quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Chico Xavier sobre Jesus Cristo

Neste vídeo especial, mergulhamos na profunda e tocante visão de Chico Xavier sobre a figura de Jesus Cristo. Com sua sensibilidade única e sabedoria espiritual, Chico nos revela como enxergava o Cristo não apenas como o Messias, mas como a personificação do amor divino, o guia maior da humanidade e o modelo de perfeição moral que inspira a Doutrina Espírita.

Através de trechos emocionantes e reflexões marcantes, o canal Espírito de Luz apresenta a perspectiva pessoal do médium sobre o papel de Jesus na evolução espiritual da Terra. Uma verdadeira aula de fé, humildade e compaixão que nos convida a repensar nossa relação com o Cristo e com o próximo.


 

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Jesus, os ensinamentos e o espiritismo, Parte I

 


“Um dos exemplos mais brilhantes da vida e do sentido de uma personalidade, como a história no-lo conservou, constitui a vida de Cristo”

(Carl Gustav Jung)

Jesus exemplificou a vivência do ser humano Integral. Ele, que foi o mais inteligente e esclarecido ser que até hoje habitou a Terra. A sua mensagem inovadora atravessou dois milénios e ainda não foi totalmente compreendida. Porquê? Porque ainda não entendemos que é no nosso inconsciente que reside o alimento da nossa alma. Jesus mostrou como ir pescar ao outro lado da vida. O futuro está em saber fazê-lo.

A mensagem de Jesus é simples e baseada no amor e na inclusão. Ela esclarece sobre a continuidade da vida, sobre o poder do perdão e do uso da caridade como instrumentos de evolução. Jesus ilustrou que é no nosso querer e crer, que alcançamos a verdadeira saúde, a harmonia a que chamamos de felicidade. Para isso temos de saber lidar com a nossa sombra, aquela que transportamos no nosso inconsciente como resultado do que fomos sendo ao longo de vidas sucessivas.

Lidar com a sombra é enfrentar os nossos defeitos, sem os reprimir ou rejeitar. É aceitá-los à medida que nos vamos melhorando. É vivermos a sua catarse, e assim irmos buscando em nós o Céu e nos libertarmos do Inferno, que não está algures, mas sim no nosso íntimo. E assim vamos ao encontro da harmonia que nos é proporcionada pelo equilíbrio físico, emocional, social, económico, e, naturalmente, centrada na lucidez psíquica.

Esta proposta retira todas as ordens de grandeza de uns em relação a outros afirmando o Pai, Deus e a Sua vontade, como a única Lei acima do ser humano. Uma proposta que revoluciona o seu tempo e para sempre o pensamento do Homem [1].

Jesus começa por sedimentar a sua mensagem junto dos mais humildes, onde a necessidade de consolo e de cuidados era maior, mas também onde a fé tinha melhores condições para germinar. Estas almas eram humildades, drenadas de paixões materiais exacerbadas e de orgulhos humanos desmedidos. Porém, e apesar de ser este o seu foco, Jesus não negligenciou ninguém, pois também se sentou com o rico, que é igualmente doente (da alma), se não sabe cuidar das suas responsabilidades para com a abundância.

Ainda assim, Jesus não chegou a todos, pois, muitos se fecharam na sua ignorância espiritual, na altivez intelectual e na perspetiva materialista das suas vidas, fruto do orgulho, do egoísmo e, quantas vezes, do próprio neuroticismo. Estes ignoraram o convite à mensagem amorosa e à ação de responsabilidade individual e de uns para com outros.

A crença na existência de um Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom era uma das novidades da mensagem do Cristo. Porém, quando esta foi explicada ao povo de Israel, este duvidou. Em particular, a sua mensagem não alcançou as proximidades do inconsciente dos judeus fariseus, ainda que estes aguardassem o prometido Messias. Estes não quiseram “aquele” Messias e não creram na sua mensagem. Primeiro, porque Jesus era carpinteiro, andava descalço e habitualmente fazia-se acompanhar de pobres.

