terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Reencarnação nos Mundos

Encerramos o especial do mês "Reencontro com a Vida" com o texto da Revista Reformador, de outubro 2008, que fala da vida espiritual e a reencarnação nos diferentes tipos de mundos.



As Moradas do Pai à Luz do Consolador


Dois mil anos são passados desde aqueles tempos em que a voz de Jesus se fez ouvir sobre a ambiência sombria da Terra: Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai. Se assim não fosse eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar [...] para que, onde eu estiver, estejais vós também. (João, 14:1-3.)

Jesus se refere aos mundos materiais e espirituais que circulam pelo espaço infinito. Cada mundo está destinado a acolher encarnados ou desencarnados de acordo com o grau de adiantamento ou de inferioridade moral em que se encontram. Esses mundos classificam-se em primitivos, de provas e expiações, regeneradores, felizes e celestes ou divinos. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III.)

A Terra, no contexto universal, não é um recanto de lazer, e sim um planeta que acolhe almas em provas e expiações. Considerada, ao mesmo tempo, hospital, penitenciária, escola, daí partem os Espíritos para mundos melhores após comprovar, no trabalho do bem, a cura de suas moléstias morais.

Diz a tradição religiosa que, após a morte do corpo, a alma pode ir para o céu, o inferno ou o purgatório. Os Espíritos da Codificação Espírita esclarecem que “são simples alegorias: por toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. [...] os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem por simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos”. (O Livro dos Espíritos, questão 1012, Ed. FEB.) E ainda: “Que se deve entender por purgatório?” “Dores físicas e morais: o tempo da expiação. Quase sempre,na Terra é que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos obriga a expiar as vossas faltas.” (Op. cit., questão 1013.)

Aceitar as penas eternas é admitir a existência de um Criador incapaz de perdoar e que condena injustamente os que cometeram tanto pequenas, quanto grandes faltas.

Jesus inaugurou a era do Amor. Desfez a imagem distorcida que os homens faziam de Deus e proclamou a existência de um Deus “único, onipotente, soberanamente justo e bom” (O Livro dos Espíritos, questão 13). Sendo o amor a excelência de seus atributos, enviou Jesus, guia e modelo mais perfeito (O Livro dos Espíritos, questão 625), para conduzir os passos da Humanidade em sua direção. Jamais suas criaturas seriam condenadas às penas eternas. Se assim fosse, o perdão, ensinado e exemplificado pelo Cristo, não teria razão de ser.

O perdão é a chave que abre as portas da regeneração. Eis a resposta do Mestre quando questionado por Pedro: Senhor, até quantas vezes o meu irmão pecará contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. (Mateus,18:21-22.)

Em todo o Evangelho, Jesus exalta o perdão das ofensas e, do alto da cruz, dá o maior testemunho de suas palavras.

A linguagem de Jesus é rica em metáforas e simbolismos. Interpretar a expressão fogo do inferno ao pé da letra é contradizer o amor que transcende de seus ensinos.

Existe uma visão futura mais plena de esperança e de amor do que a proposta por Jesus? O que seria mais racional? Crer em uma única existência, sem qualquer fio de esperança, amargurado sob o pavor das penas eternas, sem chance de novas oportunidades, ou acreditar nas diferentes moradas que acolhem os Espíritos de acordo com o grau de progresso alcançado por eles?

Deus é misericórdia, é amor. Ele perdoa suas criaturas através de novas oportunidades.

E como seria? Naturalmente, pela reencarnação; tantas vezes quantas necessárias, até o Espírito quitar os débitos com a Lei, ao mesmo tempo em que edifica a própria evolução. O Evangelho registra inúmeras referências à reencarnação e à vida espiritual. Essa verdade, com o passar dos séculos, foi encoberta pelos interesses vigentes da época. O homem, para preservar o poder, disseminou o fantasma do medo, criando um futuro de sofrimento atroz, que gerou a crença nas penas eternas. As claridades do Consolador prometido por Jesus vieram restaurar a crença na reencarnação e devolver ao homem a esperança de refazer sua jornada evolutiva.

A reencarnação é o perfeito mecanismo da justiça divina.

Uma análise sincera dos pensamentos, das palavras e dos atos pode proporcionar ao homem a previsão do seu futuro. Virtudes ou defeitos aqui cultivados serão os atributos da vida futura. E, de acordo com a lei de afinidade, que rege o Universo e todos os seres da criação, automaticamente o Espírito será atraído por aqueles a quem se afinam em virtudes ou imperfeições. A Lei Divina se incumbe de aproximar os semelhantes. Os projetos nobres, as tarefas edificantes serão passaporte para o trabalho do bem. Por outro lado, os comprometimentos delituosos agrilhoarão os comparsas criminosos em regiões inferiores. O homem é o construtor em potencial do seu futuro.

As moradas espirituais, constituídas de matéria sutil, são edificadas pela força do pensamento. O pensamento equilibrado no bem constrói maravilhas. Entretanto, as regiões inferiores, produto das mentes em desequilíbrio, refletem os sombrios procedimentos em que se aprazem. Tais Espíritos, tanto se lesam com suas atitudes criminosas, que enterram os talentos da organização, da beleza, do discernimento, sob os escombros da descrença, do ódio e da vingança. Ambientados no cultivo de pensamentos e ações delituosos, continuarão, no mundo espiritual, ostentando a mente em desajuste. Sentem-se injustiçados, sem, contudo, admitirem que foram aprisionados nas próprias teias que teceram. Assim permanecem, voluntariamente, no reduto da dor educativa, até que se proponham à recuperação do equilíbrio e da paz. O arrependimento e a transformação moral lhes abrirão as portas de novas oportunidades. É a manifestação da justiça divina que dá a cada um segundo as suas obras.

As regiões infelizes nada mais são do que projeções da rebeldia dos próprios habitantes. Todavia, o tempo de expiação é de duração transitória, jamais eterna, como querem os adeptos do inferno. Por isso, Jesus adverte: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João, 8:32.)

Por outro lado, um céu de ociosidade e contemplação é utopia. Na realidade, existem, sim, regiões sublimadas e dinâmicas, em que almas enobrecidas se dedicam ao trabalho do bem universal. Portanto, céu, inferno e purgatório, do ponto de vista teológico, são crenças que não se sustentam.

Allan Kardec esclarece:

A localização absoluta das regiões das penas e recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreender. (O Livro dos Espíritos, questão 1012, comentário de Kardec.)

