sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Especial TVCEI – Joanna de Ângelis

Encerramos o mês com um especial completo exibido pelo canal espírita TVCEI, com a participação do médium e orador espírita baiano, Divaldo Pereira Franco, relatando como se dar o seu intercâmbio mediúnico com a mentora Joanna de Ângelis e contando a história de cada uma das suas reencarnações.

Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5



Parte 6

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Percepção Extrafísica


Há uma imperiosa necessidade de vida interior, a fim de lograr-se identificação com a realidade.

O mundo dos sentidos físicos, face ao seu significado e às suas finalidades de pôr o ser em contato com as manifestações exteriores, afasta-o das percepções profundas, ao mesmo tempo sutis, da vida plena.

Fixando-o no campo das manifestações objetivas, bloqueia-lhe a capacidade de ampliar os registros paranormais, que lhe abrem as portas para captar o infinito campo das causalidades.

Mergulhado no oceano das vibrações, da energia, da mente, envolto por ondas e pensamentos incessantes, deve dilatar a capacidade psíquica para inundar-se dos conteúdos extrafísicos, que o afetam, mesmo quando lhe são ignorados.

Possuidor de antenas transceptoras, é instrumento inconsciente de forças complexas que o propelem a atitudes surpreendentes e que poderia modificar, facultando-se agir em consonância com o que lhe apraz, ao invés de ser-lhes instrumento dócil e sem vontade própria.

Nessa imensa gama de ocorrências parafísicas, destacam-se as faixas da telepatia, da intuição, da clarividência e da clariaudiência, da inspiração, da precognição, da retrocognição, de indiscutíveis bênçãos, ao alcance de todo aquele que se lhe adentre as áreas com elevação e consciência.

És instrumento de intercâmbio psíquico permanente, mesmo sem que te dês conta. Emites e captas vibrações, idéias e energias mentais sem cessar. Conforme direciones o pensamento, sintonizarás com outros da mesma qualidade, produzindo afinidade.

Vives no mundo vibratório que eleges pelas tuas preferências psíquicas e emocionais, atraindo como repelindo ondas correspondentes.

De acordo com o padrão cultivado, és envolvido por idênticas respostas psíquicas.

Nessa faixa colossal da realidade encontram-se os espíritos desencarnados, tendo-se em vista a indestrutibilidade do ser, e com eles convives, embora nem sempre os percebas.

Educando-te interiormente, captar-lhes-ás os pensamentos, mantendo comunicação produtiva, que te capacitará, desde agora, para o futuro, quando te despojares do invólucro material.

Sem que o saibas, eles interferem na tua existência: ora ajudando-te, quando são bons, ora perturbando-te, quando maus.

Por serem as almas dos homens que viveram na Terra, preservam os seus valores, às vezes sofrendo e fazendo sofrer demoradamente, por ignorância ou perversidade, acomodação ou inveja.

Fazendo silêncio interior, moralizando-te, sintonizarás com os Espíritos Nobres que te guiam e desejam partilhar contigo a sabedoria e o amor que possuem, facilitando-te a marcha ascensional.

Penetrarás, assim, em regiões de luz imperecível, experimentando emoções transcendentes, que te farão feliz.

Desenvolvendo a percepção parafísica, deixarás de ser um limitado prisioneiro, para estares planando em esferas de vida estuante, consciente dos recursos que Deus confere para a tua plenificação de criatura eterna.


Joanna de Ângelis

Do livro Momentos de Saúde, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As Vidas de Joanna de Ângelis - Joana Angélica de Jesus


Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como Joanna Angélica, filha de uma abastada família. Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de Sóror Joanna Angélica de Jesus, fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, quando, e, 1815, tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.


Nos planos divinos, já havia uma programação para esta sua vida no Brasil, desde antes, quando reencarnara no México como Sóror Juana Inés de La Cruz. Daí, sua facilidade estrema para aprender português. É que, nas terras brasileiras, estavam reencarnados, e reencarnariam brevemente, Espíritos ligados a ela, almas comprometidas com a Lei Divina, que faziam parte de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.


Dentre esses afeiçoados a Joanna de Ângelis, destacamos Amélia Rodrigues, educadora, poetisa, romancista, dramaturga, oradora e contista que viveu no fim do século passado ao início deste.


Biografia Joanna de Ângelis,
Espiritismogi.

Ainda a Humildade



A fôrça da humildade!

Grandiosa, passa na maioria das vêzes como fraqueza, ante os conceitos gastos da falsa moral. Tão nobre que se desconhece a si mesma.

Atravessa uma existência sem despertar atenção, e nisso reside a essência do seu valor.

Serva fiel do dever, não malbarata o tempo nas frivolidades habituais que exaltam os ouropéis. Avança sempre, produzindo com objetividade na direção dos fins que busca colimar.

A humildade é muito ignorada.

Virtude excelente é precioso aroma de sutil característica que vitaliza os que a conduzem.

Toma diversas aparências conforme as necessidades das circunstâncias em que se manifesta.

Aqui é renúncia, cedendo a benefício geral, esquecida de si mesma.

Adiante é perdão a serviço da paz de todos.

Além é bondade discreta, produzindo esperança.

Hoje é indulgência para oferecer nova oportunidade.

Amanhã é beneficência para manter a misericórdia.

É sempre a presença de Jesus edificando a felicidade onde quer que escasseie a colheita de luz.

A humildade, porém, somente é possível quando inspirada nos ideais da verdade.

Enquanto o homem não se abrasa da certeza da vida superior, a humildade não lhe encontra guarida.

Sabendo que a Terra é uma escola de experiências e ensaios da vida para a verdade, do mundo somente lhe vê as oportunidades de progresso, compreendendo a necessidade de aproveitar as horas.

Todos os grandes heróis do pensamento, os mártires da fé e os santos da renúncia para lobrigarem o êxito dos objetivos a que ligaram a existência, se firmaram na humildade por saberem do pouco valor que representavam ante as grandes diretrizes da vida.

A humildade em última análise representa submissão à vontade de Deus, doação plena e total às Suas mãos, deixando-se conduzir pela Sua Diretriz segura que governa o Universo.

No culto da humildade não tenhas a presunção de resolver todos os problemas que te chegam. Preocupa-te em desincumbir-te fielmente dos deveres que te dizem respeito.
Qualquer tarefa, por mais insignificante que te pareça, é de alta importância no conjunto geral. Faze, portanto, a tua função no concêrto das coisas consciente de que tua colaboração é preciosa e deve ser doada.

Não ambiciones a tarefa que te não diz respeito. Aprende a considerar o labor alheio e produze o teu serviço cônscio da significação do que realizas, adornando de belezas o que passe pelo crivo do teu interêsse e do teu zêlo.

Responderás diante da vida não pelo que gostarias de ter proporcionado, mas pelo que tiveste diante das possibilidades e de como te comportaste ante a ensancha.

Cultiva a humildade.

A humildade pela força da sua fraqueza nunca vai ser atingida: a lisonja não a envaidece, e a zombaria não a humilha. É inatingível pelo mal em qualquer expressão como se apresente.

