coisas,
neste momento ligamos nossos pensamentos a ti pedindo as forças universais do bem, do amor e da paz para envolverem o nosso planeta em toda a sua extensão.

Que essa energia sublimada abençoe a natureza, na terra, nas águas e em toda atmosfera terrena, protegendo-a, vivificando-a.

Que as forças universais do bem, do amor e da paz envolvam a toda humanidade terrena vibrando amor em todos os corações, pacificando e predispondo a afetividade, ao perdão, ao respeito pelos outros, por suas vidas, por seus direitos levando as pessoas a se tornarem mais solidárias, mais fraternas, mais afetuosas e pacíficas.

Que as forças universais do bem, do amor e da paz, se estabeleçam nas mentes e nos corações de todos nós que nos ligamos a esta rede mundial de afeto dando sempre o norte seguro e benéfico a nossa jornada diária, protegendo, conduzindo, iluminando.

Te agradecemos Senhor da Vida e pedimos a tua proteção para todos nós e para o nosso planeta terra.

Paz, harmonia, afeto e contentamento nos nossos corações.


Saara Nousiainen


“Um 2009 iluminado, repleto de alegrias e paz para todos” - Carlos Pereira.


sábado, 27 de dezembro de 2008



O mais sublime amor



Na época do final de ano, a figura de Jesus costuma ser muito lembrada.

Fala-se em Sua vida, em Seus exemplos e em Suas lições.

Ele geralmente é apontado como o exemplo de amor mais consumado de que se tem notícia.

Afinal, dispôs-Se a morrer em holocausto de amor à Humanidade.

Estar disposto a morrer por alguém ou por uma causa é sinal de grande dedicação e desprendimento.

Entretanto, os mártires não são raros nos registros da História.

Muitos são os que morreram inocentes, no contexto humano.

Mas nenhum deles sequer se aproximou da excelsa magnitude do Messias Divino.

Por grande que seja uma figura histórica, perante Jesus ela se apequena e desvanece.

Bem se vê que a grandeza do Cristo não reside apenas em Sua morte, mas primordialmente em Sua vida, em um contexto muito amplo.

A sublimidade do amor que Ele dedica à Humanidade transcende tudo o mais que já foi vivido na Terra.

A fim de valorizá-Lo devidamente, convém raciocinar sobre esse maravilhoso afeto que a todos ampara.

Conforme ensina a Espiritualidade Maior, a perfeição de Jesus se perde na noite dos tempos.

Muito antes de o planeta Terra existir, Ele já havia completado todos os processos e Se tornado perfeito.

Na plenitude de todos os dons, recebeu do Criador a tarefa de presidir à criação do orbe terreno.

Amorosamente Se desincumbiu da tarefa, providenciando um lar para Espíritos necessitados de experiências materiais.

Mas foi além disso e Se tornou Pastor dos bilhões de almas internadas na nova escola sideral em que se converteu o planeta.

Seres primitivos aqui ensaiaram seus primeiros passos em destinação à vida moral.

Entidades antigas e rebeldes às leis divinas também aportaram no orbe terreno, em sua necessidade de ajuste e aprendizado.

Jesus desde sempre preside os processos de aprendizado e redenção que se desenrolam no planeta.

Periodicamente, envia professores, na figura de Espíritos mais avançados, que exemplificam virtudes e impulsionam as artes e as ciências.

Além dessa dedicação incansável e milenar, também desejou partilhar das dores da Humanidade encarnada.

Habituado a conviver com seres angélicos, em esferas sublimes, tomou um corpo de carne e habitou entre rústicos e ignorantes.

Em Sua perfeição, era consciente de Sua natureza e da esfera de que provinha.

Isso certamente Lhe permitia diariamente medir a fraqueza e a ignorância existente nos que O rodeavam.

Mas não Se agastou, não condenou, a ninguém desprezou.

Em Sua grandeza, demonstrou que o verdadeiro amor desconhece barreiras, por colossais que se afigurem.

O exemplo desse Sublime Amor persiste até hoje como um convite a que Lhe sigamos os passos.

