L.E:459 – Influem os Espíritos em
nossos pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário,
são eles que vos dirigem. ”
I) Comunicação
Logo, falamos que ocorre comunicação quando um Espírito emite os seus pensamentos e estes são transmitidos pelos fluidos, e o encarnado recebe e registra esta comunicação através da influência que sobre ele é exercida.
II) As Influências Ocultas
L.E.460. Muitos pensamentos nos
acodem ao mesmo tempo sobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns aos
outros. Pois bem! No conjunto deles, estão sempre de mistura os nossos com os
deles.
Será que este pensamento é um
aviso do meu benfeitor ou será uma perturbação? Precisamos refletir em cada
caso.
Tipos de influências:
Positiva: inspira o progresso, ao
bem.
Negativa: sempre que há ausências
de bem.
Os Benfeitores Espirituais nos
inspiram bons conselhos, aconselhamentos, mas sempre respeitando o nosso livre
arbítrio. Os Espíritos imperfeitos são os que constrangem, perseguem a execução
de uma ideia fixa. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações.
Dinâmica da obsessão: “Quando um
Espírito, bom ou mau, quer atuar sobre um indivíduo, envolve-o, por assim
dizer, no seu perispírito, como se fora um manto. Interpenetrando-se os
fluidos, os pensamentos e as vontades dos dois se confundem. Se o Espírito é
bom, sua atuação é suave, benfazeja, não impele o indivíduo senão a prática de
atos bons; se é mau, força-o a ações más.” (O.P)
Lembremos que os espíritos
imperfeitos não podem levar um homem digno a se tornar um indigno, a não ser
que tal homem possua, em si mesmo, imanifestos, os germes do desacerto.
L.E. 997 – “…o Espírito não se transforma subitamente, após a morte do corpo físico…Pode, pois, persistir em seus erros, em suas falsas opiniões, em seus preconceitos, até que se ache esclarecido. Somente se modifica pelo estudo, pela reflexão e pelo sofrimento.”
III) Por que permite Deus que
Espíritos nos excitem ao mal?
L.E. 466
1º – Eles são os instrumentos que
põe a prova a nossa fidelidade a Deus.
2º – Desde que sobre nós atuam influências
más, é que as atraímos, desejando o mal…
É a lei de sintonia e afinidades:
tudo na vida é afinidade e comunhão, sob as leis magnéticas que presidem os
fenômenos. (Emmanuel- med. e sintonia).
O que atrai os Espíritos? São os
pensamentos, os desejos e as intenções que alimentamos. Isto, tanto para o bem
quanto para o mal.
IV- Como fazer para repelir e
neutralizar a influência dos maus Espíritos?
Lembremos que o perispírito é uma
fonte fluídica permanente, sendo que os fluidos são neutros, mas estão sempre
impregnados das qualidades boas ou más dos meus pensamentos e é por estes pensamentos
que atraio os pensamentos similares, ou seja, Espíritos que têm as mesmas
afinidades que eu.
“Quando um Espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos
procurando descanso. Como não o encontra, diz: ‘Voltarei para a casa de onde
saí’. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então, vai e
traz consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a
viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.”
– Mateus 12:43-45
Logo, se eu quero modificar estas companhias espirituais, preciso purificar a fonte com qualidades que sejam repulsoras às más influências. Devemos então pensar no bem, positivamente, estudando e praticando o bem, confiando em Deus e em si mesmo também.
V) Recursos terapêuticos
Para isso, utilizamos os bons
recursos:
1- Reeducação Mental:
– A importância do conhecimento da
ação do pensamento e da vontade na determinação dos atos da vida.
– Disciplinar os pensamentos. O
pensamento é um imã. Nós somos o que pensamos.
2- Reforma Íntima:
– “A disciplina antecede a
espontaneidade.” – Emmanuel, Livro “Coragem”.
– “Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as
suas más inclinações.” – E.S.E. cap. 17.
3 – Vigilância:
VIGIAI E ORAI.
Vigiai e orai para não entrardes em tentação…
“Vigia o teu espírito ao longo do caminho. Basta um pensamento de amor
para que te eleves ao céu; mas, na jornada do mundo, também basta, às vezes,
uma palavra fútil ou uma consideração menos digna, para que a alma do homem
seja conduzida ao estacionamento e ao desespero das trevas, por sua
imprevidência!”
– Livro “BOA NOVA: Lição da Vigilância
4 – Prece:
– Culto no lar, saneando os
fluidos ambientes.
– O Senhor nos ensinou a orar:
“Senhor! Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai- nos do mal. ”
5 – Fluidoterapia:
“Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e
impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares
e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau
não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica a do
médium curador, nos casos de enfermidade, se faz preciso expelir um fluido mau
com o auxílio de um fluido melhor.”
– A Gênese. cap.XIV
6 – Trabalho no bem:
– Não podemos ter hora vazia, pois
mente vazia é mente passiva.
“Atrai, pois os bons Espíritos, praticando o bem que puderdes, e os maus
desaparecerão, visto que o mal e o bem são incompatíveis.”
– Livro dos Médiuns
Portanto:
A direção que os Espíritos podem
nos dar, e da qual somos objetos, refere-se às escolhas morais que realizamos.
Como vimos, as nossas escolhas centram-se no exercício do livre arbítrio.
Portanto, os Espíritos atuam, pressionam, através do nosso pensamento e da
nossa vontade para que façamos esta ou aquela escolha, para que sigamos esta ou
aquela direção.
A responsabilidade do bem ou do
mal que praticamos é nossa, e embora soframos as naturais influências daqueles
que conosco caminham, somos livres para decidir que direção imprimir às nossas
escolhas, pensamentos, ideias e até mesmo que sugestão aceitar: “O arrastamento
existe, mas não é irresistível.”
Portanto, depende de nossa vontade
fugir da influência dos maus Espíritos, quando usamos da nossa vontade para
modificar a fonte de atração.
A contribuição da própria pessoa é
imprescindível, seja pelo esforço na reeducação mental, nas mudanças do seu
comportamento, na vigilância dos seus pensamentos e sentimentos, o lenitivo e o
socorro da prece, a fluidoterapia e o trabalho no bem, no qual conquiste a
simpatia e a solidariedade, credenciando-se a ser auxiliado.
(A Oração do Justo)
Senhor, senhor, ajude-nos a
reconhecer as nossas tentações, as nossas fragilidades para que possamos
reeducá-las e fortalecê-las na prática das leis de Deus!
Fonte: Portal Eu sem Fronteiras
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