Foi necessário que as luzes do Consolador projetassem sua claridade sobre os homens para que entendessem as verdades contidas no Evangelho de Jesus.


A. Merci Spada Borges (Reformador • Outubro 2008)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

Mensagem da Semana


A Lógica da Reencarnação


Uma mensagem em vídeo que explica de forma resumida a reencarnação e os seus principais fundamentos, com base na doutrina espírita.


sábado, 27 de novembro de 2010

Boas Notícias

Destaque para algumas das notícias positivas divulgadas em sites durante esse mês:


Paz

Agência da Boa Notícia lança o Prêmio Gandhi de Comunicação 2011

Vem aí o Prêmio Gandhi de Comunicação 2011, iniciativa da Agência da Boa Notícia para estimular a Cultura de Paz através da Comunicação. As inscrições começam nesta quinta-feira (25) e continuam até 13 de maio de 2011. O Prêmio aumentou em valor e categorias. Serão R$ 35 mil distribuídos entre nove categorias. O objetivo é reconhecer o trabalho de profissionais e estudantes de Jornalismo e Publicidade & Propaganda que divulgam a paz. A festa de entrega acontece em junho de 2011.

A diretoria da ABN optou, nesta quarta edição do Prêmio, por descentralizar o lançamento. Realizando visitas aos cursos, veículos de comunicação e agências de propaganda, colocando os objetivos e discutindo o Regulamento. Uma programação está sendo executada pelos diretores da Agência.

Como forma de estimular a participação de mais estudantes, a ABN ampliou de duas para quatro as categorias voltadas para alunos de Comunicação, com destaque para a inclusão de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). As categorias profissionais permanecem em cinco. Dessa forma, os R$ 35 mil em prêmios serão distribuídos entre os vencedores das nove categorias abaixo:

Profissionais - Reportagem de jornal ou revista: R$ 5 mil; Reportagem para televisão: R$ 5 mil; Reportagem para rádio: R$ 5 mil; Fotojornalismo (foto ou ensaio): R$ 5 mil; Campanha ou peça publicitária: R$ 5 mil;

Estudantes - Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação em Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda), já defendido e aprovado por banca da Instituição de Ensino Superior, relativo aos períodos letivos de 2010.1 e 2010.2: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia impressa de estudante de Jornalismo divulgada em jornais ou revistas-laboratório, de circulação no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia eletrônica (rádio ou TV) de estudante de Jornalismo divulgado em veículos-laboratório, exibido no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; e Trabalho de estudante de Publicidade & Propaganda, também divulgado no âmbito da IES: R$ 2,5 mil.

Tema e Inscrições

Os trabalhos concorrentes devem abordar o tema da Cultura de Paz, valendo mostrar ações que enfoquem o desenvolvimento humano como instrumento da harmonia social. O Regulamento determina que podem inscrever-se jornalistas, publicitários e estudantes de graduação em Comunicação Social, com atuação no Estado do Ceará ou em outros Estados, desde que os trabalhos inscritos sejam sobre ações e fatos do Estado do Ceará.

Serão aceitos trabalhos veiculados no período de 1º de junho de 2010 a 06 de maio de 2011. Trabalhos de participantes de outras cidades do Ceará ou outros Estados deverão ser enviados pelo Correio com data de postagem até o último dia de inscrição, com confirmação via e-mail. O Regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da ABN - www.boanoticia.org.br – e na sede da Agência da Boa Notícia, na Avenida Desembargador Moreira 2120, sala 1307 - Aldeota - CEP 60170-002 - Fortaleza – Ceará. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h.

Comunicação mais Humana

Com o propósito de incentivar uma comunicação mais humana, que leve harmonia para a sociedade, a ABN “tem a preocupação em fomentar uma participação mais decisiva dos estudantes – futuros profissionais da comunicação. Para eles, as categorias foram ampliadas”, ressalta o Prof. Souto Paulino. Destaque especial para a inclusão dos Trabalhos de Conclusão de Curso, nos quais os estudantes podem aprofundar a abordagem de questões como Cultura de Paz e Comunicação.

O Presidente da ABN faz uma avaliação positiva desses quatro anos de Prêmio Gandhi. “Alcançamos um nível razoável de reconhecimento do trabalho da Agência por entidades e movimentos sociais organizados e por instituições governamentais e empresariais. Isso faz com que possamos contar com patrocínios e garantia da nossa presença sempre atuante em seminários e debates, especialmente, dentro das Instituições de Ensino Superior onde estão sendo formados os novos profissionais de comunicação”, diz.

Fonte: Agência da Boa Notícia, 25/10/2010 - (fone: 85 3224 5509)


Ciência


Estudo indica que tecido adiposo contém células-tronco

O tecido adiposo não é apenas reserva de gordura, também contém células-tronco hematopoiéticas, similares às da medula óssea e capazes de se especializar em células imunológicas, segundo um estudo preliminar feito com ratos.

Os resultados ainda precisam de confirmação em humanos, mas se ficar demonstrado que o tecido adiposo masculino contém células hematopoiéticas que podem se diferenciar em mastócitos (células imunológicas) ou outras células, "isto revolucionará o mundo da hematopoiese" (criação de sangue), disse uma das pesquisadoras da equipe responsável pela descoberta, Béatrice Cousin, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).

Por enquanto, só se produz células sanguíneas a partir de células-tronco da medula óssea, cuja extração é "complicada e muito invasiva", lembrou. Ao contrário, no tecido adiposo "há muitas e são fáceis de extrair".

Estudos anteriores demonstraram que o tecido adiposo, composto, sobretudo por células carregadas de lipídios ou de adipócitos, contém também células presentes no sangue. Mas acreditava-se que procedessem da medula óssea, onde teriam se especializado a partir de células-tronco.

Depois de uma inflamação causada por vírus ou bactéria, os mastócitos são onipresentes no sistema imunológico. O estudo está publicado na edição desta segunda-feira da revista científica americana Stem Cell.


Fonte: Terra Notícias, 22/10/2010.


NASA descobre atmosfera com oxigênio em lua de Saturno

“Sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono em lua de Saturno. É a 1° vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera.”

A NASA - a agência espacial americana - anunciou nesta sexta-feira que a sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera - conhecida como exosfera - com oxigênio e dióxido de carbono na lua Reia, de Saturno. É a primeira vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra.