Segundo, porque afirmava que todos eram iguais perante Deus, o que contrariava a orgulhosa ideia daqueles Judeus, que se achavam escolhidos para receber o Messias. Perante isto, os fariseus não conseguiram humildar-se para perceber Jesus. Não conseguiram entender que a sua mensagem não vinha descaracterizar a de Moisés, a quem eram devotos, nem a dos Profetas, que seguiam, mas sim acrescentar um novo entendimento aos saberes deixados por aqueles. Na verdade, este novo entendimento ia para lá da crença judaica no Deus terrível, ciumento, que se vingava do culpado na pessoa do inocente e que feria os filhos pelas faltas dos pais.

Além do orgulho Judeu, Jesus deparou-se com duas outras dificuldades. Uma relativa ao patriciado romano, invasor daquele território, escravagista, segregador, déspota, racista e crente que a Lei de César era a única que reinava acima de todos os povos. A outra, que abarca todas as anteriores, a imaturidade espiritual do povo daquele tempo e naquela região. Pois, poderia ser expectável que naquela época já houvesse mais esclarecimento espiritual relativamente ao tempo de Moisés (1400 anos antes de Cristo).

A mensagem de Jesus referia-se a um Deus “clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoava ao pecador arrependido e que dava a cada um segundo as suas obras” [2]. Jesus descrevia assim a lei de Causa e Efeito que assiste à vida e ilustrava o percurso de atenuação da dor (efeitos) face à mudança de comportamentos ao longo do percurso reencarnatório do espírito – afinal não há penas eternas, se cessa a causa cessa o efeito.

A Sua mensagem dizia ainda que não havia “o Deus de um único povo privilegiado, o Deus dos exércitos, presidindo aos combates para sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai comum do género humano, que estende a sua proteção sobre todos os seus filhos e os chama todos a si” [idem].

Jesus também afirmava que não havia “o Deus que recompensa e pune só pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos povos rivais e na multiplicidade da progenitura”. Ao contrário de tudo isto e do que muitos ainda hoje creem, e independentemente do seu conhecimento e credo, Jesus afirmou que só há um Deus, o de todos os homens, e que a “verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial, lá onde os humildes de coração serão elevados e os orgulhosos serão humilhados.” [idem]

E é neste contexto, em que o poder espiritual está entregue aos judeus e o material aos romanos, que a Providência decide enviar o Messias para divulgar a Boa Nova (o Evangelho) ao coração da ignorância reinante. De facto, esta é a mais extraordinária mensagem de inovação que há registo.

No entanto, e como frequentemente acontece com a inovação, as novas ideias são, primeiro, desacreditadas, depois tidas como uma ameaça e posteriormente como evidentes. E é assim, pela ignorância humana, que o cristianismo (na ascensão da sua mensagem e ensinamentos, não do “clubismo”) continua a fazer o seu percurso a caminho do “evidente”, embora ainda envolto em adornos criados por religiosos, ou em anátemas criados por céticos. Em ambos se intelectualiza o que é da expressão do coração, do sentimento e que se exterioriza do inconsciente pelo desenvolvimento do Self do indivíduo, logo, dificilmente aceite pela imposição de uns ou mensurável pela proveta de outros.

    “Como lhe apresentassem um paralítico deitado em seu leito, Jesus, notando-lhe a fé, disse ao paralítico: Meu filho, tem confiança; perdoados te são os teus pecados.” (…) “O paralítico se levantou imediatamente e foi para sua casa.” (“A Génese”, Allan Kardec, Cap. XV, nº 14). 

Todavia, é importante notar que Jesus não curou todos, não fez milagres, mas curou, fazendo uso da mediunidade e, por conseguinte, do campo magnético radiante do seu Espírito.

Jesus é hoje considerado por muitos psicólogos e terapeutas como o “Melhor Psicólogo ou Psicoterapeuta” que já existiu [1]. De facto, “sendo Jesus o ser mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo”, conforme responderam os Espíritos a Allan Kardec, na questão nº 625, de “O Livros dos Espíritos”, é natural, que o seu conhecimento a respeito do ser humano ultrapassasse tudo quanto se pode imaginar a esse respeito [idem].

Jesus penetrava o imo do paciente com o Seu psiquismo superior, encontrando aí com facilidade as causas dos conflitos e problemas que o afligiam. Usando o seu saber sobre o espírito e o conhecimento da mediunidade, libertava o paciente da sua aflição, consolando-o, interrogando-o sobre o querer e o crer, ou seja, tornando o indivíduo agente da sua cura — note-se o Seu conhecimento sobre a relação entre construção de pensamento, exercício da vontade e ação destes sobre o corpo celular.

