A Sabedoria da Vida situou o Natal
de Jesus frente do Ano Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as
oportunidades do amor fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.
Projetam-se anualmente, sobre a
Terra os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos
corações na esteira dos dias incessantes, convocando- nos a alma, em silêncio,
à ascensão de todos os recursos para o bem supremo.
A recordação do Mestre desperta
novas vibrações no sentimento da Cristandade.
Não mais o estábulo simples, nosso
próprio espírito, em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...
Santas alegrias nos procuram a
alma, em todos os campos do idealismo evangélico.
Natural o tom festivo das nossas
manifestações de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho
renovador a que o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo
cristalizado de muitos companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão
fraternal.
E o ensejo de novas relações,
acordando raciocínios enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre
nos legou.
E a oportunidade de curar as
nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as
faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre
nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se
fizerem necessárias.
È o passo definitivo para a
descoberta de novas sementeiras de serviço edificante, através da visita aos
irmãos mais sofredores do que nós mesmos e da aproximação com aqueles que se
mostram inclinados à cooperação no progresso, a fim de praticarmos, mais
intensivamente, o princípio do "amemo-nos uns aos outros".
Conforme a nossa atitude
espiritual ante o Natal, assim aparece o Ano Novo à nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o
natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do
Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da
Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a
responsabilidade.
Comecemos oferecendo a Ele cinco
minutos de pensamento e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará
convertido em altar vivo de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas
bases da Sabedoria e do Amor.
Não nos esqueçamos.
Se Jesus não nascer e crescer, na
manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte de Paz. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 12.
Nenhum comentário:
Postar um comentário