Segundo a NASA, a atmosfera da lua gelada é 5 trilhões de vezes menos densa que a da Terra. A agência afirma que a formação de oxigênio e dióxido de carbono pode levar a reações químicas complexas nas superfícies de corpos de gelo no universo.

"Os novos resultados sugerem que atividades químicas complexas envolvendo oxigênio podem ser bem comuns no Sistema Solar e até no universo", diz Ben Teolis, um dos cientistas da equipe da Cassini. "Essa química pode ser um pré-requisito para a vida", diz o cientista, que afirma, por outro lado, que dificilmente há vida em Reia. "Toda evidência da Cassini indica que Reia é fria demais e desprovida de água líquida necessária para a vida como nós a conhecemos."

Contudo, Um corpo de gelo que tenha água líquida abaixo da superfície e que, de alguma forma, o oxigênio e dióxido de carbono sejam transportados para esta água, pode ter um ambiente mais propício ao surgimento de componentes mais complexos e formar vida, acreditam os cientistas.

Reia é a segunda maior lua de Saturno e considerada, a partir de agora, única por causa de sua atmosfera de oxigênio e dióxido de carbono. Titã, por exemplo, outra das luas de Saturno, tem uma atmosfera rica em nitrogênio e metano, mas pouco oxigênio e dióxido de carbono. "Reia está se tornando muito mais interessante do que tínhamos imaginado", diz Linda Spilker, que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, e também está na equipe de cientistas da Cassini.

Fonte: Terra Notícias, 26/10/2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Imagem e Mensagem: Diante do Tempo – Emmanuel

A reencarnação nos faculta a oportunidade de construirmos o futuro. Não desperdicemos o tempo e busquemos o triunfo pessoal sobre as nossas limitações, empregando esforços na sementeira do bem, desenvolvendo em cada um de nós o nosso Deus interior. A mensagem de Emmanuel “Diante do Tempo”, psicografada por Chico Xavier nesse vídeo, nos conclama ao aproveitamento desse momento destinado ao nosso crescimento espiritual.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Déjà-vu: O Reencontro com o Passado


O déjà-vu ou fenômeno do “já visto” é uma ocorrência extremamente interessante, e freqüentemente observável por pessoas sem qualquer vínculo religioso ligado à crença na reencarnação.

Trata-se de uma sensação íntima, uma emoção aparentemente inexplicável que surge de uma forma completamente inesperada. Subitamente, uma circunstância qualquer desencadeia algum mecanismo psicológico ou anímico onde a pessoa tem a sensação muito expressiva de que aquilo que observa já conhece ou já vivenciou de uma maneira que não consegue compreender, mas que a emociona sobremaneira.

Algumas ocorrências de déjà-vu se dão quando uma pessoa ao ser apresentada a outra leva um verdadeiro choque e se pergunta: “Onde já a vi? Tenho a nítida sensação de que a conheço.” Posteriormente, fica patente que não houve possibilidade de qualquer contato prévio (nesta vida). No entanto, a emoção permanece muito forte. Evidentemente, não estamos referindo aqui a atração física, que pode coexistir no processo, ou não, mas simplesmente a identificação e familiaridade intensamente sentidas.

Excluindo-se alguns arroubos ou precipitações de julgamento, certos casos de amor ou antipatia a primeira vista têm correlação com o fenômeno do déjà-vu.

Há alguns paranormais que ao reverem certas pessoas, embora em termos desta vida estariam tendo o primeiro contato, recebem um impacto energético tão forte que determina uma ressonância magnética em seus arquivos espirituais, aflorando-lhes reminiscências pretéritas com grande nitidez. Passam a desfilar, em sua mente, quadros, locais e situações conflitantes ou afetivas de um passado longínquo, vivido em comum por aquele que agora vê (revê) pela aparente primeira vez.

Abre-se um canal anímico que permite a drenagem de núcleos energéticos adormecidos pelo esquecimento das vidas anteriores.

O fenômeno de déjà-vu ocorre também relacionado com locais, além de pessoas. A aura energética não é propriedade apenas dos seres humanos, mas, embora não irradiem como foco produtor de emoções, os objetos, residências e cidades têm sua própria “egrégora ”(campo energético que irradia uma vibração), pela imantação energética dos pensamentos dos homens que se relacionaram com aquele ambiente.

A lei de sintonia sempre se verifica ao identificarmos as vibrações que foram muito representativas, em termos de experiência pessoal anterior.

São muito impressionantes os fenômenos de déjà-vu que se verificam por ocasiões de viagens ao exterior, quando o turista de forma repentina e emocionante passa a identificar, em detalhes, um local como fosse de seu conhecimento prévio, naturalmente, sem nunca ter estado no referido local e especialmente quando nunca ouviu falar da existência do mesmo.

Sabemos que, para os adversários da reencarnação outras explicações são utilizadas. Como se não bastasse o inconsciente ser considerado tal qual um saco sem fundo, que, como faz “Papai Noel”, tira de lá qualquer presente desejado pela criança, o inconsciente coletivo seria uma forma de contato entre todos os seres humanos e locais, de tal forma que, pelo mágico intercâmbio universal, uma pessoa poderia sintonizar com qualquer faixa do inconsciente coletivo e receber qualquer tipo de impressão passada ou presente da humanidade...

Parece anedota, mas é real, quando uma criança européia passou a falar chinês arcaico e recordar-se de uma vida pretérita, foi considerada uma explicação o fato de sua mãe, durante a gestação, ter vivido próximo a uma lavanderia chinesa e provavelmente ter captado pelo seu inconsciente coletivo todo aquele conhecimento da língua asiática...

Embora não tenha valor científico algum o que pude observar, não vou conseguir resistir à tentação de narrar uma experiência pessoal vivida pela minha esposa Helena, em junho de 1988.

De Florianópolis, sul do Brasil, sonhávamos em conhecer a Europa que sempre nos atraiu misteriosamente. Eu elegi a Inglaterra como local que desejava visitar. Desde criança um misto de admiração e nostalgia me ligava à Grã-Bretanha bem como aos países nórdicos. Minha esposa expressou desejo de conhecer a Áustria, talvez embalada pelos sons poéticos das valsas vienenses ou mesmo pela ascendência germânica de que era portadora.

Fizemos um roteiro de trinta dias, que optamos por percorrer sozinhos. Ao chegar à Ilha Britânica, após termos passado por outros países, fomos nos apaixonando pela natureza dos campos, a beleza das flores e a arquitetura típica. Quando mais mergulhávamos na profundidade do Interior, mas nos encantávamos. Ao entrarmos em território escocês, as surpresas foram se sucedendo cada vez mais intensamente.