Em suma, estimulando-o a não voltar a equivocar-se, para que nada de pior lhe acontecesse [idem]. Além do mais, conhecia a Lei de Causa e Efeito, pelo que sabia à priori quem estava em condições de se recuperar – daí não ter curado todos, pois nem todos estavam no mesmo estado face à lei de causa e efeito (dado o processo de expiação em que se encontravam, ou seja, perante débitos contraídas no passado).

Jesus fez tudo aquilo e muito mais e em pouco tempo. E mesmo nos instantes antes e após a morte do seu corpo, entrega novas e poderosas lições sobre o perdão, o livre arbítrio e a lei de causa e efeito (com repercussões até hoje). E é pelo Evangelho de João, a partir das palavras do Cristo, que ficamos a saber que haveria de vir um Consolador: o Espiritismo.

Fonte: Artigo portal invisibillis

Referências

[1] FRANCO, Divaldo, pelo Espírito Joanna de Ângelis, Refletindo a Alma: A Psicologia Espírita de Joanna de Ângelis, LEAL, 4ª edição, 2016.

Título: Refletindo a Alma, a Psicologia de Joanna de Ângelis

[2] XAVIER, Francisco Cândido, orientado pelo Espírito Emmanuel, Paulo e Estevão. FEB, 2004. (*)

 

sábado, 13 de setembro de 2025

Jesus e o Mundo

 


Se Jesus não tivesse confiança na regeneração dos homens e no aprimoramento do mundo, naturalmente, não teria vindo ao encontro das criaturas e nem teria jornadeado nos escuros caminhos da terra.

Não podemos, por isso, perder a esperança e nem nos cabe o desânimo, diante das pequenas e abençoadas lutas que o Céu nos concedeu, entre as sombras das humanas experiências.

Da escola do mundo saíram diplomados em santificação Espíritos sublimes, que hoje se constituem abençoados patronos da evolução terrestre.

Não nos compete menosprezar o plano de aprendizagem que nos alimenta e nos agasalha, que nos instrui e aperfeiçoa.

Se o melhor não auxilia ao pior, debalde aguardaremos a melhoria da vida.

Se o bom desampara o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão.

Se o sábio não ajuda ao ignorante, a educação redundaria em mentira perigosa.

Se o humilde foge ao orgulhoso, surgiria o amor por vocábulo inútil.

Se o aprendiz da gentileza menoscaba o prisioneiro da impulsividade, o desequilíbrio comandaria a existência.

Se a virtude não socorre às vítimas do vício e se o bem não se dispõe a salvar quantos se arrojam aos despenhadeiros do mal, de coisa alguma serviria a predicação evangélica no campo de trabalho que a Providência Divina nos confiou.

O Mestre não era do mundo, mas veio até nós para a redenção do mundo. Sabia que os seus discípulos não pertenciam ao acervo moral da Terra, mas enviou-os ao convívio com homens para que os homens se transformassem nos servidores devotados do bem, convertendo o Planeta em seu reino de Luz.

O cristão que foge ao contato com o mundo, a pretexto de garantir-se contra o pecado, é uma flor parasitária e improdutiva na árvore do Evangelho, e o Senhor, longe de solicitar ornamentos para a sua obra, espera trabalhadores abnegados e fiéis que se disponham a remover o solo com paciência, boa vontade e coragem, a fim de que a Terra se habilite para a sementeira renovadora do grande amanhã.

Emmanuel

Do livro Coragem, por Francisco Cândido Xavier

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Jesus: modelo e guia - Artur Valadares

Na noite de 12 de abril de 2025, durante a histórica 30ª Semana de Kardec, realizada pela Comunidade Espírita A Casa do Caminho em Juiz de Fora/MG, o expositor Artur Valadares nos presenteou com uma palestra profundamente inspiradora intitulada "Jesus: modelo e guia".