Pensemos nisso.


Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Destaque: Lições do Evangelho Segundo o Espiritismo



Duas passagens do Evangelho à luz da Doutrina Espírita:


“Meu Reino não é desse Mundo”- A Vida Futura


Por estas palavras, Jesus se refere claramente à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como o fim a que se destina a humanidade, e como devendo ser o objeto das principais preocupações do homem sobre a terra. Todas as suas máximas se referem a esse grande princípio. Sem a vida futura, com efeito, a maior parte dos seus preceitos de moral não teriam nenhuma razão de ser. É por isso que os que não crêem na vida futura, pensando que ele apenas falava da vida presente, não os compreendem ou os acham pueris.

Esse dogma pode ser considerado, portanto, como o ponto central do ensinamento do Cristo. Eis porque está colocado entre os primeiros, no início desta obra, pois deve ser a meta de todos os homens. Só ele pode justificar os absurdos da vida terrestre e harmonizar-se com a justiça de Deus.

Os judeus tinham idéias muito imprecisas sobre a vida futura. Acreditavam nos anjos, que consideravam como os seres privilegiados da criação, mas não sabiam que os homens, um dia, pudessem tornar-se anjos e participar da felicidade angélica. Segundo pensavam, a observação das leis de Deus era recompensada pelos bens terrenos, pela supremacia de sua nação no mundo, pelas vitórias que obteriam sobre os inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram os castigos da desobediência. Moisés o confirmou, ao dizer essas coisas, ainda mais fortemente, a um povo ignorante, de pastores, que precisava ser tocado antes de tudo pelos interesses deste mundo. Mais tarde, Jesus veio lhes revelar que existe outro mundo, onde a justiça de Deus se realiza. É esse mundo que ele promete aos que observam os mandamentos de Deus. É nele que os bons são recompensados. Esse mundo é o seu reino, no qual se encontra em toda a sua glória, e para o qual voltará ao deixar a Terra.

Jesus, entretanto, conformando o seu ensino ao estado dos homens da época, evitou lhes dar os esclarecimentos completos, que os deslumbraria em vez de iluminar, porque eles não o teriam compreendido. Ele se limitou a colocar, de certo modo, a vida futura como um princípio, uma lei da natureza, à qual ninguém pode escapar. Todo cristão, portanto, crê forçosamente na vida futura, mas a idéia que muitos fazem dela é vaga, incompleta, e por isso mesmo falsa em muitos pontos. Para grande número, é apenas uma crença, sem nenhuma certeza decisiva, e daí as dúvidas, e até mesmo a incredulidade.

O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em muitos outros, o ensinamento do Cristo, quando os homens se mostraram maduros para compreender a verdade. Com o Espiritismo, a vida futura não é mais simples artigo de fé, ou simples hipótese. É uma realidade material, provada pelos fatos. Porque são as testemunhas oculares que a vêm descrever em todas as suas fases e peripécias, de tal maneira, que não somente a dúvida já não é mais possível, como a inteligência mais vulgar pode fazer uma idéia dos seus mais variados aspectos, da mesma forma que imaginaria um país do qual se lê uma descrição detalhada. Ora, esta descrição da vida futura é de tal maneira circunstanciada, são tão racionais as condições da existência feliz ou infeliz dos que nela se encontram, que acabamos por concordar que não podia ser de outra maneira, e que ela bem representa a verdadeira justiça de Deus.

Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.2


“Daí a César o que é de César”



Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si comprometê-lo no que falasse. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens; dize-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou não? Porém Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo. E eles lhes apresentaram um dinheiro. E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto, admiraram-se, e deixando-o se retiraram. (Mateus, XXII: 15-22; Marcos, XII: 13-17).

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de haverem os judeus transformados em motivo de horror o pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema religioso. Numeroso partido se havia formado para rejeitar o imposto. O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria nenhum sentido. Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, conhecendo a sua malícia”, escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido.

Esta máxima: “Daí a César o que é de César” não deve ser entendida de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma conseqüência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco. Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos.