Ao almoçarmos em um vilarejo, Helena teve a primeira forte emoção ao ver as colheres utilizadas no local. Eram mais estreitas que as nossas, no Brasil, e mais côncavas, bem mais profundas mesmo. Emocionada comentou:

-- Ricardo, você se recorda daquela colher defeituosa que eu tenho guardada há mais de 20 anos?

Como todo marido distraído, disfarcei e disse algo como:

-- Sim!?

-- É uma mais comprida e funda que sempre adorava, não sabia por quê. Agora eu sei! Já tive uma assim antes. Veja! É semelhante a estas que usam aqui.

Durante nossa passagem pela região foram ocorrendo diversos fenômenos desse tipo na Grã-Bretanha, mas em especial na Escócia. Os vestidos de padrão floral, muito usados na região, que sempre foram de sua preferência, as cestas de vime para as compras muito utilizadas pelas senhoras, as louças típicas, e assim por diante.

O clímax ocorreria em Perth, cidade que ela jamais tinha ouvido falar até aquele dia. À medida que nos avizinhávamos do Palácio de Scone, ela se mostrava mais emocionada com tudo ao redor. Colocou seus óculos escuros para disfarçar as lágrimas quentes que rolavam pelas faces contraídas pela emoção. Apertava as minhas mãos e dizia baixinho:

-- Ricardo, eu sinto que conheço, mesmo, este lugar!

-- Você está emocionada. Vamos vê-lo mais detalhadamente.

-- Preciso correr por estes campos!

E com seus 38 anos, parecia uma criança feliz ao sair em desabalada carreira pelos bosques que rodeavam o castelo. Voltou depois com o rosto vermelho e os olhos brilhando, como há tempo não a via.

No interior do Palácio de Scone, que mais parecia um castelo, as emoções foram gradativa e significativamente mais intensas: as louças do século XVIII, que lhe pareciam familiares tanto nas cores como nos modelos e sobretudo os quadros nas paredes, dois dos quais a fizeram novamente chorar, acometida outra vez de grande emoção. Tomada de profunda emoção, afirmava que dois quadros não eram originais e que deviam ter sido trocados. Fato que confirmamos posteriormente.

Embora como estudioso da reencarnação fosse para mim uma vivência muito interessante, procurava não induzi-la a conclusões. Comentei:

-- Todas as pessoas que se interessam pelo estudo da reencarnação gostariam de ser no mínimo princesas nas vidas pretéritas... Portanto, é preciso que tenhamos cautela com conclusões precoces.

-- Posso ter sido a mais simples serviçal aqui, disse-me Helena, mas sem dúvida este lugar eu já conheço! Acredito que mais do que uma visita, um contato mais íntimo e freqüente com o Palácio de Scone deva ter sido em outra vida.

Posteriormente, por via mediúnica, bem como por outros recursos, tivemos referências sobre encarnações nossas na Grã-Bretanha, em épocas diversas cujos detalhes não estamos autorizados a escrever, em função até da ausência de provas aceitáveis. Para Helena, no entanto, a experiência marcou-a profundamente.


Ricardo Di Bernardi

Fonte: Portal do Espírito
Imagem: foto do Palácio Scone- Grã-Bretanha

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Reencarnação explica os Talentos Inatos


A palavra "superdotado" é utilizada para identificar uma criança que se destaque acima da média das demais, numa habilidade geral ou específica, no âmbito de sua atuação. A propósito, a Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner propõe que a mente humana é multifacetada, existindo várias capacidades distintas que podem receber a denominação de "inteligência". Muitas crianças são criativas, e criatividade é o destaque na atividade de produzir aquilo que é simultaneamente inusitado e útil. Uma implicação direta da própria superdotação intelectual é que os superdotados, por definição, interagem com o mundo de um modo significativamente diferente do modo como fazem as demais pessoas.

O superdotado consegue perceber mais do meio-ambiente do que a maioria das pessoas. Assim sendo, este tipo de pessoa tende a ser visto como exagerado ou excessivamente sensível. Normalmente, ele é mais receptivo aos estados emocionais, à alegria e à dor, tanto os seus como os alheios, e é mais afetado por carências, injustiças e frustrações. Suas dúvidas e convicções são mais intensamente vividas, adquirindo, para ele, valor de metas essenciais. O superdotado possui inteligência, imaginação, audácia e uma certa auto-suficiência interior, traços que entram em oposição às atitudes mais usuais de dependência ou imitação.

Diversos especialistas concordam que os superdotados apresentam peculiaridades psicológicas e comportamentais substancialmente diferentes daquelas da população em geral. Trata-se de um fato com implicações importantes, tanto para a identificação, quanto para a interação com esse tipo de indivíduo.

Quando se trata de leitura, os superdotados são mais propensos, do que os normais, a preferirem as notícias e os textos científicos e de abordagens tecnológicas. Essa predileção está em perfeito acordo com a sua maior habilidade para o pensamento verbal e para o raciocínio lógico-matemático. Por isso, se diferenciam substancialmente dos alunos normais com relação à forma pela qual adquirem saber, mostrando-se, como disse, mais independentes e afeitos a conteúdos de ciência e tecnologia.

A doutrina da reencarnação é a única que preenche o vazio da alma humana a procura de um esclarecimento a respeito de si mesmo. No caso em tela, indagamos: Quem é o superdotado? O que faz na Terra? Qual é o seu porvir? Perguntas somente respondidas tendo a pluralidade das existências como mecanismo natural de resposta. Sem a palingenesia não há como se conceber evolução, nem progresso humano. Sobre nossa vida física, no planeta o que representam pouquíssimos anos de vida numa única existência? O homem é viajor do Universo e, dentro da eternidade, aufere recursos e aptidões, desenvolve potencialidades, até chegar à posição de um arcanjo."(1)

O jovem Maiko Silva Pinheiro leu aos 4 anos; aprendeu a fazer contas aos 5 "e, aos 9, era repreendido pela professora porque fazia as divisões, usando uma lógica própria, diferente do método ensinado na escola. Hoje, estuda economia no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, sendo bolsista integral. Aos 17 anos, os diretores do Banco Brascan dizem ter se surpreendido com sua capacidade lógico-matemática".(2)

O mexicano Maximiliano Arellano começou a desenvolver a extraordinária memória aos 2 anos. Aos 6 anos de idade, Maximiliano diz querer ser médico. Recentemente, deu uma entrevista ao Correio Brasiliense (12 de maio, 2006) falando sobre causas e conseqüências da osteoporose. Arellano não aceita o rótulo de "gênio." Segundo o menino,” A osteoporose é uma enfermidade que afeta os ossos. Caracteriza-se pela diminuição de densidade da massa óssea. Os ossos afetados são mais porosos e se fraturam com mais facilidade do que os ossos normais."(3) Recentemente, Maximiliano deu uma aula de fisiopatologia e osteoporose com linguajar de um residente, segundo afirmativa do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Autônoma do Estado do México, Roberto Camacho.