Olha o firmamento e faze um paralelo: as estrêlas faiscantes e tu! Compreenderás o valor da humildade.

Conquanto Jesus fôsse o Arquiteto Sublime da Terra, não desconsiderou a carpintaria singela de José; caminhou imensos trechos descampados de solos agrestes a serviço do amor; conviveu com os mais difíceis caracteres sem melindres, sem falsa superioridade.

Tão igual se fêz aos infelizes que o acompanhavam que nem todos acreditaram fôsse Ele “o escolhido”.

No entanto, ainda aí não usou a presunção de convencer a ninguém, fazendo tudo aquilo para quanto veio e depois retornou, sereno. sem abandonar os a quem veio amar.

Lição viva e desafiadora, a Sua vida é convite para que meditemos e vivamos, incorporando à nossa existência essa pérola sublime da redenção espiritual: a humildade.


Joanna de Ângelis

Do livro “Florações Evangélicas”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Extra: Comunicado




Prezado visitante,


Devido ao incêndio na operadora Oi ocorrido em 21.12 (terça-feira), causando a pane temporária nos serviços de telecomunicações, incluindo o Velox, em grande parte do estado da Bahia e em algumas regiões do nordeste, ficamos impossibilitados desde essa data de fazermos as nossas atualizações diárias nos blogs Manancial de Luz e O Manancialzinho.

Estamos nos empenhando desde já a restabelecermos o fato, retornando com a maior brevidade possível a normalidade com as nossas postagens.

Certos de Vossa Compreensão,

Atenciosamente,
Carlos Pereira

Feliz Natal

Recadoseglitters.com



É Natal !


O Amor se fez carne e habitou entre nós.

Louvemos e festejemos o nascer do Amor em nossos corações !

Um Natal de Paz e alegrias para todos !


São os votos sinceros do Manancial de Luz.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As Vidas de Joanna de Ângelis


Sóror Juana Inés de La Cruz


No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651 na pequenina San Miguel Nepantla, a uns oitenta quilômetros da cidade do México, com o nome de Juana de Asbaje y Ramirez de Santillana, filha de pai basco e mãe indígena.

Após 3 anos de idade, fascinada pelas letras, ao ver sua irmã aprender a ler e escrever, engana a professora e diz-lhe que sua mãe mandara pedir-lhe que a alfabetizasse. A mestra, acostumada com a precocidade da criança, que já respondia ás perguntas que a irmã ignorava, passa a ensinar-lhe as primeiras letras. Começou a fazer versos aos 5 anos.

Aos 6 anos, Juana dominava perfeitamente o idioma pátrio, além de possuir habilidades para costura e outros afazeres comuns às mulheres da época. Soube que existia no México uma Universidade e empolgou-se com a idéia de no futuro, poder aprender mais e mais entre os doutores. Em conversa com o pai, confidenciou suas perspectivas para o futuro. Dom Manuel, como um bom espanhol, riu-se e disse gracejando:

-"Só se você se vestir de homem, porque lá só os rapazes ricos podem estudar." Juana ficou surpresa com a novidade, e logo correu à sua mãe solicitando insistentemente que a vestisse de homem desde já, pois não queria, em hipótese alguma, ficar fora da Universidade.

Na Capital, aos 12 anos, Juana aprendeu latim em 20 aulas, e português, sozinha. Além disso, falava nahuatl, uma língua indígena. O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição européia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher.

Na Corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas. Um dia, o Vice-rei resolveu testar os conhecimentos da vivaz menina e reuniu 40 especialistas da Universidade do México para interrogá-la sobre os mais diversos assuntos. A platéia assistiu, pasmada, àquela jovem de 15 anos responder, durante horas, ao bombardeio das perguntas dos professores. E tanto a platéia como os próprios especialistas aplaudiram-na, ao final, ficando satisfeito o Vice-rei.

Mas, a sua sede de saber era mais forte que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte.

A fim de se dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo interior, numa busca incessante de união com o divino, ansiosa por compreender Deus através de sua criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade. Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à Corte. Seguindo orientação de seu confessor, foi para a ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de Sóror Juana Inés de La Cruz.

Na sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instrumentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Era freqüentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo, intercambiando conhecimentos e experiências.

A linda monja era conhecida e admirada por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também entre os estudantes e mestres das Universidades de vários lugares. Era conhecida como a "Monja da Biblioteca". Se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.

Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs religiosas que, juntamente com a maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restava mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, aos 44 anos de idade.


Texto extraído do livro "A Veneranda Joanna de Ângelis", de Celeste Carneiro e Divaldo Pereira Franco

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Gotas de Luz


Lei de Liberdade


A Liberdade Natural e a Escravidão

A liberdade é a condição básica para que a alma construa o seu destino. A princípio parece limitada às necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, ao analisar-se a questão mais profundamente, vê-se que a liberdade despontada é sempre suficiente para permitir que o homem rompa esse círculo restrito e construa pela vontade o seu próprio futuro.

Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, no entanto, inscritos na própria consciência, os limites da sua liberdade.

Jamais devendo constituir tropeço na senda por onde avança o seu próximo, é-lhe vedada a exploração de outras vidas sob qualquer argumentação, das quais subtraia o direito de liberdade.

A liberdade legítima decorre da legítima responsabilidade, não podendo triunfar sem esta.

A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais, que são a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos humanos.

A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.

Ser livre, portanto, é saber respeitar os direitos alheios, porque “desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar.” [*LE- qst 826]

Vivemos num planeta que se caracteriza pela predominância do mal sobre o bem; é um planeta inferior, onde os seus habitantes estão submetidos a provas e expiações; daí ser comum que muitos Espíritos não possuam o discernimento natural para o emprego da liberdade que Deus lhes concedeu. A ocorrência de abusos de poder, manifestada nas tentativas de o homem escravizar o próprio homem, nas variadas formas e intensidade, é o exemplo típico do mau uso desta lei natural.

À medida que o ser humano evolui, cresce com ele a responsabilidade sobre os seus atos, sobre as suas manifestações verbais e, até mesmo, sobre os seus pensamentos. Neste estágio evolutivo, passa a compreender que a liberdade não se traduz por fazer ou deixar de fazer determinada coisa, irresponsavelmente. Passa a medir a sua linha de ação, de maneira que esta não atinja desastrosamente o próximo. Compreende, enfim, que sua liberdade termina onde começa a do próximo.

A vontade própria ou livre-arbítrio é, então, exercitada de uma maneira mais coerente, mais responsável. O livre-arbítrio é definido como “a faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta”, ou em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.”

Sem o livre-arbítrio, o homem não teria mérito em praticar o bem ou evitar o mal, pois a vontade e a liberdade do Espírito não sendo exercitadas, o homem não seria mais do que um autômato. Pelo livre-arbítrio, ao contrário, passa o indivíduo a ser o arquiteto da sua própria vida, da sua felicidade ou infelicidade, da maior ou menor responsabilidade em qualquer ato que pratique.

A liberdade e o livre-arbítrio têm uma correlação fundamental na criatura humana e aumentam de acordo com a sua elevação e conhecimento. Se por um lado temos a liberdade de pensar, falar e agir, por outro lado, o livre-arbítrio nos confere a responsabilidade dos próprios atos por terem sido eles praticados livremente e por nossa própria vontade.

