domingo, 14 de dezembro de 2025

Natal, Jesus nascendo em nossos corações


 

Por Carlos Pereira

O Natal, para além das luzes cintilantes e dos presentes que se acumulam sob a árvore, é um convite profundo à renovação interior. Sob a ótica espírita, esta celebração não se limita ao nascimento histórico de Jesus em Belém, mas se expande como símbolo eterno: o Cristo renascendo, silenciosamente, em cada coração disposto a acolher sua mensagem de amor.

O Evangelho nos recorda que Jesus veio ao mundo em simplicidade, envolto em humildade e ternura. Esse gesto nos ensina que o verdadeiro brilho não está nas aparências, mas na essência. O Natal, portanto, é oportunidade de refletirmos: estamos permitindo que o Cristo desperte em nós? Estamos abrindo espaço para que sua luz ilumine nossas atitudes, pensamentos e palavras?

Quando falamos de “Jesus nascendo em nossos corações”, falamos de transformação íntima. É o momento em que deixamos de lado o egoísmo para abraçar a fraternidade. É quando substituímos a indiferença pela compaixão, e o orgulho pela humildade. Cada gesto de bondade, cada palavra de consolo, cada oração sincera é como uma manjedoura que se abre para acolher o Mestre.

O Espiritismo nos convida a ver o Natal não como um dia isolado, mas como um estado contínuo de espírito. Jesus não deve nascer apenas em dezembro, mas em cada amanhecer. Ele nasce quando perdoamos, quando estendemos a mão ao necessitado, quando cultivamos a paz em nossos lares. Assim, o Natal se torna permanente, e o Cristo passa a caminhar conosco em cada instante.

O nascimento de Jesus simboliza também a esperança de que sempre é possível recomeçar. Por mais difíceis que sejam as provas da vida, o Natal nos lembra que a luz vence a sombra, e que o amor é capaz de transformar qualquer dor em aprendizado. É o convite para que cada coração se torne um templo vivo, onde o Cristo possa habitar e florescer.

“Natal, Jesus nascendo em nossos corações” é mais do que um título: é uma proposta de vida. Que possamos, inspirados pela mensagem espírita, transformar o Natal em um exercício diário de amor e caridade. Que cada gesto nosso seja uma estrela a iluminar o caminho de alguém. E que, ao final, possamos dizer: o Cristo vive em nós, e através de nós espalha sua luz ao mundo.

 

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