O jovem americano Gregory Robert Smith, de 13 anos; com 14 meses, resolvia problemas simples de matemática; aos 2 anos, lia e corrigia a gramática de adultos; "Aos 10, entrou para a Faculdade de Matemática; aos 13, deve começar a pós-graduação"(4), pois, aos 13 anos, já terminou a faculdade. "Smith criou uma fundação internacional e foi indicado para o Nobel da Paz."(5) Segundo a Revista Veja, "Os sinais de sua inteligência fora do comum começaram muito cedo. Com 1 ano e 2 meses, ele resolvia problemas de álgebra, memorizava e recitava livros. Aos 2 anos, corrigia os adultos que cometiam erros gramaticais. Três anos depois, no jardim-de-infância, lia Júlio Verne e tentava ensinar os princípios da botânica aos coleguinhas."(6)

A paulistana Cynthia Laus, com apenas 4 anos de idade, começou a pintar; aos 8 anos de idade, já estava expondo 29 obras, em uma conceituada galeria de arte de São Paulo.

Outro brasileiro, Ricardo Tadeu Cabral de Soares, começou a ler aos 3 anos de idade; aos 9 escreveu um livro. Com 12 anos de idade, enquanto cursava a 8ª série do Primeiro Grau, foi o primeiro colocado no vestibular, para Direito, numa faculdade particular do Rio de Janeiro. Ricardo virou o mais jovem universitário brasileiro. Quatro anos depois, entrou para o Livro Guiness dos Recordes, como o mais jovem advogado do mundo. Aos 18, concluiu o mestrado em Direito na renomadíssima universidade norte-americana Harvard, uma das maiores concentrações de superdotados no planeta.

"Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus lhes deu [aos superdotados] uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Suposição igualmente ilógica, pois que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas. Todos os povos tiveram homens de gênio, surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia."(7)

Tais fatos, além do espanto e admiração inevitáveis que, por si, proporcionam, servem para nos atrair a atenção impondo-nos a necessárias reflexões. Há os negadores de plantão (mais por falta de liberdade de consciência, imposta pelo medievalismo cristão de várias denominações, do que pelo pleno uso do dom de pensar) que acreditam no estranhíssimo "privilégio" biogenético, e que tais superdotados têm dom inato. "Casos de crianças precoces sempre despertam a atenção. A Academia de Ciência não possui uma explicação consistente sobre o tema, atribui a uma "miraculosa" predisposição biogenética potencializada por estímulos de ordem externa. Outra enorme dificuldade encontrada na Academia é a não concordância na definição do termo "superdotação". Alguns pesquisadores distinguem superdotado de talentoso, sendo o primeiro considerado como aquele indivíduo de alta capacidade intelectual, ou acadêmica, e o segundo como possuindo habilidades superiores nas áreas das artes, música, teatro".(8)

Os talentos dos superdotados são inatos, sim, uma vez que nasceram com eles, ou melhor, renasceram com eles. Tais possibilidades – e é importante que não se perca de foco - são conquistas dos gênios-mirins, em existências pregressas, pela consubstanciação de conhecimentos.

Vale recordar, nesse contexto, que os supertalentos não foram conquistados pela lei do menor esforço, gratuitamente, por privilégio, ou qualquer outro fator. Foram adquiridos, pela lógica das leis da natureza, com muita dedicação, disciplina, trabalho, estudo, perseverança e, às vezes, muitas lágrimas.


Jorge Hessen


FONTES: (1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, questão no. 540 (2) Publicada na Revista Época, edição de 15 de maio, 2006 (3) Publicado no Jornal Correio Brasiliense de 12 de maio, 2006 (4) Revista Veja, edição 1800, de 30 de abril de 2003, página 63 (5) Idem (página 62) (6) Idem (página 62) (7) Kardec. Allan. A Gênese, Rio de Janeiro, 37ª edição,Ed. FEB, 2002,Cap. 1, Caráter da Revelação Espírita. (8) Hessen, Jorge. Tese Reencarnacionista, artigo publicado em Reformador /FEB / janeiro 2005

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Música Espírita: Reencarnação – Jonas Demeneghi

A reencarnação é o tema dessa bela canção que faz parte do CD, “Na Busca da Essência”, um projeto musical do cantor e compositor espírita, Jonas Demeneghi, em prol do Grupo Espírita Seara do Mestre de Santo Ângelo-RS.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Reencarnação e Carma


"Lei de Ação e Reação ou Lei do Carma: tudo de bom ou ruim que você fizer hoje, algo de força equivalente amanhã irá lhe beneficiar ou prejudicar, seja nesta ou em outra vida. "A cada um será dado de acordo com suas obras." Não existe escapatória ou subterfúgios perante as Leis de Deus. Existe, sim, uma possível abreviação do carma. Através da prática do bem e da caridade, um espírito pode alterar ou diminuir sua dívida cármica." (glossário portal Plenus).

Cada consciência é uma criação de Deus e cada existência é um elo sagrado na corrente da vida em que Deus palpita e se manifesta. Responderemos por todos os golpes destrutivos que vibramos nos corações alheios e não nos permitiremos repouso enquanto não consertarmos, valorosos, o serviço de reajuste.

Aquele que progrediu moralmente traz, ao renascer, qualidades naturais, como o que progrediu intelectualmente traz idéias inatas; identificado com o bem, pratica-o sem esforço, sem cálculo e, por assim dizer, sem pensar. Aquele que é obrigado a combater as suas más tendências vive ainda em luta. O primeiro já venceu, o segundo procura vencer. Existe, pois, a virtude original, como existe o saber original, e o pecado ou, antes, o vício original.

Conforme os princípios de causa e efeito que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.

Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados eliecedores ou deprimentes das próprias ações.

Quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez, com os quais permuta os quadros inquietantes da imaginação em desvario, tecendo, com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em que as conseqüências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações reparadoras; contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do remorso e da crueldade, da rebelião e da delinqüência, o sublime apostolado dos seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heróicas que, em se agrupando intimamente, tocadas de compaixão pelos laços que deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o serviço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a noite dos homens.

Indiscutivelmente, tanta dor reunida nas regiões de espíritos sofredores não seria justa se não viesse de quantos preferiram no mundo o trato diário com a injustiça. Não é claro, porém, que todos venhamos a colher o fruto da plantação que nos pertence? Na mesma leira de terra dadivosa e neutra quem acalenta a urtiga recolhe a urtiga que fere e quem protege o jardim tem a flor que perfuma.

O solo da vida é idêntico para nós todos. Não encontraremos aqui neste imenso palco de angústia almas simples e inocentes, mas sim criaturas que abusaram da inteligência e do poder, e que, voluntariamente surdas à prudência, se extraviaram nos abismos da loucura e da crueldade, do egoísmo e da ingratidão, fazendo-se temporariamente presas das criações mentais, insensatas e monstruosas, que para si mesmas teceram.

Quanto às perturbações que acompanham a alma, no renascimento ou na infância do corpo, na juventude ou na senilidade, é mister reconhecer que o desequilíbrio começa na inobservância da Lei, como a expiação se inicia no crime. Adotada a conduta em desacordo com a realidade, encontra o espírito, invariavelmente, em todos os círculos onde se veja, os efeitos da própria ação. Seja nos mecanismos da hereditariedade fisiológica, seja fora de sua influencia, a mente, encarnada ou não, revela-se: na colheita do que haja semeado; no campo de evolução do esforço comum; no monte da elevação pela prática do sumo bem ou no vale expiatório pelo exercício do mal.


Fonte: trecho “Carma”, portal Guia de Referência - Guia Heu.


Citações:

Ação e Reação - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz.
A Gênese, Allan Kardec.
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Evolução em dois Mundos - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelo espírito André Luiz.
No Mundo Maior - Francisco Cândido Xavier - pelo espírito André Luiz.

domingo, 21 de novembro de 2010

Mensagem da Semana



Ouvir a Mensagem


Decálogo do Aperfeiçoamento


1 - Diminua as próprias necessidades e aumente as suas concessões.

2 - Intensifique o seu trabalho e reduza as quotas de tempo inaproveitado.

3 - Eleve as idéias e reprima os impulsos.

4 - Liberte o "homem do presente" na direção de Jesus e aprisione o "homem do passado", que ainda vive em você.

5 - Vigie os seus gestos, entendendo os gestos alheios.

6 - Persevere no estudo nobre, reconhecendo na vida a escola sagrada de nossa ascensão para Deus.

7 - Julgue a você mesmo e desculpe indistintamente.

8 - Fale com humildade, ouvindo com atenção.

9 - Medite realizando e ore servindo.

10 - Confie no Amor do Eterno e renda culto diário às obrigações em que Ele mesmo nos situou.


André Luiz

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 20 de novembro de 2010

Gotas de Luz


Lei de Igualdade

As Provas da Riqueza e da Miséria


A igualdade das riquezas não é possível, pois "a isso se opõe a diversidade de faculdades e caracteres." [O Livro dos Espíritos-qst 811]


Os homens não são iguais. Uns são mais previdentes, outros menos. Uns mais egoístas, outros menos. Uns mais inteligentes, ativos e trabalhadores, outros menos. Logo, se fosse "a riqueza repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estará desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com o que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.” [O Evangelho Segundo o Espiritismo -cap. XVI it 8]

Deus concedeu as provas da riqueza a uns e da pobreza a outros, "para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência." [O Livro dos Espíritos-qst 814]

Uma das provas mais difíceis é a da pobreza, quanto o é a da riqueza. Na primeira, pode sofrer o Espírito a tentação da revolta. Na segunda, a do abuso dos bens da vida, deturpando-lhe os augustos objetivos.

Espíritos realmente evoluídos, ou simplesmente esclarecidos sobre a Lei de Causa e Efeito, podem solicitar a prova da pobreza, como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de tarefas.

Algumas vezes, o mau uso da riqueza, em precedente existência, leva o Espírito a pedir a condição oposta, com o que espera ressarcir abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações para as quais não se sinta convenientemente forte.

O livre-arbítrio do homem pode levá-lo à pobreza, sem que evoquem precedentes espirituais, causas ligadas ao pretérito. Como, por exemplo, a falta de estímulo para enfrentar os problemas da vida, preguiça, a imprevidência, que são fatores que podem conduzir o homem ao estado de dificuldades econômicas.

"A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.” [O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XVI it 8]

"Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, idéia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual.” [O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVI it 7]

Pela riqueza pode o homem melhorar a situação material do Planeta onde vive, melhorar a produção através da relação entre os povos. A riqueza favorece as maiores tentações, por isso ser difícil ao rico acesso ao reino dos céus, mas não impossível, pois ele dispõe de inúmeros meios de fazer o bem. Mas, é justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. É por esses fatos que a prova da riqueza, apesar de tão difícil quanto a pobreza, é mais perigosa para o progresso moral do homem.


Bibliografia

a) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
b) Constituição Divina - Richard Simonetti
c) Leis Morais - Rodolfo Calligaris

Fonte: CVDEE

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

História Real de Reencarnação: O Caso de Swarnlata

Sumário do Caso:

Swarnlata é filha de Sri M. L. Mishra, assistente de inspetor distrital de escolas em Chhatarpur, Madhya Pradesh. Nasceu na aldeia de Shahpur, distrito de Tikamgarh, em Madhya Pradesh, em 2 de março de 1948. Quando Swarnlata contava três anos e meio de idade, sua família morava em Panna, uma cidade de Madhya Pradesh. Seu pai a levou consigo em uma viagem a Jabalpur, uma das principais cidades do Estado, situada cerca de 170 milhas ao sul de Panna. Na viagem de volta, ao passarem pela cidade de Katni (57 milhas ao norte de Jabalpur), Swarnlata inesperadamente pediu ao chofer do caminhão em que viajava, para virar para a estrada que conduzia à “minha casa”. Pouco depois, quando o grupo tomava chá, em Katni, Swarnlata disse-lhes que poderiam beber chá muito melhor em sua casa, que ficava nas imediações. Tais afirmações deixaram Sri Mishra perplexo, e mais ainda quando soube que Swarnlata mais tarde contara a outras crianças da família outros fatos de uma existência anterior em Katni, como membro da família Pathak. Posteriormente Swarnlata interpretou para sua mãe — e então frente a outras pessoas — danças e canções que, pelo que sabiam seus pais, ela não tivera tido ocasião de aprender. Durante os anos que se seguiram, Swarnlata revelou fragmentos de suas aparentes lembranças principalmente a seus irmãos e irmãs e, até certo ponto, a seus pais.