Evangelho Segundo o Espiritismo Cap.11 “Amar ao próximo como a si mesmo”

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Mensagem de Fim de Ano




Caríssimos visitantes,


Chegamos enfim ao final do ano de 2008 e é com muita satisfação que estamos concluindo uma etapa de nossas postagens no Blog. Para mim foram oito meses de alegrias, onde com muita dedicação e com certeza o amparo de Deus, auxilio da espiritualidade e as boas vibrações emanadas por todos vocês pude realizar esse singelo trabalho, que reverte-se para mim em constante aprendizado e crescimento pessoal e espero, tenha contribuído em alguma parcela para vocês.

O Manancial de Luz foi criado unicamente para trazer a nós “internautas”, uma opção de encontrar um refrigério para as nossas atribulações diárias, tendo mesmo que destituído de qualquer sectarismo religioso, a Doutrina Espírita e os ensinamentos do Evangelho do Mestre Jesus como as suas fontes principais, ressaltando a cada um de nós a busca do auto-conhecimento como forma de libertação da incessante procura da conquista da paz em nosso tão conturbado mundo exterior.

Oferecemos também dentro desse mesmo padrão opções de entretenimento, como músicas e vídeos, dicas de filmes e livros, buscando sempre transmitir acima de tudo paz e positividade para todos vocês.

Imbuídos desses mesmos sentimentos desejamos a todos um Natal de amor e um Ano Novo repleto de Paz e Prosperidade.

Que nesse dia em que celebramos fraternalmente o nascimento de Jesus, O nosso Mestre Maior, não sejamos as portas fechadas daquelas moradias e estabelecimentos de outrora, em Belém, nos quais ele e seus pais buscavam guarida naquela noite fria, que possamos abrir as portas dos nossos corações para acolhê-Lo e fazer com que Ele nasça soberano e faça dele eterna morada.

Saudações Fraternas,
Carlos Pereira

Canção para Jesus: "Noite Feliz"


Essa canção originou-se de um poema chamado “Stille Nacht”, escrito em 1816 por um padre austríaco chamado Joseph Morh, que na noite de Natal do ano de 1818 na pequena vila alpina chamada Oberndof presenteou-o ao amigo Franz Xavier Gruber e esse compôs a melodia sem instrumentos musicais, usando apenas a sua mente, uma vez que o órgão da Igreja de São Nicolau, onde se encontravam na ocasião estava quebrado. A Música ganhou fama mundial e tornou-se a canção de Natal mais conhecida e executada de todos os tempos.

Portanto, aqui está esse vídeo que escolhi com a sensacional interpretação da canção de adoração ao Menino Jesus no dueto de Saulo Couto e Giovana Mantovani no Programa Raul Gil, incluindo a versão nacional da letra.

Dica: Para assistir sem interrupção clique no play e em seguida no pause aguardando o vídeo carregar, depois é só clicar no play novamente e deixar passar por inteiro.


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Poder do Pensamento



Cristo e o Gerenciamento dos Pensamentos


Cristo tinha razão: há uma ansiedade inerente ao ser humano, ligada à construção de pensamentos, influenciada pela carga genética, por fatores psíquicos e sociais. Somos a espécie que possui o maior de todos os espetáculos, o da construção dos pensamentos. No entanto, muitas vezes usamos o pensamento contra nós mesmos, para gerar uma vida ansiosa. Os problemas ainda não ocorreram, mas já estamos angustiados por eles. O capítulo 6 de Mateus diz: “Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã... Basta a cada dia o seu próprio mal.” Cristo queria vacinar seus discípulos contra o estresse produzido por pensamentos antecipatórios. Não abolia as metas e prioridades bem estabelecidas, mas queria que os discípulos não gravitassem em torno de problemas imaginários.

Muitos de nós vivemos o paradoxo da liberdade utópica. Por fora somos livres porque vivemos em sociedades democráticas, mas por dentro somos prisioneiros, escravos das idéias dramáticas e de conteúdo negativo que antecipam o futuro. Há diversas pessoas que gozam de boa saúde, mas vivem miseravelmente pensando em câncer, infarto, acidentes, perdas.