A sujeição absoluta de um homem a outro homem é um erro gravíssimo de conseqüências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, sócio-econômica, é sempre um abuso da força e que tende a desaparecer com o progresso da Humanidade... É um atentado à Natureza onde tudo é harmonia e equilíbrio. Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno oferece, sofre a natural conseqüência, e essa é a vergasta da dor , que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.

Coube ao Cristianismo mostrar que, perante Deus, só existe uma espécie de homens e que, mais ou menos puros e elevados, eles o são, não pela cor da epiderme ou do sangue, mas pelo Espírito, isto é, pela melhor compreensão que tenham das coisas e principalmente pela bondade que imprimam em seus atos.


*LE (O Livro dos Espíritos)

Fonte:CVDEE

“Lei de Liberdade” continua no próximo Gotas de Luz.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mensagem da Semana


Ouvir a Mensagem


Presença de Deus


Quando a perturbação e o medo buscar envolver-te, recorda de imediato da Presença de Deus ao teu lado. As qualidades internas da sabedoria e do amor, da confiança e da paz, embora invisíveis, são mais poderosas do que as circunstâncias afligentes e os estados inquietadores da alma.

Na Presença de Deus consegues unir num só elo o coração, a mente e o espírito.

Ela clareia-te a razão e apaga as sombras turbadoras do discernimento, facultando que este conduza a cena dos acontecimentos com equilíbrio.

Essa Presença inspira-te idéias novas e surpreendentes, ricas de conteúdo, abrindo espaço para realizações futuras assinaladas pela alegria e o bem-estar. Propicia segurança e protege, pois que, se irradiando, recompõem a ordem dinamizando valores que pareciam dormir esquecidos.

Por tua vez, reparte júbilos despertando outros que se entregaram ao pessimismo, afim de que se renovem e reatem os liames com as ações que não devem ficar abandonadas.

Há possibilidades que antes nunca havias notado e estão a tua disposição, tateando em sombras, não as via nem as alcançavas...

Com a Presença de Deus elas se te manifestam acessíveis e os Seus amorosos braços te envolvem através de ondas de reconforto que protegem e dão segurança a todas as tuas realizações.

A Presença de Deus é todo o bem que experimentas, que te nutre e que distribuis a mãos, a coração e alma cheios.


Joanna de Ângelis


Do livro Filho de Deus, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Estudos Espíritas - Universo


Proposição - É de todos os tempos o empenho audacioso do homem, no sentido de interpretar o Universo, entender o mecanismo das goladas, e, conseqüentemente, da vida, no campo da forma.

Conceitos ingênuos, inspirados por emoções desvairadas e fantasias exorbitantes, constituíram por largos períodos de tempo como representações seguras da Engenharia Cósmica.

Dados matemáticos e estudos profundos, milenarmente reunidos, vêm a pouco e pouco, porém, estabelecendo o plano inicial da mecânica celeste, em programado sonho de elucidar os perfeitos sistemas de mundos que gravitam nos espaços siderais.

De Tales, de Mileto, pesquisando a eletricidade do âmbar, a Faraday e Oersted, no campo electromagnético, de Galileu, com nas suas lunetas humildes, aos Drs. Frank Drake e K. Menon, desenvolvendo o "Projeto Ozma" através de um radiotelescópio parabólico de 26m, tentando escutar os sons provindos de Tau de Ceti e Epsílon de Erídano, a 112 trilhões de quilômetros de distância, vão-se estabelecendo novos recordes no estudo do Universo.

Todas as pesquisas têm, todavia, tentado estabelecer as linhas básicas mediante as quais surgiu o nosso Sistema Solar e, em decorrência disso, os demais sistemas espalhados pelos bilhões e bilhões de galáxias que se expandem pelo Infinito...

Até há pouco acreditava-se que os planetas eram conseqüências de "acidentes" decorrentes de colisões. Hoje, porém, concluiu-se que o nosso Sol como as demais estrelas São o resultado da "contração gravitacional de poeira e gás interestelares". No entanto, toda e qualquer proposição por mais fantástica, estruturada em cálculos surpreendentes, ainda resulta como pálido reflexo dos efeitos secundários que permitirão ao homem encontrar o Criador a revelar-se através da Sua Obra, conforme a afirmação de Allan Kardec.

Esquematização
- Anaxágoras quinhentos anos antes de Jesus, informava que "tudo quanto vemos é uma visão do invisível", introduzindo nos seus estudos filosóficos o espírito, e facultando às elucubrações do pensamento seguros dados para observações rigorosas no campo da forma. Logo depois, Demócrito, de Abdera, escrevia: "Doce e amargo, frio e quente, assim como as diversas cores, todas essas coisas só existem na opinião, e não na realidade; o que na verdade existe são partículas imutáveis, os átomos e seus movimentos no espaço vazio", abrindo o campo para divagações e estudos que culminariam nas profundas observações do matemático alemão Leibniz ou de Berkeley, ao afirmar: "Todo o conjunto do céu e o que guarnece a Terra, ou numa só palavra: todos os corpos que formam a poderosa estrutura do mundo não possuem qualquer substância senão a que lhes dê o espírito... Se eles não são malmente percebidos por mim, ou não existem em meu espírito, nem no de nenhuma outra criatura, de duas, uma: ou não têm existência ou subsistem apenas na mente de algum Espírito Eterno."

Foi, todavia, mais tarde que se abandonaram as teorias mecânicas para que se adorassem as abstrações matemáticas, quando Max Planck apresentou a teoria dos Quantas, objetivando resolver diversos problemas defrontados nos seus estudos sobre a radiação.

Aplicando a Teoria dos Quanta, Einstein conseguiu desvendar o efeito fotoelétrico, facultando à Física importantes observações.

Louis de Broglie sugeriu, então, que se "considerassem os elétrons não como simples partículas, mas como sistemas de ondas", modificando inteiramente o conceito vigente, no que foi apoiado por Sir James Jeans e Schroedinger, que desenvolveu a idéia sob um sistema matemático, que denominou por "mecânica ondulatória".

Posteriormente, Heinsenberg e Born desenvolveram novas técnicas matemáticas, conseguindo descrever os fenômenos quânticos em termos de ondas como em termos de partículas, modificando enormemente a filosofia da Ciência.

Einstein, discordando da Teoria do "éter" e do "espaço como sistema ou arcabouço fixo, em absoluto repouso, dentro do qual fosse possível distinguir o movimento absoluto ou relativo", reuniu tudo num postulado fundamental e apresentou a Teoria da Relatividade, que modificou completamente a conceituação do Universo mecânico, estruturando-o sobre outros dados. Prosseguindo em incessantes interpretações, concebeu depois a Teoria do Campo Unificado, que se transformou logo mais numa verdadeira ponte entre os dois sistemas: do Quanta e da Relatividade.

Os estudos prosseguiram afanosos e a Ciência hoje consegue explicar com relativa segurança a formação das galáxias, da poeira cósmica e das estrelas, dos átomos e do mundo subatômico, todavia, tudo isto repousa no pressuposto real do que já exista: quanta de energia, neutros livres, essência cósmica ou o que se deseje denominar, constituindo o sublime Universo.