Em 1958, Swarnlata, cuja família se mudara nesse interregno para Chhatarpur (40 milhas a oeste de Panna), encontrou-se com a esposa do Professor R. Agnihotri, que provinha da região de Katni, à qual Swarnlata afirmou identificar como a tendo conhecido em sua vida anterior naquela cidade. Desse modo Sri Mishra confirmou, pela primeira vez, a exatidão de algumas das inúmeras declarações de sua filha a respeito da sua existência precedente em Katni. Em setembro de 1958, Sri Mishra anotou algumas das declarações de Swarnlata. Em março de 1959, Sri H. N. Banerjee passou dois dias em Chhatarpur, ali investigando o caso; nessa ocasião viajou para Katni onde travou conhecimento com a família Pathak, à qual Swarnlata afirmava ter pertencido em sua vida pregressa. Antes de viajar para Katni, Sri Banerjee anotou cerca de nove informações que Swarnlata dera a respeito da residência dos Pathak, as quais confirmou ao chegar lá. Antes da ida de Sri Banerjee a Katni, os Mishra ignoravam a que família Pathak Swarnlata se referia. Sri Banerjee disse que se orientou pelas informações de Swarnlata para localizar a casa dos Pathak. Achou que as declarações por ela feitas correspondiam estreitamente com a existência de Biya, filha de uma família chamada Pathak, de Katni, e falecida esposa de Sri Chintamini Pandey, de Maihar. Maihar é uma cidade ao norte de Katni. Biya morrera em 1939.

No verão de 1959, algumas pessoas da família Pathak, bem como da família do marido de Biya, viajaram para Chhatarpur, onde foram reconhecidas por Swarnlata. Logo após essas visitas, Swarnlata e outros membros de sua família viajaram primeiro para Katni, e posteriormente para Maihar (e cidades das imediações) onde a falecida Biya passara a maior parte de sua vida de casada e onde morrera. Em Maihar, Swarnlata reconheceu outras pessoas e lugares, fazendo comentários a respeito de diversas mudanças ocorridas desde a morte de Biya. Sri Mishra fez algumas anotações escritas desses reconhecimentos, logo após sua ocorrência. No verão de 1961, passei quatro dias em Madhya Pradesh e entrevistei grande número de pessoas relacionadas ao caso, em Chhatarpur, Katni, Sihora e Jabalpur. Swarnlata continuou a visitar os irmãos e os filhos de Biya, aos quais demonstrava a mais terna afeição.

Swarnlata faz declarações de natureza mais fragmentária sobre outra existência que acredita ter tido após sua vida como Biya, em Katni. Ela afirmou que após ter morrido (como Biya), renascera como Kamlesh, em Sylhet, Bengala (atualmente no Paquistão Oriental) e que nessa vida morrera quando criança, com cerca de nove anos, tendo então renascido na família Mishra. Algumas declarações feitas por Swarnlata a respeito dessa encarnação “intermediária” estão de acordo com a geografia e outros fatos referentes a Sylhet. Contudo, não foi ainda possível identificar, nessa região, uma criança cuja vida corresponda às limitadas informações fornecidas por Swarnlata. (As investigações foram dificultadas pelo fato de Sylhet pertencer atualmente ao Paquistão Oriental).

As canções e danças de Swarnata parecem pertencer à sua vida em Bengala. A letra dessas canções foi identificada como sendo em língua bengali, pelo Professor Pal, que transcreveu algumas para estudo posterior. Sylhet fica numa região onde se fala bengali, ao passo que em Madhya Pradesh, Swarnlata viveu somente entre pessoas que falam hindi. Espero publicar, mais tarde, um outro relato sobre tais canções e suas características lingüísticas. Aqui focalizarei a atenção à vida que Swarnlata disse ter vivido como Biya, em Katni e cidades circunvizinhas.

Os Mishra nunca viveram mais próximos de Katni do que quando moraram em Panna, a qual está a cerca de cem milhas. Katni, Jabalpur e as cidades de Maihar e Sihora, onde moravam membros da família Pathak, estão localizadas em um vale, a sudeste de Panna.


Ian Stevenson

Do livro Vinte casos sugestivos de Reencarnações, de Ian Stevenson.



*Ian Pretyman Stevenson (Montreal, 31 de Outubro de 1918 — Charlottesville, 8 de Fevereiro de 2007) foi um médico psiquiatra canadense e escritor. A sua pesquisa incluía o tema da reencarnação, a experiência de quase-morte (EQM), aparições ou visões no leito de morte, a problemática do relacionamento entre mente e cérebro, e a continuidade da personalidade após a morte.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Reencarnação através dos Tempos

Nessa magnífica oratória, o médium espírita Divaldo Pereira Franco faz uma viagem através do tempo contando a história da doutrina reencarnacionista, desde os primórdios da humanidade até os nossos dias.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Terapia de Vidas Passadas

















Por Victor Rebelo e Érika Silveira

É grande o número de pessoas que dizem ter encontrado na TVP (Terapia de Vidas Passadas) a solução que buscavam há muito tempo para medos, traumas ou dificuldade em lidar com determinadas pessoas ou situações, ou melhor, sensações de origem inexplicável na vida atual. Mistérios que a Ciência oficial ainda busca compreender, mas que ainda está distante de aceitar que as experiências e lembranças podem ficar armazenadas para sempre nos “arquivos” do espírito. Um vasto acervo de memória guardado no cofre do tempo e que o nosso estágio evolutivo não permite, ainda, compreender tamanha complexidade.

Há estudos que mostram que no velho Egito, sacerdotes-médicos já utilizavam o desdobramento espiritual (projeção da consciência) dos enfermos pela indução magnética para que ampliassem a percepção e conseguissem atingir as causas profundas de seus males. Mas na atualidade, foi com os avanços da psicologia transpessoal, que leva em conta o aspecto espiritual do indivíduo, que a TVP – como é conhecida a Terapia de Vidas Passadas – ganhou maior força. O intercâmbio de conhecimento entre a cultura ocidental e oriental também permitiu o crescimento da terapêutica.

