Por Cláudio Bueno da Silva
Desde meados do século XIX,
notícias objetivas trazidas do mundo espiritual dão conta de que a humanidade
deve avançar no terreno das suas conquistas evolutivas, agregar à inteligência
os valores morais que ainda não desenvolveu.
Esse recado dos Espíritos, de
caráter universal, parece chocar-se com a realidade da Terra, palco de
episódios trágicos e dolorosos que elevam, a níveis altamente preocupantes, a
segurança, a paz e a liberdade dos seus habitantes.
Sem nenhuma intenção gratuita de
expor as mazelas morais dos homens, já fartamente expostas em livros, filmes e
noticiários gerais desde sempre, o fato é que as características predominantes
no ser humano depreciam severamente a sua orgulhosa civilização.
Se olharmos somente os últimos 150
anos veremos duas guerras mundiais e centenas de outras regionais; conflitos e
perseguições políticas, raciais e religiosas a indivíduos e povos; insultos à
mulher e à infância; agressões sistemáticas ao meio ambiente; violência
impiedosa contra os animais; ditaduras sanguinárias, terrorismo, espionagem
internacional, golpes, violação de direitos e uma série interminável de
calamidades articuladas pela mente doentia do homem. É um repertório de
maldades bem expressivo para uma espécie que se diz racional e da qual grande
parte ainda presume viver sozinha no universo.
Até quando irão as extravagâncias
humanas nesse nível? Segundo as informações do além, Deus, sem confiscar o
livre-arbítrio que deu a cada um, convoca os homens a uma mudança categórica.
Nesse sentido inaugurou-se na Terra, por volta dos anos 1857, mais um plano
geral para a renovação dos valores humanos: o Espiritismo.
A proposta essencial desse
programa se refere ao progresso ético-moral. Como os agentes dessa renovação
serão os próprios homens, cheios de imperfeições ainda, é de se esperar que a
mudança chegue devagar, no ritmo e intensidade da compreensão que têm do que
precisa ser modificado.
Aos poucos os homens se darão
conta de que fazer o bem compensa. O respeito, a indulgência e a caridade serão
elementos naturais do seu dia a dia. O bom senso fará parte das suas decisões.
A arte sem transigências contemplará o bem e o belo, a ciência será guiada
também pelo sentimento, não só pela razão. E o tempo... o tempo será para
sempre um aliado na busca do progresso espiritual contínuo.
Os Espíritos afirmam também que os
efetivamente maus deixarão a Terra, e que Espíritos adiantados reencarnarão por
aqui para ajudar a pobre humanidade a avançar.
Cremos que essa ideia faça
sentido, mas independentemente dela, só chegaremos a bons resultados se
tomarmos consciência de que devemos colaborar para a implantação da verdade, da
justiça e do amor neste planeta.
Não duvidamos de que os planos de Deus sejam para a felicidade das suas criaturas, mas temos que fazer a nossa parte.
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