E foi por essa razão, após minuciosa análise, que o próprio Einstein asseverou: "Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber com os nossos espíritos frágeis e duvidosos. Essa convicção profundamente emocional na presença de um poder raciocinante superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus."

"(...) E Deus fez a luz" - afirmam as mais remotas tradições históricas do Conhecimento, fundamentadas na análise dos livros religiosos da Humanidade, encarregados de interpretarem no seu simbolismo os movimentos primeiros da Criação, no nosso Sistema Solar. E ao fazer-se a luz, simplesmente foi facultado que o Sol aquecesse, iluminasse a Terra e os demais áulicos que gravitam em sua órbita, após, obviamente, tê-los elaborado e guindado nas Leis da Gravitação Universal, em milênios e milênios, mediante os quais os Engenheiros Galáticos estabeleceram em Seu Nome as forças de atração e repulsão, que os sustentam nos planos espaciais.

Nos cem bilhões de sois da Via-Láctea e nos cem milhões de galáxias, que aproximadamente existem, na sua quase totalidade maiores do que a nossa, palidamente se configuram os planos do Universo desafiando a inteligência humana, a fim de que o homem penetre no Amor e o amor responda sobre a grandeza da Vida, pois que todos os demais caminhos sem o amor conduzem, normalmente, à falência dos desejos e ambições, com pesados tributos de desenganos e frustrações.

Acompanhando a jornada de um átomo de carbono pode-se isto compreender. Nasce ele invariavelmente numa estrela, em três etapas distintas. Quando dois prótons se chocam um deles perde a carga elétrica e transforma-se num nêutron, formando uma outra substância, o deutério ou hidrogênio pesado. Mais tarde, esse núcleo capta outro próton e nêutron transformando-se em- um núcleo de hélio. Esta é a primeira etapa. De quando em quando ocorre que três átomos de hélio chocam-se de uma só vez e formam, então, o núcleo de carbônio. Após essa segunda etapa a estrela explode, graças à pesada carga de átomos e estes são espalhados pelo oceano tênue do hidrogênio que invade o espaço. Por fim, quando uma nova estrela começa a formar-se desse hidrogênio, capta alguns dos átomos existentes de carbônio e de outros que reúne e os misturam na sua estrutura. Continua, então, esse átomo a jornada intérmina pelos diversos reinos da Natureza até um dia atingir o homem e perder-se no ar dos pulmões de algum ser, num turbilhão de aproximadamente 10 octilhões de átomos (no pulmão humano), respirando-se, assim, o mesmo átomo que esteve em outros pulmões e poderá ser respirado por futuros seres. Esse átomo de carbônio está imutável jornadeando há aproximadamente quatro bilhões de anos ou talvez mais, podendo desaparecer somente numa estrela nova, vitimado por colisões atômicas violentíssimas que o desagregarão, vindo a formar novos átomos outros...

Concepções mirabolantes, portanto, nascem cada dia e continuam chamando a atenção dos estudiosos para o Universo. Ora são os quasares, que emitem enormes quantidades de energia, ora outra são os "buracos", fazendo que imaginações que ralam à ficção suspeitem que em 70 bilhões de anos, aproximadamente, do Universo nada mais existirá senão um imensurável "buraco negro"...

Dedução
- "Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas" - asseverou sabiamente Jesus, e após ensinar as lições da fraternidade e do amor partiu para o Seu Reino, preparando para o homem - sua meta sublime, seu fanal ! - a morada definitiva, onde a sombra, a dor e a morte, não possuindo dimensão ou legitimidade, são fantasmas desvanecidos pelo sopro da realidade.

Estudando a estrutura de um átomo a Ciência miniaturiza para o entendimento humano as possíveis constituições do Universo. . .

Acima, porém, e imediatamente, antes que o homem não se penetre da necessária capacidade de entender as gloriosas elaborações da "Casa do Pai", deverá mergulhar no labirinto de si mesmo e compreender a urgência de aplicar as regras do Evangelho de Jesus no comportamento diário, para habitá-la e fruí-la por fim, quando despojado da pesada indumentária dos parcos sentidos.

Estudo e meditação:

"É dado ao homem conhecer o principio das coisas?

"Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo." "Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?

"O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui." "Não pode o homem, pelas investigações científicas, penetrar alguns dos segredos da Natureza?

"A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu."

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19.)


"(...) Do mesmo modo, o Universo, nascido do Eterno, remonta aos penados inimagináveis do infinito de duração, ao Fiat lux do inicio.

"O começo absoluto das coisas remonta, pois, a Deus. As sucessivas aparições delas no domínio da existência constituem a ordem da criação perpétua.

"Que mortal poderia dizer das magnificências desconhecidas e soberbamente veladas sob a noite das idades que se desdobraram nesses tempos antigos, em que nenhuma das maravilhas do Universo atual existia; nessa época primitiva em que, tendo-se feito ouvir a voz do Senhor, os materiais que no futuro haviam de agregar-se por si mesmos e simetricamente, para formar o templo da Natureza, se encontraram de súbito no seio dos vácuos infinitos; quando aquela voz misteriosa, que toda criatura venera e estima como a de uma mãe, produziu notas harmoniosamente variadas, para irem vibrar juntas e modular o concerto dos céus imensos"

(A Gênese, Allan Kardec, cap. VI, itens 14 e 15.)


Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Filho de Deus – Joanna de Ângelis (em áudio)













As mensagens primorosas do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, narradas pelo médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, autor psicógrafo da obra.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Poder do Pensamento


Pensamento e Bem-estar


A força dinâmica geradora e mantenedora do universo é o Divino Pensamento. Através do pensamento o ser humano expressa-se por intermédio de complexas engrenagens, que se estruturam em linguagens variadas e ações realizadoras.

Bem pensar é a elevada forma de viver. De acordo com o teor vibratório do pensamento – bom, regular, mau ou infeliz – pode-se aferir o nível moral do indivíduo.

Em razão disso, cada qual vive no mundo edificado pelo seu pensamento.

Graças à educação mental e moral, o pensamento emite ondas vigorosas que contribuem para o bem-estar não somente daquele que o cultiva, assim como daqueles que o cercam.

Toda obra tem início no pensamento, que se responsabiliza pela ideação a ser transformada em realidade. Como ninguém saudável vive sem pensar, é ideal que se opte pela forma eficaz e positiva em favor das suas construções morais.

Jesus, na Sua condição de psicoterapeuta, conhecendo-lhes os pensamentos (daqueles que tentavam pertubá-Lo) interrogou-os: ...

Por que pensais o mal em vossos corações?

Ele sabia que o mal preservado no coração é responsável pelas misérias que assolam o caráter do individuo e o envilece.

Sendo o Seu, o ministério do amor, Ele trouxe a mensagem de esperança e de paz, a fim de que os pensamentos humanos se concentrassem na edificação do Reino de Deus na terra, através da lídima fraternidade e da nobre compaixão.

