sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um Caso de Vidas Passadas

Um Caso Interessante de Lembranças de Vidas Passadas


Por José Carlos Leal

Ruth Montgomery é uma conhecida escritora americana que se ocupa em divulgar assuntos espiritualistas em seus livros (a maioria publicada no Brasil pela Record) e nos conta um interessante fenômeno de déjà-vu, acontecida com ela própria no Egito moderno.

Conta ela que, em 1952, estava no Egito para fazer uma reportagem sobre o Oriente Médio. Assim que ela chegou foi muito bem recebida pelo Ministério do Exterior egípcio, que colocou um guia local à sua disposição. Ruth ficou hospedada no Cairo, no hotel Semíramis de onde, emocionada, podia ver a Grande Pirâmide de Gizé. Uma sensação agradável de estar em casa tomou conta da jornalista. No dia seguinte, ela saiu com o guia para ver a cidade e fez questão de que ele a levasse até a Grande Pirâmide. Ela teve uma forte vontade de entrar no monumento. O guia concordou. Entraram da pirâmide e o guia, cumprindo o seu papel, aconselhou-a a abaixar a cabeça para poder caminhar pelo escuro corredor estreito. Neste momento, ela se torna cicerone do guia e explica a ele como se chegava à Câmara Real. O guia se admira e pergunta a ela se não estivera ali antes, e ela diz que não, mas que, entretanto, era como se conhecesse tudo ali.

Ruth acha aquilo muito estranho e, meio envergonhada e assustada consigo mesma, não sabia por que havia feito aquelas observações. Até aquele dia não dedicara um minuto de sua vida ao pensamento sobre a reencarnação e, se alguma pessoa lhe falasse que acreditava em uma vida depois desta, ela teria considerado como uma pessoa excêntrica. Por outro lado, caminhando por aqueles corredores, auxiliada apenas pela luz bruxuleante de uma vela, ela podia constatar que todas as informações que dera ao guia eram corretas. Como aquilo era possível? – perguntava Ruth a si mesma. Não havia lido nada de especial sobre as pirâmides e as fotografias que havia visto delas eram do exterior e não poderiam dar uma ideia tão nítida como aquela.

Depois deste primeiro acontecimento, Ruth Montgomery desenvolveu uma estranha relação com o Egito. Quando distante das Terras do Nilo, sentia uma espécie de saudade e de nostalgia. Nesses momentos, sentia-se atraída pelo Egito e, caso pudesse, voltaria lá a fim de se sentir, como costumava dizer, em casa. “O Nilo,” diz ela, “era tão importante e vital para mim como o rio Potomac, onde nasci e passei um quarto da minha vida”.

Ela confessa que possui uma péssima memória visual e se esquece facilmente dos rostos das pessoas que conhece, entretanto, se fosse um rosto egípcio, ela guardava com mais facilidade. Nos templos de Karnac e Luxor, as suas sensações foram tão fortes que teve dificuldade de ir embora. Queria ficar ali para sempre. O Egito parece ter sido a pátria espiritual de Ruth, embora a América seja a sua pátria atual. Como é belo ouvir-se uma experiência desta em que uma repórter americana sente-se como se fosse egípcia. Belo, porque nos aponta para a imortalidade do espírito e nos faz cidadãos não do Brasil, da França ou da Inglaterra, mas cidadãos do mundo. E mais do que isso: do Universo.

Fonte: Correio Espírita

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