O ensinamento de Cristo relativo à ansiedade era sofisticado, pois, para praticá-lo, seria necessário conhecer uma complexa arte intelectual que todo ser humano tem dificuldade de aprender: a arte de gerenciar pensamentos.

Governamos o mundo exterior, mas temos enorme dificuldade em gerenciar nosso mundo interior, o dos pensamentos e das emoções. Somos subjugados por necessidades que nunca foram prioritárias, pelas paranóias do mundo moderno: o consumismo, a estética, a segurança. Assim, a vida humana, que deveria ser um espetáculo de prazer, torna-se um espetáculo de terror, de medo, de ansiedade. Nunca tivemos tantos sintomas psicossomáticos: cefaléias, dores musculares, fadiga excessiva, sono perturbado, transtornos alimentares como a bulemia e a anorexia nervosa, etc. Uma parte significativa dos adolescentes americanos tem problemas de obesidade, e a ansiedade é uma das principais causas desse transtorno.

Cristo tanto prevenia contra a ansiedade como discursava sobre o prazer de viver. Dizia: “Olhai os lírios dos campos” (Mateus 6:28). Queria que as pessoas fossem alegres, inteligentes, mas simples. porém, assim como seus discípulos, nós não sabemos contemplar os lírios do campos, ou seja, não sabemos extrair o prazer dos pequenos momentos da vida. A ansiedade estanca esse prazer. Apesar de o mestre da escola da vida discursar sobre a ansiedade e suas causas, sua proposta em relação ao sentido da vida e ao prazer de viver era tão surpreendente que, chocam a psiquiatria, a psicologia e as neurociências.

Ao longo de quase duas décadas pesquisando o funcionamento da mente humana, compreendi que não há ser humano que não tenha problemas no gerenciamento dos seus pensamentos e emoções, principalmente diante dos focos de tensão. O maior desafio da educação não é conduzir as pessoas a executarem tarefas e dominarem o mundo que as cerca, mas conduzi-las a liderar seus próprios pensamentos, seu mundo intelectual.

Cristo não freqüentou escola, não estudou as letras, mas foi o Mestre dos Mestres na escola da vida. Era tão sofisticado em sua inteligência que praticava a psiquiatria e a psicologia preventiva quando estas nem ensaiavam existir.


Excertos do livro “O Mestre dos Mestres” de Augusto Cury.
“A inteligência de Cristo diante da ansiedade e do gerenciamento dos pensamentos”.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mensagem da Semana


Ouvir a mensagem


O Melhor Presente


Quando você faz aniversário logo imagina o bolo, a festa, os presentes que gostaria de ganhar.

As roupas novas, os perfumes, os objetos, os livros, os abraços, o afeto dos que você ama e sabe que te amam também.

Com todo o cuidado fazemos planos para aquele momento da reunião familiar, no lar ou da reunião entre os amigos no trabalho a comemorar o nosso nascimento, a alegria de se sentir querido e de receber a demonstração do carinho dos que convivem conosco.

Imaginemos, entretanto por um momento, que ninguém se lembrasse de nós e sequer um abraço nos fosse oferecido, nenhum presente, nenhum voto de felicidade.

Para maioria de nós, isso seria um motivo de abatimento, porque demonstraria que não somos importantes para ninguém, mas, se no final do dia o faxineiro do nosso prédio, o ascensorista do elevador, o entregador da padaria ou até mesmo o pedinte da rua que nos conhece há muito tempo nos desejasse um feliz aniversário, como isso preencheria o nosso afeto e nos faria menos abatido, não é?. Pense nisso...

Está se aproximando o aniversário daquele que mais nos ama, que mais nos ampara, que mais nos defende e fortalece, apesar dele não se preocupar em ganhar presentes materiais, certamente espera de nós alguma lembrança, algum carinho, alguma demonstração de afeto por ele.

