quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Budismo e o Espiritismo


O Budismo no Mundo

Com mais de 400 milhões de adeptos no mundo, o Budismo, hoje, se divide em várias correntes. Três figuram entre as mais populares. Theravada é a forma mais ortodoxa do Budismo. Defende a ideia de uma vida monástica e austera para conduzir à iluminação. Essa tradição, mais popular no sudeste asiático e no Sirilanka, se reporta à figura de Siddhartha como único detentor da verdade. Seus adeptos procuram reproduzir, de maneira idêntica, a jornada espiritual de Buda até sua iluminação.

O Budismo Mahayana é uma dissidência da Theravada. Nessa linha, a iluminação pode ser alcançada por todos que se propuserem. As únicas exigências são ter um desenvolvimento adequado (vide Nobre Caminho Óctuplo) e praticar a compaixão e o amor aos semelhantes. Essa é a corrente mais popular do Budismo, principalmente em países como China, Japão e Coréia.

Já a corrente Vajrayana, conhecida também como Budismo Tibetano, é uma derivação do Mahayana. É a mais mística de todas. Possui adeptos no Tibet, Nepal e Butão.

Apesar do Budismo ter a sua origem na Índia, hoje, praticamente não se encontram mais seguidores de Siddhartha no país. Durante o reinado do Rei Asoka (274-237 a.C), budista convertido, deu-se inicio a um longo e pacífico convívio entre os seguidores de Buda e do Hinduísmo. O século XIII, porém, pode ser apontado como o fim do Budismo na Índia em decorrência da invasão muçulmana.

A Relação com a Doutrina Espírita

Tanto o Hinduísmo quanto o Budismo acreditam no ciclo reencarnatório como aprimoramento do espírito através da lei do carma apontada como a causa de nossos destinos. Buda acreditava que todos os homens podem atingir a sua iluminação independente de sua origem, o que contrariava os preceitos políticos e sociais da Índia, onde a sociedade era dividida, rigidamente em castas. No livro Plenitude, de Joanna de Angelis, psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco, a escritora faz uma interpretação espírita dos ensinamentos de Buda. Traça de maneira objetiva paralelos entre a visão oriental e o espiritismo.

Segundo o escritor e indólogo, Heinrich Zimmer (1890-1943), “o Buda em nenhum momento se refere à interferências metafísicas ou conclusões predefinidas, pois o seu método era estritamente psicológico”. Ainda na visão de Zimmer, reconhecido como um dos maiores estudiosos das filosofias indianas, o Budismo é uma terapêutica antes de uma religião. Um processo de cura espiritual para quem tiver determinação para segui-lo. Prova disso são os conceitos que moldam o caminho para a iluminação, prescrito por Siddhartha conhecido como as “Quatro Nobres Verdades”.

O Nobre Caminho Óctuplo

1- Compreensão correta: A pessoa deve ter um total entendimento das Quatro Verdades.
2- Pensamento correto: A pessoa deve se guiar através da boa vontade, renunciando aos prazeres mundanos.
3- Atitude correta: A pessoa nunca deve mentir ou se aproveitar de alguém.
4- Comportamento correto: A pessoa não deve se destruir ou prejudicar nenhum ser vivo.
5- Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.
6- Esforço correto: A pessoa deve refletir sempre antes de tomar uma decisão. Praticar ações nobres.
7- Desígnio correto: A pessoa deve observar, buscando sempre elevar o pensamento.
8- Meditação correta: Buscar a Paz interior através da meditação.

As Quatros Verdades do Budismo

1ª- A dor: O nascimento, a idade, a morte e os desejos, por si só, já implicam no sofrimento.

2ª- A origem de toda dor é o desejo: As pessoas buscam a felicidade efêmera sendo condenadas ao eterno ciclo reencarnatório.

3ª- Fim do sofrimento: A única maneira de cessar o sofrimento é acabar com o desejo.

4ª- A quarta verdade: Prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos, conhecidos como “O Nobre Caminho Óctuplo”.


Fernando Savaglia

Do texto “O Caminho do Buda”, de autoria de Fernando Savaglia.

9 comentários:

Unknown disse...

os espíritas querem sempre se aproximar dos cristãos católicos e dos budistas, para não se sentirem perdidos ou indefesos... não tenho religião nenhuma - fui criado em sociedade espírita federada, mas não frequento mais o "kardecismo" nem quaisquer outras religiões, mediunistas ou não. pelo que li a internet, o budismo não ensina a reencarnação, aliás nunca acreditou nisto. o budismo diz que os seres estão submetidos a renascimentos. eles rejeitam a idei de "atman", duma individualidade transcendente e eterna, breves palavras sobre os conceitos que kardec assimilou ao cristianismo católico etc etc etc blá blá blá. o problema de todas as crenças, filosofias, religiões, seitas etc é que quando as pessoas se juntam ou convertem outras pessoas a coisa desanda. quando as religiões se expandem, dá problema, porque existe gente sem-vergonha em todas as religiões e filosofias, mosteiros, igrejas, centros, terreiros e tal. todas são hipócritas e gananciosas ou frustradas e se consolam e se conformam falsamente por meio da dita "devoção", coisa muito desagradável. não digo que não haja princípios louváveis e praticáveis em todas as religiões, mas não creio em que se deva pertencer a qualquer uma delas, embora mesmo assim ninguém possa dizer que é livre. também não gosto do ateísmo, que é outro absurdo, mas penso fortemente que a ideia de deus causou muito mal ao mundo - aos animais, às plantas, aos minerais e aos seres humanos, estes os menores e mais perigosos. enfim, não parece haver ligação concreta e sustentável entre o budismo e o espiritismo...