Com sua habitual clareza e sensibilidade, Artur nos convida a refletir sobre a figura de Jesus não apenas como o emissário divino que trouxe a Boa Nova, mas como o referencial máximo de conduta, ética e amor incondicional para a humanidade. A partir da questão 625 de O Livro dos Espíritos, que define Jesus como o "modelo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem", o expositor desenvolve uma análise luminosa sobre como o Cristo representa o ideal de evolução espiritual que todos podemos alcançar.

Os temas abordados na palestra incluem:

A vivência do Evangelho como caminho de transformação íntima.

A postura de Jesus diante dos desafios humanos e sociais.

A importância da humildade, da caridade e do perdão como pilares da reforma íntima.

A atualidade dos ensinamentos de Jesus frente às dores do mundo moderno.

Com base nos ensinamentos da Doutrina Espírita e nos registros evangélicos, Artur Valadares nos conduz por uma jornada de autoconhecimento e esperança, reafirmando que seguir Jesus é mais do que admirá-lo — é escolher caminhar com Ele, dia após dia, em nossas atitudes e escolhas.

Este vídeo é um convite à introspecção, ao estudo e à vivência do Evangelho em sua essência. Prepare-se para se emocionar, refletir e renovar sua fé.


 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Jesus é um homem divinizado e não um Deus humanizado

 


Por José Reis Chaves

Respeitemos o dogma de Niceia (325) que proclamou que Jesus é outro Deus, mas, pela Bíblia, Ele é Filho de Deus.

O Enviado de Deus é um homem tão perfeito que os teólogos, ainda na infância da teologia, viram Nele outro Deus!  “Mas entre Deus e Jesus há um abismo.” (Ário). Aliás, o próprio Jesus ensinou o monoteísmo, ou a crença num Deus Único.

O dogma fala que as Pessoas Trinitárias é que são Três, mas que Deus é um só. Porém é um ensino contraditório, pois afirma também que Jesus é Deus, e até diz que quem não aceita que Jesus seja Deus não é cristão. Mas é Jesus mesmo que diz que seus discípulos são aqueles que se amam uns aos outros, não sendo, pois, os que creem em algumas doutrinas criadas e impostas pelos teólogos pela força, e não expostas pela razão.

E eis alguns exemplos bíblicos de que Jesus não é Deus, mas, como nós, é filho de Deus e, consequentemente, Ele é também nosso irmão: “Ao jovem rico, que O chamou bom Mestre, Ele diz: Por que me chamas bom? Bom só Deus o é” (Mateus 19: 17). Sem comentários.

Na Ressurreição ou aparição a Maria Madalena, Jesus lhe ordena: “Vai ter com meus irmãos e dize-lhes que eu subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus” (João 20: 17). Se Jesus é nosso irmão, Ele não pode ser Deus.

“Há um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” (Efésios 4: 6).  Dispensa-se comentário.

“A vida eterna consiste, oh! meu Pai, em te conhecer a ti, o único Deus verdadeiro, e em conhecer a Jesus Cristo, a quem tu enviaste.” (João 17: 3). Sem comentários.

“O Pai é maior do que eu.” (João 14: 28). Se Jesus fosse Deus mesmo, Ele seria igual ao Deus Pai, e não inferior a Ele.

Sobre quando será o final dos tempos, não do mundo, Jesus disse: “Quanto a esse dia e essa hora, ninguém o sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho; só o Pai o sabe” (Marcos 13: 32). Se Jesus fosse também Deus, Ele o saberia.

“Meu Pai, que me enviou, é quem, por seu mandamento, me prescreveu o que devo dizer e o que devo anunciar.” (João 12: 49). Quem envia é superior ao enviado, que é, pois, subordinado ao “enviador”. Se Jesus fosse Deus verdadeiro, Ele viria por sua própria decisão. Ademais, o que Ele ensina não é Dele.

“Eu e o Pai somos um.” (João 10: 30), ou seja, Jesus está em sintonia com a vontade do Pai. E é Ele próprio quem diz que nós também devemos ser um com Ele e o Pai: “A fim de que, Pai, assim como tu estás em mim e eu em ti, eles sejam do mesmo modo um em nós” (João 17: 21).

As nossas reencarnações são para nos divinizarmos, tornando-nos, pois, cada vez mais semelhantes a Deus em perfeição. Jesus e todos nós somos deuses (João 10: 34; e Salmo 82: 6), mas relativos. Deus absoluto é só o Pai.