A medida que te elevas pelo pensamento, sucedem-te ocorrências agradáveis, geradoras de alegria e de bem-estar, que transformam a tua existência, auxiliando-te na escalada ascensional.


Joanna de Ângelis

Do livro “Atitudes Renovadas”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Convite ao Bem


Convite ao Bem

“Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazeis vós também a eles.” (Lucas: 6:31)

A problemática do sofrimento humano, na atualidade, pouco difere das velhas injunções que vêm anatematizando o homem, e por cujo meio o espírito expunge os equívocos e ascende a pouco e pouco na direção do infinito.

Enxameiam em todo lugar multidões de padecentes experimentando amarguras sem nome, sob o guante de inenarráveis condições de miséria orgânica, social e moral...

Não apenas nas colossais metrópoles modernas, em que se aglutinam milhões de criaturas, mas também nas pequenas cidades, nos insignificantes burgos, nos campos...

Palácios suntuosos e choças misérrimas diferem na paisagem arquitetônica, igualando-se freqüentemente nas estruturas daqueles que os habitam. Isso porque o sofrimento independe das condições externas sempre transitórias e de pouca valia.

As necessidades reais, que engendram a ventura como infortúnio, sempre decorrem do espírito.

Por essa razão, sem descuidar dos auxílios ao corpo e ao grupo humano com o indispensável sustento imediato para a vida honrada em condição de dignidade, o convite ao bem nos impele à iluminação da consciência, sobretudo, de modo a erradicar as questões constringentes que fomentam a miséria e os desajustes de toda ordem.

Esparze misericórdia pela estrada por onde segues, estendendo a socorro geral; simultaneamente esclarece e consola para que a semente do bem que consigas plantar numa vida se transforme em gleba feliz pelo tempo futuro afora.


Joanna de Ângelis

Do livro “Convites da Vida”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As Vidas de Joanna de Ângelis – Irmã Franciscana

No século XI, Francisco de Assis, transmitindo sábias palavras e gestos amorosos, marcou o início do movimento franciscano, que seria conhecido como Ordem dos Frades Franciscanos. Clara de Assis, que compartilhava dos mesmos ideais de amor e doação ao próximo, tornou-se a primeira religiosa franciscana, fundando em 1212 a Ordem das Clarissas, responsabilizando-se pela continuidade do ideal de Francisco. Vamos encontrar Joanna, nessa época, talvez, na Ordem fundada por Clara, sob os postulados de caridade preconizados. (Revista Cristã de Espiritismo, Ed. 32)

Todas as informações concernentes a essa encarnação em específico, são vagas e ainda permanecem em caráter meramente especulativo. Segundo declarações do médium Divaldo Franco, em um Especial realizado para TVCEI, existem probabilidades de ter sido Joanna de Ângelis a própria reencarnação de Clara de Assis, fato esse que não fora confirmado pelo Espírito.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pensamentos Nobres

Uma seleção com frases psicografadas pelo médium Divaldo Pereira Franco, ditadas pelo Espírito Joanna de Ângelis:


“Quem sintoniza com a Mente Divina sempre exterioriza paz, irradiando incomum alegria de viver. Qual raio de sol que oscula o pântano, com a mesma tranqüilidade o faz com a pétala de rosa; não se aturdindo na algaravia, nem se alterando no silêncio.” (Joanna de Ângelis, do livro Desperte e seja Feliz)



“A fatalidade da vida é alcançar a harmonia plena, mediante o equilíbrio do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus.” (Joanna de Ângelis, do livro Iluminação Interior)



“Quem trava contato com a lição de vida da Boa Nova, já não tem porque ser infeliz. Sabendo que a vida física é transitória, converte as dores de hoje em esperanças de amanhã e exulta de sã alegria.” (Joanna de Ângelis, do livro Oferenda)



“Quando o amor viger nos corações das criaturas, o bem iluminará o mal, e a harmonia plenificará todas as almas; mesmo aquelas que avançam em estágios inferiores se sentirão estimuladas a alcançar os patamares elevados da libertação.” (Joanna de Ângelis, do livro Desperte e seja Feliz)



“Nunca duvides da paternidade celeste. Deus vela por ti, e te ajuda, nem sempre como queres, porém, da melhor forma para a tua real felicidade.” (Joanna de Ângelis, do livro Vida Feliz)



“Com Jesus surgem novas condições: o poderoso é aquele que vence a si mesmo; o fraco, o que se submete às paixões; vitorioso é quem supera as imperfeições e não se propõe predominar sobre os demais do caminho redentor.” (Joanna de Ângelis, do livro Oferenda)



“Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze sempre o melhor a fim de que o aplauso da consciência tranqüila te conduza ao pórtico da felicidade real.” (Joanna de Ângelis, do livro Convites da Vida)



“Se anelas realmente pela conquista da paz, ouve o chamado do Senhor propondo-te renovação. Liberta-te do entulho mental e carpe esse solo que tem estado ao abandono, nele semeando as diretrizes do amor e da caridade. Permite-te penetrar pela luz da fé raciocinada, alicerçando-a no Evangelho de Jesus, cuja palavra é de vida eterna.” (Joanna de Ângelis, do livro Desperte e seja Feliz)



“Quem pensa em infelicitar outrem, a si próprio já se tornou desditoso” (Joanna de Ângelis, do livro Iluminação Interior)



“A diretriz do bem é aquela que acalma, que normaliza, que dulcifica e integra o homem na consciência cósmica.” (Joanna de Ângelis, do livro Oferenda)



“A palavra é instrumento da vida para a comunicação, o entendimento, e não arma de agressão, violência e vulgaridade. O uso irregular das palavras corrompe a mente e rebaixa o homem. O verbo expressa a qualidade moral do indivíduo.” (Joanna de Ângelis, do livro Vida Feliz)



“A Terra é uma escola de bênçãos, onde a dor ensina desenvolvimento espiritual e proporciona ascensão no rumo da plenitude.” (Joanna de Ângelis, do livro Iluminação Interior)



“Nunca retribuas maldade com vingança ou desforço. O homem mau se encontra doente e ainda não sabe. Dá-lhe o remédio que minorará o seu aturdimento, não usando para com ele dos recursos infelizes de que ele se utiliza para contigo. Se alguém te ofende, o problema é dele. Quando és tu quem ofende, a questão muda de configuração e o problema passa a ser teu. O ofensor é sempre o mais infeliz. Conscientiza-te disso e segue tranqüilo.” (Joanna de Ângelis, do livro Vida Feliz)



“A fé, mesmo quando não tem estrutura religiosa, promove os sentimentos humanos a patamares que não seriam alcançados sem o seu valioso contributo.” (Joanna de Ângelis, do livro Iluminação Interior)



“É necessário que haja um despertamento para os valores do Espírito eterno, a fim de que se consiga a identificação consigo mesmo e com o Bem.” (Joanna de Ângelis, do livro Desperte e seja Feliz)



“A medida que o ser se eleva, mais fácil apresenta-se-lhe a faculdade de entender a vida e suas ocorrências, dando-lhe motivações para empreendimentos contínuos de paz e de construção da solidariedade.” (Joanna de Ângelis, do livro Iluminação Interior)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mensagem da Semana

Ouvir a Mensagem
Voz: Divaldo Franco


Oração de Intercessão

A oração intercessória em favor dos que sofrem constitui sempre uma contribuição valiosa para aquele a quem é dirigida.