Iron Assis disse...

Vivi a sombra da ignorância, acreditei em sombras e espiritos malignos, eu os via caminhar. Quando fechei meus olhos e mergulhei em mim mesmo pude ver o carcereiro que libertava esses seres...atingi a iluminação, o entendimento. Logo as sombras se foram. Os espiritos malignos também.O carcereiro também se foi. Livre de Regras. Livre de nascimentos. Pude saborear ser Deus. Saborear o dharma.

Iron Assis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Evangelista disse...

Meus irmãos sou espírita Kardecista e lhes digo, a doutrina espírita reúne todos os conceitos de todas as religiões orientais e ocidentais, pois ensina o homem a meditar sobre suas ações em momentos de auto descobrimento e esclarecimento e diz aos mesmos homens levantem-se trabalhem pelo bem,busquem... Buda, Confúcio e tantos outros são mensageiros enviados por cristo a terra para que as nações conhecessem as noções espirituais que se estabelecerão na terra brevemente,o consolador veio resgatar a humanidade de si mesma, sejam todos muito bem vindos.

Hélio Santos Pessoa disse...

Casa Espírita João Evangelista!

Em primeiro lugar, a VERDADE, a ETERNA E ABSOLUTA VERDADE jamais poderá ser apreendida pela mente e por qualquer processo do intelecto. Sabe por que??? Porque a VERDADE É ABSOLUTA, ILIMITADA, ETERNA e as mentes e os intelectos, por mais desenvolvidos ou evoluídos moralmente que sejam, se encontram eternamente nos limites da relatividade. Como uma coisa tão relativa, que se encontra dentro dos limites da relatividade poderá apreender o Absoluto???? JAMAIS O FARÁ, por toda a Eternidade, por mais que evolua espiritualmente e passe a conceber A VERDADE de modo mais perfeito a cada vez que se evolui, mas mesmo assim, estará eternamente AQUÉM da VERDADE. A Verdade não é o Cristianismo, não é o Budismo, não é o Hinduísmo, não é o Islamismo, nem a Doutrina Espírita, nem religião ou filosofia alguma. Tudo o que as religiões podem e conseguem fazer é conseguir revelações da Verdade e sempre o fazem de forma imperfeita, com o emocional e o mental sempre se exaltando e é exatamente por isso que existem tantas guerras religiosas, tantos desentendimentos, tanta ignorância. Uma religião querendo ter o monopólio absoluto da VERDADE, como se a VERDADE ABSOLUTA pudesse ser assim refratada. Mas te digo que o Budismo é uma expressão da VERDADE, o Cristianismo é uma expressão da VERDADE, o Hinduísmo é uma expressão da VERDADE. Portanto, essa história de Jesus ter enviado o Buda, ter enviado Krishna, não passa de negra ignorância e estupidez mental e, outra coisa não é, senão, um fanatismo disfarçado e uma visão profundamente estreita da vida. O que o amigo diria ou como se sentiria se um budista dissesse que o Buda enviou Jesus?????? Todos esses: Jesus, Buda, Krishna, são espíritos crísticos de tremenda evolução e, portanto, certamente se encontram na mesma faixa evolutiva ou muito próximos uns dos outros. E te digo mais: Foi o Cristo Cósmico ou Vishnu ou o nome que se quiser dar ao LOGOS SUPREMO, foi Este quem enviou Jesus, enviou Buda e enviou Krishna, pois o LOGOS SUPREMO DO UNIVERSO é a primeira e mais perfeita manifestação da VERDADE no universo, uma vez que o LOGOS EMERGIU DA VERDADE ABSOLUTA, como uma onda emerge do oceano! Procure estudar mais profundo, antes de fazer afirmações como essas, meu caro! As informações estão ao alcance de todos hoje, estão por aí, procure-as! Passe bem!

Unknown disse...

Ou seja, nós, espíritas, somos os líderes. Os donos da casa. Os anfitriões. E os demais, nossos convidados.

Unknown disse...

Muito bem. Sou espírita e discordo completamente dessa mania que os espíritas tem de querer explicar tudo. E de acharem que o espiritismo é o ápice do cume da ponta das religiões. Nada acontece sem sermos os detentores das explicações dos motivos.
Eu te peço desculpas pelos irmãos espíritas deslumbrados com o nada que sabemos que chegam nos espaços alheios para explicarem seja lá o que for, desde que os coloquem na frente de todos. Somos uns babacas.
O budismo oferece uma autogestão e isso assusta àqueles que ainda precisam da imagem do Pai, para punir e para premiar seus atos. Que saco!

Unknown disse...

Muito bem. Sou espírita e discordo completamente dessa mania que os espíritas tem de querer explicar tudo. E de acharem que o espiritismo é o ápice do cume da ponta das religiões. Nada acontece sem sermos os detentores das explicações dos motivos.
Eu te peço desculpas pelos irmãos espíritas deslumbrados com o nada que sabemos que chegam nos espaços alheios para explicarem seja lá o que for, desde que os coloquem na frente de todos. Somos uns babacas.
O budismo oferece uma autogestão e isso assusta àqueles que ainda precisam da imagem do Pai, para punir e para premiar seus atos. Que saco!

Unknown disse...

Ou seja, nós, espíritas, somos os líderes. Os donos da casa. Os anfitriões. E os demais, nossos convidados.

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