Não pense você que é gastando seu dinheiro com coisas inúteis que estaremos sentindo o verdadeiro espírito de natal, para o dia do seu aniversário, bem como para todos os dias do ano, continua Jesus esperando o único presente que pode preenchê-lo, alegra-lo e dar sentido a todo o empenho que seu espírito tem feito por nós.

O único presente que vale a pena para ele é você e seu coração, o único que Jesus espera ganhar, porque você pode se dividir sem se diminuir, porque você pode ajudar os que não tem esperança, pode ser os braços, as palavras, o olhar, as lágrimas, o suor, o sorriso e a paz de Jesus que alguém esteja precisando, mas que somente através das suas ações vai conseguir chegar aos aflitos.

Lembre-se, você é o melhor presente para o Cristo, porque ele o transformará em presente de esperança para os que sofrem. Nada é mais importante para Jesus do que o seu coração generoso e bom, não nos esqueçamos do aniversariante verdadeiro mais uma vez.

Feliz Natal!!

Mensagem da Rádio Alvorada FM

domingo, 21 de dezembro de 2008

A Música e o Espírito: Saudação ao Verão

“E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.” (Mateus 17:2- Transfiguração de Jesus no Tabor)

Enfim é verão, a vida se veste de festa, a natureza irradia-se sob a luminosidade do sol e o céu é muito mais azul. Fiz esse vídeo saudando a chegada do reinado do sol com a música suave e romântica Scene D’Amour, do compositor francês Francis Lai desejando a todos um verão repleto de amor e paz em vossos corações. Que o Mestre Jesus seja o sol envolvendo a todos nós e reinando cada vez mais em nossas vidas.

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sábado, 20 de dezembro de 2008

Imagem e Mensagem: "Jesus, o Incomparável"

Em nossa “Imagem e Mensagem” do mês, trago esse vídeo bastante reflexivo com uma mensagem na voz do jornalista e expositor espírita mineiro José Mauro de Souza Lima, que nos oferta mais uma visão da trajetória do nosso Mestre Incomparável.

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Destaque: A Proposta de Cristo



Seria impossível para nós, mensurarmos a grandeza dos ensinamentos do Mestre Jesus, mas podemos afirmar, que a proposta deste é nortear o comportamento individual de cada um de nós, proporcionando-nos ensinamentos, que provocam profundas reflexões ensejando orientações, que despertam para o desenvolvimento espiritual.

Para lograr objetivos, a mensagem do Evangelho fundamenta-se, em dois grandes aspectos: A autoridade moral e a autoridade espiritual. A primeira, refere-se, a exemplificação dos ensinamentos através dos atos, a segunda interagente a primeira, além de denotar a grandeza moral do Cristo que transcende aos atos e palavras, faculta a modificação do ser, pelo envolvimento fluídico que provoca a sua superioridade espiritual, promanada não das qualidades de seu corpo, mas do seu Espírito. A exemplo disso nos narra Lucas cap. 19 v. 1 a 10, a passagem de Jesus por Jericó.

"E tendo Jesus entrado em Jericó, ele atravessava a cidade .

Havia um homem chamado Zaqueu, que era rico e chefe dos publicanos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, pois era de baixa estatura. Correu então à frente e subiu num sincômoro para ver Jesus que iria passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, levantou os olhos e disse-lhe: "Zaqueu desce depressa pois hoje devo ficar em tua casa". Ele desceu imediatamente e recebeu com alegria. A vista do acontecido todos murmuravam, dizendo: "Foi hospedar-se na casa de um pecador!" Zaqueu, de pé disse ao Senhor: "Senhor, eis que dou a metade de meus bens aos pobres, e se defraudei a alguém, restituo-lhe o quádruplo". Jesus lhe disse: Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido ".

