sábado, 29 de abril de 2023
quinta-feira, 27 de abril de 2023
Chico Xavier – Fábio Jr (Ao vivo)
Canção de autoria de Fabio Jr em homenagem a Chico Xavier apresentada em show ao vivo do cantor.
terça-feira, 25 de abril de 2023
Chico Xavier: Patrimônio Mundial
Por José Lucas
Sabe quem foi Chico Xavier? Que
interesse tem isso para a nossa vida? Qual a ligação com o Espiritismo? Será
que sabe o que é o Espiritismo?
Venha daí, vamos viajar no tempo…
Francisco Cândido Xavier nasceu em
Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil, em 2 de Abril de 1910, tendo largado o
corpo físico, pelo fenômeno natural da morte, em 30 de Junho de 2002, em
Uberaba, Brasil.
Homem simples, de uma bondade e
generosidade acima da média, sempre viveu com muitas dificuldades, tendo levado
sempre uma vida espartana, própria dos grandes iluminados espiritualmente, na
Terra.
Chico Xavier, como era conhecido,
foi o maior médium do século XX, uma das maiores antenas psíquicas que a Terra
já conheceu.
Na sua longa vida, desde pequeno
que a sua mediunidade se manifestou ostensivamente, e toda a sua vida foi
dedicada ao próximo, aos pobres e à Humanidade em geral.
Homem culto, mas sem instrução
escolar, devido à pobreza paternal, desde muito cedo teve de trabalhar. Chico
Xavier recebia, em transe, livros atrás de livros, contando-se até a sua morte,
mais de 450 livros ditados por centenas de Espíritos diferentes.
O seu livro, “Parnaso de
Além-Túmulo”, foi um choque estrondoso para toda a sociedade. Ainda hoje, esta
obra é um ex-libris da vida de Chico Xavier, contendo dezenas de poemas de
diversos autores nacionais e estrangeiros, cada um com o seu estilo,
impossíveis de serem plagiados. Uns diziam que ele era um gênio, outros que era
um charlatão, mas ele, Chico, dizia que apenas recebia o que os Espíritos lhe
ditavam.
Foi investigado até a exaustão,
foi vítima da maldade humana, de armadilhas, foi explorado mediunicamente, mas
manteve-se sempre ao serviço do próximo, exemplificando que o Amor é o
combustível do Universo.
Dos mais de 450 livros ditados
pelos Espíritos, vendeu mais de 50 milhões de exemplares, sempre cedeu os
direitos de autor, morrendo na pobreza que era, afinal, a sua grande riqueza
moral.
Recebeu mais de 10.000 cartas de
Espíritos que vinham consolar familiares, e pelo menos em 2 situações
diferentes, as suas mensagens recebidas do mundo espiritual foram consideradas
válidas e credíveis em processos judiciais.
Reconhecido em todo o Brasil,
mesmo pelos não espíritas, Divaldo Franco e outros espíritas intentaram que
fosse nomeado para prêmio Nobel da Paz. Mas Chico Xavier era grande demais para
poder vencer nos meandros mesquinhos das organizações mundanas.
Foi considerado, num concurso
nacional, o maior brasileiro de todos os tempos, e, no seu funeral, o próprio
Estado envolveu-se nas cerimônias, havendo helicópteros militares que
derramavam pétalas de rosas sobre o cortejo fúnebre.
Chico Xavier não é pertença de
ninguém, nem nunca será, pois é e será sempre patrimônio mundial da Humanidade.
Tal como madre Teresa de Calcutá,
que desencarnou (faleceu) pela porta dos fundos, na mesma altura que a princesa
Diana, também Chico tinha profetizado que morreria num dia grande para o
Brasil.
Assim foi. Quando o Brasil foi
campeão mundial de futebol, e comemorava o fato, Chico saía da vida corpórea,
pela porta dos fundos, rumo aos altos planos da espiritualidade.
Os livros recebidos por Chico
Xavier são de suprema importância para a Humanidade, abrangendo obras de cariz
científico, filosófico e moral.
Alguns dos livros recebidos na
década de 40, ditados pelo Espírito André Luiz, começam somente agora a ser
reconhecidos pela ciência oficial dos Homens que, com cerca de 70 a 80 anos de
atraso, vêm reconhecer os fatos científicos aí exarados.
Num processo de retrocesso
(aparente) evolutivo, os Homens fizeram com Chico Xavier o mesmo que os
espíritas fizeram com o Espiritismo.
Allan Kardec, o eminente
codificador da doutrina dos Espíritos (ou Espiritismo), trouxe à Humanidade um
conceito de espiritualidade universal e universalista, que os espíritas,
rapidamente, tentaram e tentam transformar numa mera religião, por
insuficiência de vistas nos seus horizontes.
A Humanidade não conseguiu
entender, ainda, o quanto Kardec foi grande.
Chico Xavier, embora num nível espiritual
inferior a Kardec, a maior antena psíquica do século XX, foi o exemplo de
simplicidade, humildade, serviço, um verdadeiro Homem de Bem, mas o seu exemplo
não calou fundo nos Homens que, na sua estreiteza de vistas, viram nele apenas
mais um “santo” dos supostos “altares espíritas”, e digladiam-se, procurando,
na sua pequenez, ver quem é, quem foi, mais e melhor “amigo” de Chico Xavier,
repetindo atavicamente processos ancestrais trazidos da hierarquia católica.
