Por Felinto Elízio Duarte Campelo
“Não julgueis que vim destruir a
lei ou os profetas; não vim destruí-los, mas sim dar-lhes cumprimento.”
(Mateus, 5:17)
Em sua peregrinação terrena, Jesus
ocupou-se em ensinar à humanidade preceitos básicos de sua doutrina: AMOR e
PERDÃO.
Não se limitou, no entanto, à
pregação verbal, ensinou com o próprio exemplo.
Compadecendo-se daqueles que
sofriam no corpo ou na alma o acicate da dor, curou enfermos, deu visão a
cegos, fez andar paralíticos, doou audição e voz a surdos-mudos, foi pródigo na
distribuição de amor a todos sem distinção de cor, crença, posição social,
idade ou sexo.
Do mesmo modo, o Mestre
exemplificou o perdão irrestrito quando, do alto da cruz, exclamou cheio de
piedade: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Divulgando os dois princípios
fundamentais do Cristianismo, Jesus apresentou o AMOR em sua dupla acepção aos
fariseus a respeito do mandamento maior da lei: “Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração de toda a tua alma e de todo o teu entendimento; este é o
maior e o primeiro mandamento. E aqui tens o segundo, semelhante ao primeiro:
Amarás o teu próximo com o a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham
contidos nesses dois mandamentos”. Ao PERDÃO, trouxe uma concepção perenal ao
falar a Simão Pedro: “Não te digo que perdoes até sete vezes, mas até setenta
vezes sete vezes”.
O decálogo é a lei de Deus
transmitida mediunicamente por Moisés à humanidade, lei que Jesus não veio desfazer
e, sim, enriquecê-la com novas normas de conduta apoiadas nos dois sublimes
sentimentos que aureolam o espírito: AMOR e PERDÃO.
Por sua vez, o Espiritismo não
chegou para aniquilar ou mesmo para modificar a lei, combater religiões, criar
áreas de atrito; a doutrina trazida pelos Espíritos sob a égide de Jesus e
codificada por Allan Kardec veio lembrar-nos a viver e agir conforme o
Evangelho.
É missão do Espiritismo fazer-nos
voltar à pureza e à simplicidade do Cristianismo primitivo, deturpado que foi,
no correr dos séculos, no atendimento de interesses alheios às suas origens,
com o enxerto de rituais e outros costumes pagãos, em prejuízo do crescimento
espiritual do homem.
Aos espíritas, pois, compete a tarefa de se evangelizarem, de fazer cumprir a lei, de amar a todos, independentemente de castas, credos etc., de exercitar o perdão sem limites, em qualquer circunstância.
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