O diálogo que aparentemente manifesta-se como que de caráter simplista, revela grandes ensinamentos que para muitos passam despercebidos, mas que, destaca claramente o ensinamento moral e o ensinamento espiritual. O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus, revela uma predisposição a mudança dos atos, pois a simples presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões. Outro ponto indiscutível, é que a mudança de Zaqueu já fazia parte dos objetivos do Mestre, tanto que ao entrar em Jericó, o percebe facilmente em cima de uma árvore ansioso por um olhar, ao que Jesus corresponde, demonstrando profundos conhecimentos de psicologia transpessoal, levantando o olhar, se dirige a ele dizendo:

"Zaqueu desce depressa pois hoje devo ficar em tua casa", neste momento o vocábulo casa adquire outra conotação, visto que, ele vem antecedido de uma afirmativa verbal, "pois hoje devo ficar em tua casa", na frase, o verbo devo, é aplicado no sentido de certeza e não de hipótese. Entendemos com isso, que o Mestre, se refere a casa mental de Zaqueu, pois a hospedagem que desejava Jesus, não era apenas no lar físico de Zaqueu, mas principalmente no seu coração, a fim de que este se modificasse. Convém ressaltar, a imensa facilidade, com que Jesus manipula os fluidos, pois, subentende-se, que ele altera a psicosfera pessoal de Zaqueu, permitindo, que este, compreenda a mensagem de natureza espiritual na sua perfeita essência, e ele a entende como se Jesus a propusesse: "Desse depressa pois hoje devo ficar em teu coração para sempre".

O envolvimento fluídico na questão é tão patente, que bastou alguns momentos em contato com o Mestre para que se processasse profundas modificações morais em Zaqueu, não apenas pelo compromisso público de restituir quadruplamente (segundo a lei de Moisés), aqueles a quem prejudicou anteriormente, mas por despertar nele, o sentimento de caridade e desprendimento, levando-o a doar aos pobres, metade dos bens que lhe pertenciam.

A autoridade espiritual de Jesus se faz presente, ao afirmar: "A salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão. Com efeito, o filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido". Não obstante demonstrar claramente o conhecimento da ficha espiritual de cada Espírito encarnado na Terra, visto que, conhecia as mazelas que marcavam o caminho espiritual de Zaqueu, percebia nos seus pensamentos a vontade de mudar. Se não fosse verdade estaria Jesus interferindo no livre arbítrio daquele, modificando-o intimamente contra sua vontade.

A receptividade de Zaqueu as sugestões fluídicas do Mestre, modifica instantaneamente seu comportamento para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo, salvando aquela encarnação e por conseguinte reformando-se pela conversão, através de atos e não de promessas.

É oportuno recordarmos que a passagem de Zaqueu é de grande alcance e importância na condução de nossas atitudes, subir no sincômoro representa a predisposição para a mudança, que funciona como agente facilitador da reforma íntima, reforma esta, que constitui-se no preparo da morada de nossos corações, onde o Cristo com certeza pedirá pousada.


Warwick Mota
http://geocities.com/wickmota
Publicado na revista Reformador em fev/97

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



A Mais Bela Oração


E estando o Mestre sozinho, no recôndito da prece
eis que chega um de seus discípulos e suplica-lhe:
Senhor, ensina-nos a orar...
Na face do Mestre a mais bela expressão,
A Sua alma antevia o bálsamo que postergaria aos irmãos
por todos os tempos, ao corresponder a tão singelo pedido.
E em um breve momento,
Viu-se nos gemidos dos enfermos,
no soluçar dos desiludidos.
No desequilíbrio dos desesperados,
no debater-se dos ensandecidos.
No desamparo dos fracos,
na aflição dos perseguidos.
Na soberba dos orgulhosos,
na escravidão dos oprimidos.
Na inconsolação dos injustiçados,
na incredulidade dos ímpios.
Viu-se também na pureza do sorriso da criança,
na afetuosidade dos amigos.
Na serenidade da brisa mansa,
na mansidão dos pacíficos.
E de teus lábios ouviu-se a mais bela oração:
Pai Nosso que estás no céu...
Pedi e vos dará
Buscai e achareis
Batei e abrir-se á.