Não resolve o problema, nem retira a aflição, que constituem recurso de reeducação, todavia suaviza a aspereza da prova e inspira o calceta, auxiliando-o a atenuar os golpes do próprio infortúnio.

Ademais, acalma e dulcifica aquele que ora, por elevá-lo às Regiões Superiores, onde haure as emoções transcendentais que lhe alteram para melhor as disposições íntimas.

A oração é sempre um bálsamo para a alma, que se torna medicação para os equipamentos fisiológicos.

A emissão do pensamento em prece canaliza forças vivas em direção do objetivo almejado, terminando por alterar a constituição de que se reveste o ser.

Quem ora encontra-se, porque sintoniza com a idéia divina em faixas de sutis vibrações, inabituais nas esferas mais densas.

Dirigida aos enfermos, estimula-lhes os centros atingidos pela doença, restaurando o equilíbrio das células e recompondo o quadro, que o paciente deve preservar.

Projetada no rumo do atormentado, alcança-o e acalma-o, desde que este se encontre receptivo, como é fácil de compreender-se. E mesmo que ele não sintonize com a onda benéfica que o alcança, não deixará de receber-lhe o conteúdo vibratório.

Alguém que se recusa à luz solar, mesmo assim, é bafejado pela sua radiação e pelas ondas preservadoras da saúde e da vida.

A oração propicia equivalentes resultados salutares.

A oração pelos mortos constitui valioso contributo de amor por eles, demonstração de ternura e recurso de caridade inestimável.

Semelhante a telefonema coloquial, a rogativa lhes chega ungida de afeto que os sensibiliza, e o conteúdo emocional os desperta para as aspirações mais elevadas, que passam a plenificá-los.

Além disso, pelo processo natural de sintonia com as Fontes geradoras da Vida, aumenta o potencial que se derrama, vigoroso, sobre os destinatários, ensejando-lhes abrir-se à ajuda que verte do Pai na sua direção.

Deve-se orar no lar, sem qualquer perigo de atrair-se para o recinto doméstico, o Espírito mentalizado, sendo que, pelo contrário, se este permanece, aturdido ou perturbado, junto à família, libera-se ou vai recambiado para hospitais e recintos próprios do Além, onde se restabelece e se equilibra.


Demonstra o teu amor pelos desencarnados, orando por eles, recordando-os com afeto e mantendo na mente as cenas felizes que com eles viveste.

Evita as evocações dolorosas, que os farão sofrer ao impacto da tua mente n’Eles fixada.

Reveste o teu impulso oracional com os reais desejos de felicidade para eles, que se reconfortarão, por sua vez, bendizendo-te o gesto e o sentimento.

Ninguém que esteja degredado para sempre. Portanto, todos aguardam intercessão, socorro, oportunidade liberativa.

Ora, pois, quanto possas pelos que sofrem, pelos que partiram da Terra, igualmente por ti mesmo, repletando-te da paz que deflui do ato de comungar com Deus.


Joanna de Ângelis

Do CD “A Prece Segundo os Espíritos”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ante o Estudo


Ante o Estudo


Necessário em qualquer mister. Impostergável para o aprimoramento humano. Valioso para maior integração do indivíduo nos objetivos a que se vincula. Indispensável para a iluminação interior. Em todo ministério de enobrecimento, o estudo tem regime de urgência como diretriz de segurança e veículo de libertação íntima.

Ninguém pode vincular-se em definitivo ao ministério redentor sem conhecer as razões preponderantes da existência espiritual. Evidente que antes de qualquer realização, programas e projetos devam constituir bases experimentais. O estudo, desse modo, fornece as coordenadas para maior penetração na tarefa buscada: seja a de ajudar, seja a de ajudar-se.

No que diz respeito à Doutrina Espírita, cabe-nos a todos o dever de mergulhar o pensamento nas fontes lustrais do conhecimento, a fim de melhor entendermos os quesitos preciosos da existência, simultaneamente as leis preponderantes da Causalidade, de modo a podermos dirimir equívocos e dúvidas, colocando balizas demarcatórias no campo das conquistas pessoais, intransferíveis: um quarto de hora, diariamente, dedicado ao estudo; pequena página para reflexão, diuturnamente; um conceito espírita como glossário para cada dia; uma nótula retirada do contexto luminoso da Codificação para estruturar segurança em cada 24 horas; uma noite por semana para o estudo espírita, no dia reservado ao Culto Evangélico do Lar, como currículo educativo; uma pausa para a prece e singelo texto para vigilância espiritual, sempre que possível...

Sim, todos podem realizar curso inadiável para promoção espiritual na escola terrestre.

O estudo do Espiritismo, portanto, hoje como sempre é de imensurável significação.

Definiu-lhe a validade o Espírito de Verdade, no lapidar conceito exarado em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo."

Estudar sempre e incessantemente a fim de amar com enobrecimento e liberdade.


Joanna de Ângelis

Do livro “Celeiro de Bênçãos”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estudos Espíritas – A Felicidade


A Felicidade


Felicidade e Jesus - Estabelecendo, conforme o Eclesiastes, que a verdadeira "felicidade não é deste mundo", Jesus preconizou que o homem deve viver no mundo sem pertencer a ele, facultando-lhe o autodescobrimento para superar o instinto e sublimá-lo com as conquistas da razão, a fim de planar nas asas da angelitude. Não é feliz o homem em possuir ou deixar de possuir, mas pela forma como possui ou como encara a falta de posse. O homem é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de donatário, mas dos quais prestará contas. O ter ou deixar de ter é conseqüência natural de como usou ontem a posse e de como usará hoje os patrimônios da vida, que sempre pertencem à própria vida, representando Nosso Pai Excelso e Criador.

Situando no "amar ao próximo como a si mesmo" a pedra fundamental da felicidade, o Cristo condiciona a existência humana ao supremo esforço do labor do bem em todas as direções e latitudes da vida, dirigido a tudo e todos, e elucida que cada um possui o que doa. A felicidade é o bem que alguém proporciona ao seu próximo. O eu se anula, então, para que nasça a comunidade equilibrada, harmônica e feliz. A alegria de fazer feliz é a felicidade em forma de alegria.

Construída nas bases da renúncia e da abnegação a felicidade não é imediata, fugaz, arrebatadora e transitória. Caracteriza-se pela produtividade através do tempo e é mediata, vazada na elaboração das fontes vitais da paz de todos, a começar de hoje e não terminar nunca. Por isso não é "deste mundo".

Vivendo as dores e necessidades do povo, Jesus padronizou a busca da felicidade no amor por ser a única fonte inexaurível, capaz de sustentar toda aflição e vencê-la, paulatinamente. E amando, imolou-se num ideal de suprema felicidade.

Espiritismo e Felicidade - Concisa e vigorosamente fundamentada no Cristianismo, a Doutrina Espírita apresenta a felicidade e a desgraça como sendo a conseqüência das atitudes que o homem assume na rota evolutiva pelo cadinho das incessantes reencarnações.

