O Bem e o mal na Visão Espírita
Como o
espiritismo explica o bem e mal? Confira a seguir uma série de considerações a
respeito do bem e mal na visão espírita.
Primeiramente
vamos falar sobre as definições de bem e mal. De acordo com o dicionário aurélio,
o bem diz respeito: “aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à
manutenção, ao aprimoramento e ao progresso de uma pessoa ou de uma
coletividade”.
Já o mal é
descrito como: “tudo o que é prejudicial ou fere; o que concorre para o dano ou
a ruína de alguém ou algo; o que é nocivo para a felicidade ou o bem-estar
físico ou moral”.
Bem e mal na
visão espírita
Na obra A
Gênese, Allan Kardec, nos ensina que Deus é o princípio de todas as coisas, e
sendo esse princípio, de sabedoria, de justiça, de bondade, tudo o que vem Dele
deve ter esses atributos. Por isso, o mal que existe não pode ser originado
dele. Ou seja, o bem está relacionado à
Lei de Deus, e o mal, é contrário a ela.
O
espiritismo nos ensina também que o espírito é criado simples e ignorante, ou
seja, nem bom nem mau. Porém, como possui o livre-arbítrio, ele pode escolher
qual caminho deseja seguir. Caso escolha o caminho do mal, ele estará
infringindo as leis de Deus.
E ainda,
segundo a obra A Gênese, Deus quis que o homem fosse submetido à Lei do
Progresso.
(..) e que esse progresso fosse fruto do
próprio trabalho, a fim de que o mérito fosse seu, mesmo tendo a
responsabilidade pelo mal que pratica por sua vontade (..)
E como está
submetido a esta lei, a evolução, os males que ele está exposto servem como um
incentivo para o exercício da inteligência e de todas as suas faculdades tanto
físicas como morais.
Bem e mal na
visão espírita – Origem do mal
Como foi
dito acima, o mal existe. E a doutrina nos fala que possui uma causa.
Conforme A
Gênese, o mal pode ser classificado em:
Mal físico
Mal moral
Vale lembrar
que existem também os males que o homem não pode evitar, por exemplo, os
flagelos destruidores. E os males que ele pode evitar, que são os vícios (orgulho,
vaidade, egoísmo, etc.) Esses vícios são contrários às leis de Deus.
Diante
disso, pergunta-se: Como o homem pode evitar o mal?
O homem
evitaria-o bem se passasse a observar melhor as leis divinas.
“Deus, por exemplo, colocou um limite para
a satisfação das necessidades; o homem é avisado pela sociedade; se ele
ultrapassa esse limite, age voluntariamente”. (A Gênese)
Ou seja, o
homem acaba tendo consciência do que está fazendo.
“As doenças, as fraquezas do corpo, a morte
que podem resultar disso são obra suas, e não de Deus”. (A Gênese)
E ainda, a
partir do momento em que o excesso moral se torna intolerável, o homem busca
mudanças em sua vida. Como?
"Instruído pela experiência, sente-se
obrigado a procurar no bem o remédio que precisa, sempre em virtude do
livre-arbítrio. Quando toma um caminho melhor, é por sua vontade e porque
reconheceu as desvantagens da outra estrada. A necessidade o compele a melhorar
moralmente para ser mais feliz, pois essa mesma necessidade o obrigou a
melhorar as condições materiais de sua existência."
Em síntese,
o mal não vem de Deus, mas sim, da ignorância do homem.
“Pode-se dizer que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Onde o bem não existe, há necessariamente o mal. Não fazer o mal já é um começo do bem. Deus só quer o bem, o mal somente vem do homem. Se houvesse na Criação um ser encarregado do mal, o homem não poderia evitá-lo. Contudo, tendo a causa do mal em si mesmo e, ao mesmo tempo, tendo seu livre-arbítrio e por guia as leis divinas, ele o evitará quando desejar”
Radio Boa Nova
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