Carlos Pereira
*por Glauco


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Gotas de Luz: "Jesus, o Médium de Deus"



Nas escrituras sagradas são vários os registros de fenômenos que, devido à diversidade das religiões e seus dogmas e mistificações, até os dias atuais, são considerados por muitos como feitos miraculosos. No século XIX, com advento do espiritismo, cumpriu-se uma das profecias evangélicas de Jesus, que na iminência de ser entregue aos judeus proferiu aos seus discípulos: "Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. - Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito". (João XIV: 15 a 17; 26) e através do surgimento dessa doutrina, com suas obras básicas trazidas pelos espíritos superiores, responsáveis junto a Allan Kardec pela codificação, pôde-se constatar que todas essas fenomenologias bíblicas encontram explicações com o estudo fundamentado na mediunidade.

Baseado nos aspectos científicos do espiritismo pode-se observar que desde Moisés, até João com o Livro das Revelações (Apocalipse), todos os profetas bíblicos foram médiuns apresentando suas faculdades mediúnicas, cada qual, cumprindo o seu papel em conformidade com o momento em que viveram e as necessidades sociais e educativas de suas respectivas épocas. Dentre esses médiuns, destacamos o papel de Jesus, considerado “O Médium de Deus”, que veio ao nosso planeta com a missão maior, trazendo uma consciência extremamente superior aos padrões da época, inclusive aos nossos padrões atuais, nos facultando o amor como única forma de salvação, e nos revelando que Deus é amor, e que para se conhecer esse amor era preciso que se conhecesse a Ele: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6), manifestando fenômenos como curas, ressuscitação de mortos, levitações, que Ele mesmo atribuía como sendo obras de Deus, que se revelava por Seu intermédio para que a humanidade encontrasse a fé e assim realizasse também as Suas obras: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14:12).

No livro A Gênese, Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, uma das obras básicas da doutrina codificada por Allan Kardec, em seu capítulo XV, item 2, encontra-se relatado toda a natureza Espiritual e Humana do Cristo, a qual para nosso maior entendimento e apreciação, transcrevo aqui em sua íntegra:

2. – Sem nada prejulgar sobre a natureza do Cristo, que não entra no quadro desta obra examinar, não o considerando, por hipótese, senão como um Espírito superior, não se pode impedir de reconhecer nele um daqueles de ordem mais elevada e que está colocado, pelas suas virtudes, bem acima da Humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que ele produziu, a sua encarnação neste mundo não poderia ser senão uma dessas missões que não são confiadas senão aos mensageiros diretos da Divindade para o cumprimento de seus desígnios. Supondo-se que ele não fosse o próprio Deus, mas um enviado de Deus para transmitir sua palavra, ele seria mais que um profeta, porque seria um Messias divino.
Como homem, tinha a organização dos seres carnais; mas, como Espírito puro, desligado da matéria, deveria viver a vida espiritual mais do que a vida corpórea, da qual não tinha as fraquezas. A superioridade de Jesus sobre os homens não se prendia às particulares de seu corpo, mas a de seu Espírito, que dominava a matéria de uma maneira absoluta, e a de seu perispírito, haurida na parte a mais quintessenciada dos fluidos terrestres (Cap.XIV, n° 9). Sua alma não devia prender-se ao corpo senão pelos laços estritamente indispensáveis; constantemente desligado, devia dar-lhe uma dupla vista não somente permanente, mas de uma penetração excepcional e bem de outro modo superior àquela que se vê entre os homens comuns. Devia ser do mesmo modo em todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe dava uma imensa força magnética, secundada pelo desejo incessante de fazer o bem.
Nas curas que ele operava, agia como médium? Pode-se considerá-lo como um poderoso médium curador? Não; porque o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados. Ora, Cristo não tinha necessidade de assistência; ele que assista os outros; ele agia por si mesmo, em virtude de seu poder pessoal, assim como podem fazê-lo os encarnados em certos casos e na medida de suas forças. Que Espírito, aliás, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarrega-los de transmiti-los? Se recebesse um influxo estranho, não poderia ser senão de Deus; segundo a definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
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