O espírito é a soma das suas vidas pregressas.

Quanto haja produzido reaparece-lhe como título de paz ou promissória de resgate, propondo, o homem mesmo, as diretrizes e as aquisições do caminho a palmilhar. Quanto hoje falta, amanhã será completado. O excesso, hoje em desperdício, é ausência na escassez do futuro. Todo o bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.

A filosofia da felicidade à luz do Espiritismo se compõe da correta atitude atual do homem em relação à vida, a si mesmo e ao próximo, estatuindo vigorosos lances que ele mesmo percorrerá no futuro. As dores, as ansiedades e as limitações são exercício de morigeração a seu próprio benefício, transferindo ou aproximando o momento da libertação dos males que o afligem.

A consciência da responsabilidade oferece ao homem a filosofia ideal do dever e do amor.

Respeito à vida com perfeita integração no espírito da vida - eis a rota a palmilhar.

Serviço como norma de elevação e renúncia em expressão de paz interior.

Servindo, o homem adquire superioridade, e, doando-se, conquista liberdade e paz.

Nem posse excessiva nem necessidade escravizante.

Nem poder escravocrata nem a indiferença malsinante.

O amor e a caridade como elevadas expressões do sentimento e da inteligência, conduzindo as aspirações do espírito, que tem existência eterna, indestrutível, sobrevivendo à morte e continuando a viver, retornando à carne e prosseguindo em escala ascensional, na busca ininterrupta da integração no concerto sublime do Cosmo, livre de toda dor e toda angústia da sombra e da roda das reencarnações inferiores, feliz, enfim!

Estudo e Meditação:

"Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?

Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 920.)

"Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. V, item 20.)


Trecho do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Música e o Espírito: Silent Night – Andrea Bocelli

Uma evocação ao espírito natalino com a interpretação ao vivo do clássico natalino, “Silent Night”, pelo tenor italiano Andrea Bocelli acompanhado de orquestra e coral.


Extra : Sorteios no Espírita na Net



Amigos leitores,

Com muita alegria comunicamos que o blog amigo e irmão “Espírita na Net” está realizando mais um sorteio, dessa vez de livro, revista e DVD conforme relacionados abaixo:

1 (um) Livro “Amor, Imbatível Amor” (Joanna de Ângelis / Divaldo Franco)


1 (um) Exemplar da Revista Presença Espírita


1 (um) DVD - Palestra com Divaldo Franco (O Cristo Histórico)


Para maiores informações de como participar é só clicar aqui.

Abraços fraternos !

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Significado de Jesus


O Significado de Jesus


Se perguntasses a Maria de Magdala, o que Jesus significou para ela, certamente que responderia emocionada: O sublime amor, verdadeira manifestação do amor de Deus.

Se indagasses a Judas, qual foi o significado de Jesus, na sua vida, ainda sensibilizado, ele responderia: O exemplo de misericórdia e de compaixão mais grandioso que jamais contemplei.

Se interrogasses a Simão Pedro, qual a significação de Jesus, no apostolado a que se dedicou, com a imolação da própria vida, ele diria de imediato: A mais nobre lição de fidelidade ao Bem, de que tive notícia por toda a existência.

Se inquirisses a João Boanerges, qual foi, para ele, o sentido da presença de Jesus, em sua longa jornada terrestre, ele redargüiria: O divino libertador de vidas, através do inefável amor de que se fez portador.

Se desejasses saber de Lázaro, qual foi o significado de Jesus, no relacionamento que manteve com o Mestre durante o tempo que conviveu com Ele, com segurança ele asseveraria: A verdadeira ressurreição e vida, que anula a sombra da morte e doa a claridade imortal.

Se quisesses descobrir, qual teria sido a significação de Jesus, na conduta de Zaqueu, que O recebeu no seu lar, com festa e carinho, ele elucidaria jubiloso: A mais nobre expressão da Verdade.

Se buscasses o conhecimento a respeito do que significou Jesus, na vida de Natanael Ben Elias, o paralítico que descera pelo telhado e recuperara os movimentos, ele se referia, entusiasmado: O Messias divino que se fez irmão dos miseráveis e deserdados, a fim de os erguer ao sólio do Altíssimo.

Se intentasses descobrir o que representou Jesus, na vida da mulher samaritana, a quem Ele pediu água para beber, ela, imediatamente, responderia: A fraternidade universal vibrante e compreensiva.

Se tivesses interesse em saber de Maria, irmã de Lázaro, qual o sentido da presença de Jesus no seu coração, ela afirmaria feliz: o excelente Filho de Deus que ama como ninguém jamais o fez.

Se pudesses saber, qual a posição de Jesus no relicário da alma do ex-endemoniado gadareno, com olhos brilhantes de gratidão, ele informaria: A saúde espiritual no seu mais elevado grau.

Se interrogasses Pilatos, desejando conhecer o que representou Jesus na sua execrável peregrinação terrena, ele confirmaria, confuso e reticente: O poder que nunca cessa, porque vem de Deus.

Se visitasses Caifaz e o inquirisses a respeito de Jesus, qual teria sido o significado dEle, na sua posição sacerdotal, amargurado e triste ele sintetizaria: O Conquistador inconquistável.

Se solicitasses a Maria de Nazaré, Sua mãe, que elucidasse o significado na sua maternidade sublime, ela murmuraria, iluminada: O Enviado de Deus que dormiu em meu regaço e mudou o pensamento terreno, apresentando o reino dos Céus, conforme nunca outrem conseguira fazer.

Quem estabelece relacionamento com Jesus, raramente permanece como se encontrava antes.

Caso continue nas mesmas disposições, esse contato foi muito superficial, destituído de significado e de profundidade.

Quando, realmente, se mantém contato com Jesus, através das lições de incomum beleza e significação que Ele nos ofereceu, logo se dá uma revolução interior, alterando completamente as paisagens mentais do indivíduo, a sua visão a respeito da existência, as aspirações em torno do futuro.

A mudança emocional é imediata, o homem velho cede lugar ao homem novo, sedento de identidade com a vida e de vivência com a Verdade.

Saulo de Tarso, que O viu e O sentiu nas carnes da alma, transformou-se de imediato, dando novo e total direcionamento aos passos, graças ao que, fez-se tão identificado que, ao fim da existência já não era ele que vivia, mas Cristo que nele vivia.

Joana de Cusa, que desfrutava de opulência, e que teve contato com Ele, alterou a condição de patrícia romana, para tornar-se irmã dos desventurados, entregando-se-Lhe em holocausto, mais tarde, quando convidada ao testemunho em Roma.

Ignácio de Antioquia, que o conheceu na juventude, de tal forma fascinou-se, que se transformou no apóstolo dos novos tempos, igualmente experimentando a honra de imolar a vida em fidelidade à Sua mensagem.

Não tem sido poucos aqueles que tiveram a existência totalmente transformada desde o profundo encontro mantido com Jesus.

Nada obstante, é também de grande volume, o número de pessoas que receberam Suas notícias e informações, abraçando doutrinas que se derivaram dos Seus ensinamentos, não experimentando qualquer significado expressivo no cerne do ser, continuando com o comportamento de conveniência, indiferente ao Seu manifesto de amor e de entrega.