Deus, por ser imutável, não evolui e menos ainda regride. E, se Ele se humanizasse, Ele regrediria e poderia até estar sujeito ao pecado! Jesus, pois, é um homem que se divinizou, aperfeiçoando-se (Hebreus 5: 9) e, portanto, é nosso modelo para a nossa busca evolutiva e a nossa consequente divinização, à proporção que nós nos vamos tornando realmente semelhantes a Deus pelo nosso aperfeiçoamento.

domingo, 7 de setembro de 2025

Jesus sabe

 


Quantas lágrimas você já verteu a sós, sem ninguém para lhe estender um ombro amigo, sem uma palavra de alento, sem nenhum consolo...

Considere, no entanto, que Jesus sabe...

Quando você descobre que seus amigos, nos quais você depositava a mais sincera confiança, lhe traem, e a amargura lhe visita a alma dolorida, no silêncio das horas... Jesus sabe.

Jesus conhece os mais secretos pensamentos e sentimentos de cada uma das ovelhas que o Pai lhe confiou.

Jesus sabe das noites mal dormidas, quando você se debate em busca de soluções para os problemas que lhe preocupam a mente...

Das dores que lhe dilaceram a alma, quando a solidão parece ser sua única companheira fiel, Jesus sabe...

Dos imensos obstáculos que você já superou, sem nenhuma estrela por testemunha, Jesus sabe...

Da sua sede de justiça, Jesus sabe.

Da sua luta para ser cada dia melhor que o dia anterior, Jesus sabe.

Jesus, esse Irmão Maior, a quem o Pai confiou a Humanidade terrestre, conhece cada um dos Seus tutelados.

Se você sofreu algum tipo de calúnia, de injustiça, alguma punição imerecida, Jesus sabe.

Jesus conhece as suas horas de vigília ao lado do leito de um familiar enfermo...

Sabe da sua dedicação aos filhos, tantas vezes ingratos, ao esposo ou à esposa problemática.

Jesus sabe dos seus autoenfrentamentos para vencer os próprios vícios e as tendências infelizes.

Jesus conhece suas fraquezas, seus medos, suas chagas abertas, suas inseguranças...

Jesus sabe das muitas vezes em que você persiste em caminhar, mesmo com os pés sangrando...

Jesus sabe o peso da cruz que você leva sobre os ombros...

Jesus sabe quantas gotas de lágrimas você já derramou por compaixão, sofrendo a dor de outros corações...

Jesus conhece suas muitas renúncias...

Suas amarguras não confessadas...

Jesus sabe das esperanças que você já distribuiu, dos alentos que você ofertou, das horas que dedicou voluntariamente a benefício de alguém...

Jesus conhece suas ações nobres e percebe o desdém daqueles que só notam e ressaltam suas falhas.

Jesus entende seu coração dorido de saudade, dilacerado pela solidão, amargurado pelas dificuldades que, às vezes, parecem intransponíveis...

Jesus sabe que todas as situações pelas quais você passa, são para seu aprendizado e para seu crescimento na direção da grande luz.

O Sublime Pastor conhece cada uma de Suas ovelhas e sabe o que se passa com cada uma delas.

Por isso Ele mesmo assegurou: Nunca estareis a sós.

Jesus é o Divino Amigo que nos segue os passos desde sempre e para sempre.

E nos momentos em que suas forças quiserem lhe abandonar, aconchegue-se junto ao Seu coração amoroso e ouça Sua voz a lhe dizer, com imensa ternura:

Meu filho, trace o seu sulco; recomece no dia seguinte o afanoso labor da véspera.

O trabalho das suas mãos lhe fornece ao corpo o pão terrestre; sua alma, porém, não está esquecida.

E eu, o jardineiro divino, a cultivo no silêncio dos seus pensamentos.

Quando soar a hora do repouso e a trama da vida se lhe escapar das mãos e seus olhos se fecharem para a luz, sentirei que surge em você, e germina, a minha preciosa semente.

Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os seus suores e misérias formam o tesouro que o tornará rico nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas...

E onde o mais desnudo dentre vós será talvez o mais resplandecente.

Redação do Momento Espírita, com base no item 6, do cap. VI, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.

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