Kardec não foi compreendido e
ainda hoje não o é, e Chico Xavier foi e é idolatrado, precisamente o oposto
daquilo que o nobre Espírito certamente desejaria que fizessem com a sua
memória.
Chico Xavier foi tão grande
espiritualmente, que a pequenez humana não suporta olhar para um horizonte tão
alto, daí o seu nome ser utilizado para práticas que nada têm a ver com a
doutrina dos Espíritos.
Chico Xavier não é pertença de
ninguém, nem nunca será, pois é e será sempre patrimônio mundial da Humanidade.
Um dia… os Homens reconhecê-lo-ão.
Obrigado, Chico Xavier, pelo imenso bem que me fez, ao proporcionar-me ler e reler tão fundamentais conceitos de espiritualidade, que pelas suas mãos iluminaram, iluminam e iluminarão a Humanidade.
domingo, 23 de abril de 2023
Lindos Casos de Chico Xavier
TENHA PACIÊNCIA, MEU FILHO
Quando Dona Maria João de Deus
desencarnou, em 29 de setembro do 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos,
foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cassia, velha amiga e madrinha da
criança.
Dona Rita, porém, era obsidiada e,
por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça.
Assim é que o Chico passou a
suportar, por dia, várias surras de vara de marmeleiro, recebendo, ainda, a
penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastenica e perversa
senhora inventara esse estranho processo de torturar.
O garoto chorava muito,
permanecendo, horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta
e corria para o quintal, a fim de desabafar-se, porque a madrinha repetia,
nervosa:
- Este menino tem a diabo no
corpo.
Um dia, lembrou-se a criança de
que sua mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento
a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu novo lar.
Ajoelhou-se sob velhas bananeiras
e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
Quando terminou, oh! maravilha!
Sua progenitora, Dona Maria João
de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
Chico, que ainda não lidara com as
negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a mãezinha
tivesse partido para as sombras da morte.
Abraçou-a, feliz; e gritou:
- Mamãe, não me deixe aqui...
Carregue-me com a senhora...
- Não posso, - disse a entidade,
triste.
- Estou apanhando muito, mamãe!
Dona Maria acariciou-o e explicou:
- Tenha paciência, meu filho. Você
precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a
lutar.
- Mas, - tornou a criança - minha
madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo...
- Que tem isso? Não se incomode.
Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará
para que estejamos sempre juntos.
Em seguida, desapareceu.
O pequeno, aflito, chamou-a em
vão.
Desde desse dia, no entanto,
passou a receber o contacto de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
- Chico é tão cínico - dizia Dona
Rita, exasperada, que não chora, nem mesmo a pescoção.
Porque a criança explicasse ter a
alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal
doméstico passou a dizer que ele era um "menino aluado".
E, diariamente, à tarde, com os
vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o
pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal!, a fim de
reencontrar a mãezinha querida, sob as velha árvores, vendo-a e ouvindo-a,
depois da oração.
Assim começou a luta espiritual do
médium extraordinário que conhecemos.
O ANJO BOM
Dois anos do surras incessantes.
Dois anos vivera o Chico junto da
madrinha.
Numa tarde muito fria, quando
entrou em colóquio com Dona Maria João de Deus, Chico implorou:
- Mamãe, se a senhora vem nos ver,
porque não me retira daqui?
O Espírito carinhoso afagou-o e
perguntou:
Por que está você tão aflito?
Tudo, no mundo, obedece a vontade de Deus...
- Mas a senhora sabe que nos faz
muita falta...
A mãezinha consolou-o e explicou:
- Não perca a paciência. Pedi a
Jesus para enviar um anjo bom que tome conta de vocês todos.
E sempre que revia a progenitora,
o menino indagava:
- Mamãe, quando é que a anjo
chegará?
- Espere, meu filho! - era a
resposta de sempre.
Decorridos dois meses, a Sr. João
Cândido Xavier resolveu casar-se em segundas núpcias.
E Dona Cidália Batista, a segunda
esposa, reclamou os filhos de Dona Maria João de Deus, que se achavam
espalhados em casas diversas.
Foi assim que a nobre senhora
mandou buscar também o Chico.
Quando a criança voltou ao antigo
lar contemplou a madrasta que lhe estendia as mãos...
Dona Cidália abraçou-o e beijou-o
com ternura a perguntou:
- Meu Deus, onde estava este menino
com a barriga deste jeito?
Chico, encorajado com a carinho
dela, abraçou-a também, como o pássaro que sentia saudades do ninho perdido.
A madrasta bondosa fitou-o bem nos
olhos e indagou:
- Você sabe quem sou, meu filho?
- Sei sim. A senhora é o anjo bom
de que minha mãe já falou...
E, desde então, entre as dois, brilhou a amor puro com que o Chico seguiu a segunda mãe, até a morte.
GAMA, Ramiro. Lindos Casos de Chico Xavier. LAKE.