Conhecido em todas as nações da Terra e, na maioria delas, muito comentado, em face das religiões que pretendem homenageá-lO, através das deformações que introduziram nos Seus postulados de renovação interior e de caridade real, tem nEle apenas um símbolo para rituais e cerimônias pomposas, mas sem sentido libertador, não Lhe permitindo penetrar o âmago das almas.

Esses, que assim transitam pelos caminhos da fé religiosa formal, são-Lhe indiferentes ao chamado de libertação.

Quando acicatados por problemas e dificuldades, às vezes recordam-se dEle e buscam-nO, desejando soluções miraculosas e prodígios que não ocorrem, nem os merecem, para logo tombarem no desânimo, dizendo-se decepcionados pelo fato de não haverem sido atendidos na exorbitância das suas solicitações de emergência.

Jesus é o amor, sem dúvida é a solução dos problemas, não, porém, conforme o desejam aqueles que O tem na conta de novo deus do Olimpo celeste, para atender as paixões e as mesquinharias humanas.

Ele é o Caminho, por onde todos devem transitar, vivenciando as lições de fraternidade, de justiça e de caridade, a fim de alcançarem a vida e se integrarem na proposta da Verdade.

Reflexiona, a respeito do significado de Jesus na tua existência.

Como O tens visto, de que maneira te identificas com Ele, de que forma vives a jornada terrestre, depois de O haveres conhecido?

Se experimentas os mesmos conflitos de antes do teu relacionamento com a Sua mensagem, ainda não permitiste que Ele te penetre os sentimentos, modificando-te a conduta interior, que enseja o comportamento social e humano.

Aprofunda o pensamento nas Suas palavras repassadas de energia e bondade, de consolação e de esperança, dando outro direcionamento aos teus dias na Terra, de forma que, ao findar o compromisso com o corpo, descubras o significado sublime dEle em ti, identificando-te de tal forma que já não serás aquele que vive, mas sim, Ele que vive em ti.


Joanna de Ângelis

Do livro Iluminação Interior, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

As Vidas de Joanna de Ângelis


A Vida de Joana de Cusa


Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores.

Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contacto com os representantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranqüilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro.

Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou:

- Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Entre o sincero discípulo do Evangelho e os erros milenários do mundo, começa a travar-se o combate sem sangue da redenção espiritual.

Agradece ao Pai o haver-te julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. Leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, a fim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida.

Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu estado d’alma, interrogou:

- Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o vosso reino?

O Cristo sorriu serenamente e retrucou:

- Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à imposição das idéias - continuou Jesus, acentuando a importância de suas palavras -, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões: transforma-as. Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus, apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos: esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. Não percas tempo em discutir o que não seja razoável. Deus não trava contendas com as suas criaturas e trabalha em silêncio, por toda a Criação. Vai!... Esforça-te também no silêncio e, quando convocada ao esclarecimento, fala o verbo doce ou enérgico da salvação, segundo as circunstâncias! Volta ao lar e ama o teu companheiro como o material divino que o céu colocou em tuas mãos para que talhes uma obra de vida, sabedoria e amor!...

Joana de Cusa experimentava um brando alívio no coração. Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento, ainda lhe ouviu as últimas palavras:

- Vai, filha!... Sê fiel!

Desde esse dia, memorável para a sua existência, a mulher de Cusa experimentou na alma a claridade constante de uma resignação sempre pronta ao bom trabalho e sempre ativa para a compreensão de Deus. Como se o ensinamento do Mestre estivesse agora gravado indelevelmente em sua alma, considerou que, antes de ser esposa na Terra, já era filha daquele Pai que, do Céu, lhe conhecia a generosidade e os sacrifícios. Seu espírito divisou em todos os labores uma luz sagrada e oculta. Procurou esquecer todas as características inferiores do companheiro, para observar somente o que possuía ele de bom, desenvolvendo, nas menores oportunidades, o embrião vacilante de suas virtudes eternas. Mais tarde, o céu lhe enviou um filhinho, que veio duplicar os seus trabalhos; ela, porém, sem olvidar as recomendações de fidelidade que Jesus lhe havia feito, transformava suas dores num hino de triunfo silencioso em cada dia.

Os anos passaram e o esforço perseverante lhe multiplicou os bens da fé, na marcha laboriosa do conhecimento e da vida. As perseguições políticas desabaram sobre a existência do seu companheiro. Joana, contudo, se mantinha firme. Torturado pelas idéias odiosas de vingança, pelas dívidas insolváveis, pelas vaidades feridas, pelas moléstias que lhe verminaram o corpo, o ex-intendente de Ântipas voltou ao plano espiritual, numa noite de sombras tempestuosas. Sua esposa, todavia, suportou os dissabores mais amargos, fiel aos seus ideais divinos edificados na confiança sincera.

Premida pelas necessidades mais duras, a nobre dama de Cafarnaum procurou trabalho para se manter com o filhinho que Deus lhe confiara. Algumas amigas lhe chamaram a atenção, tomadas de respeito humano. Joana, no entanto, buscou esclarecê-las, alegando que Jesus igualmente havia trabalhado, calejando as mãos nos serrotes de modesta carpintaria e que, submetendo-se ela a uma situação de subalternidade no mundo, se dedicara primeiramente ao Cristo, de quem se havia feito escrava devotada.

Cheia de alegria sincera, a viúva de Cusa esqueceu o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão. Mais tarde, quando a neve das experiências do mundo lhe alvejou os primeiros anéis da fronte, uma galera romana a conduzia em seu bojo, na qualidade de serva humilde.

No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho.

Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.

- Abjura!... - exclama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio.

A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas:

- "Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nós perdemos?! Abjura!... por mim, que sou teu filho!...

Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angústia que lhe retalham o coração.

- Abjura!... Abjura!

Joana ouve aqueles gritos, recordando a existência inteira. O lar risonho e festivo, as horas de ventura, os desgostos domésticos, as emoções maternais, os fracassos do esposo, sua desesperação e sua morte, a viuvez, a desolação e as necessidades mais duras... Em seguida, ante os apelos desesperados do filhinho, recordou que Maria também fora mãe e, vendo o seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os desígnios divinos. Acima de todas as recordações, como alegria suprema de sua vida, pareceu-lhe ouvir ainda o Mestre, em casa de Pedro, a lhe dizer:

- "Vai filha! Sê fiel!” Então, possuída de força sobre-humana, a viúva de Cusa contemplou a primeira vítima ensangüentada e, fixando no jovem um olhar profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:

- Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!

A esse tempo, com os aplausos delirantes do povo, os verdugos lhe incendiavam, em derredor, achas de lenha embebidas em resina inflamável. Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não entendia o sacrifício.

Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito opresso. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira:

- O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer?- perguntou um dos verdugos.

A velha discípula, concentrando a sua capacidade de resistência, teve ainda forças para murmurar:

- Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...

Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível: tem bom ânimo!... Juana, Eu aqui estou!...


Humberto de Campos

"Joana de Cusa", do livro Boa Nova, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Humberto de Campos.
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