Das técnicas utilizadas pela psicanálise de Freud para a expansão da consciência até a regressão de memória e, posteriormente, a vidas passadas, ocorreram grandes evoluções a respeito, mas é preciso caminhar muito, ainda, para que finalmente corpo e alma entrem em plena conexão.

Embora exista maior divulgação sobre regressões obtidas por intermédio de indução terapêutica, com aplicação de técnicas que promovam estados alterados de consciência, há também aqueles que afirmam terem se recordado de fatos importantes relacionados a existências anteriores através de sonhos. Mas neste caso, vamos abordar apenas as regressões de memória promovidas por especialistas. A terapia utilizada de forma correta e séria possibilita que o paciente, durante as sessões terapêuticas, possa entrar em contato com as lembranças traumáticas que influenciam na atualidade determinados comportamentos, e conseqüentemente, consiga se libertar de padrões estabelecidos em diversas existências.

Os especialistas dizem que a TVP é indicada como um recurso importante na compreensão e superação desses desequilíbrios, mas, assim como qualquer outro tratamento, não funciona como mágica capaz de resolver os problemas de todos os pacientes. Além disso, o tratamento deve ser aplicado por profissionais capacitados e não por qualquer pessoa. É o que alerta a Dra. Maria Júlia Peres, considerada a precursora da Terapia de Vidas Passadas no Brasil e fundadora do Instituto Nacional de Pesquisa e Terapia Regressiva Vivencial Peres. Ela associa a terapia cognitivo-comportamental ao uso do estado modificado de consciência, promovido pelo relaxamento físico e mental do paciente. A associação das técnicas permite um processo de auto-resolução dos conflitos interiores e uma reprogramação dos padrões mentais do paciente.

O psiquiatra e conceituado escritor norte-americano, Brian Weiss, especialista em Terapia de Vidas Passadas ressalta, também, sobre o cuidado no momento de escolher o terapeuta adequado, um que saiba diferenciar a imaginação do paciente de uma verdadeira regressão. “Recordo de um paciente que achava que tinha sido Napoleão. Ele via batalhas, uniformes e estratégias de guerra. Nós checamos e os fatos eram realmente reais, mas ele não foi Napoleão, mas um soldado de seu exército e estava, inclusive, a alguns metros dele. Como na vida atual ele era uma pessoa que sentia necessidade de poder, acabou fazendo uma distorção da realidade”, relata.

Em recente visita ao Brasil para o lançamento de seu novo livro, Muitas Vidas Uma Só Alma, Brian Weiss concedeu uma entrevista exclusiva a Revista Cristã de Espiritismo.

Dr. Weiss é o autor de vários livros que bateram recordes de vendas, todos baseados em sua experiência como psiquiatra e terapeuta de vidas passadas. Formado pela Columbia University e pela Yale Medical School, Brian L. Weiss M.D. foi diretor do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami.

O médico, que era cético em relação à existência da reencarnação, diz ter mudado sua visão de vida há 25 anos, após um caso de regressão com uma de suas pacientes, durante uma sessão de hipnose. O caso é relatado no livro Muitas Vidas Muitos Mestres, que se tornou recorde de vendas. A partir desse episódio, Brian Weiss passou a trabalhar com terapia de vidas passadas. Em todos esses anos de experiência, foram mais de quatro mil pacientes atendidos, além de um grande número de palestras por diversos países do mundo.


Leia uma entrevista exclusiva com Dr. Brian Weiss, terapeuta de Vida Passada conhecido mundialmente:


Em geral como é a visão dos americanos em relação à espiritualidade?

Brian Weiss - Está mudando, existem cada vez mais pessoas interessadas no assunto nos EUA. Esse novo conceito vai contra o movimento fundamentalista e ultra-religioso que predomina. Porque religiosidade e espiritualidade são coisas diferentes. A pessoa pode ser extremamente religiosa, mas não ser espiritualizada. Ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas que buscam a espiritualidade, aumenta também a influência, principalmente política, do fundamentalismo, um grupo perigoso, com uma visão fechada a respeito das coisas e que acredita ser dono da verdade. Porém, há nos EUA muitos grupos diferentes, ou seja, diversas correntes de pensamentos.

Os americanos falam sobre Espiritismo?

Sim, de certa forma, mas não como no Brasil, onde a crença é centrada na codificação de Kardec. Eles falam sobre espiritualidade, mas em âmbito mais amplo e geral, o que engloba também outras correntes espiritualistas.

A influência do Protestantismo também está crescendo nos EUA?

Sem dúvida, está crescendo. Para mim a espiritualidade está diretamente relacionada ao amor, independente da religião. A compaixão, a não-violência e a empatia podem estar presentes em qualquer tradição religiosa. Às vezes, penso que o protestantismo está tentando se tornar um só sistema, o que é perigoso demais, porque faz com que as pessoas deixem de ter a mente aberta e se tornem seguidores sem lógica.

Em sua opinião, a Ciência está próxima de provar a existência do espírito?

É difícil medir isso cientificamente, porque hoje em dia tudo é feito com testes de DNA, mas clinicamente é possível verificar um aperfeiçoamento. É fato que existem pessoas se curando de diversos problemas através das memórias de vidas passadas. Quando a pessoa consegue se recordar de uma vida passada, é seu espírito que lembra e não seu corpo, por isso seria difícil comprovar cientificamente, testando-se o cérebro e o DNA. Até agora tem se provado a existência do espírito clinicamente, mas nunca foi utilizado um exame de sangue para isso. Então, ninguém pode provar que funciona através da química cerebral, embora possa ser observada a melhora desses pacientes. É isso que a terapia de vidas passadas e a análise psíquica têm em comum. São técnicas similares que promovem a melhora ou até mesmo, o desaparecimento de sintomas físicos, medos e problemas mentais.

O senhor acredita que algum dia as escolas ensinarão aos alunos temas ligados à natureza espiritual como a reencarnação?

Hoje em dia esse é um assunto importante nos EUA. O país tem a tradição de não ensinar religião nas escolas, eles chamam isso de separação entre a Igreja e o Estado. Na minha opinião é provavelmente o melhor caminho, porque a religião está entrando nas escolas de uma forma errada. Talvez, inserir religião na escola seja uma tarefa mais complicada do que tira-la, porque muitas vezes, dirigentes ignorantes querem impor sua religião. Portanto, seria melhor deixar a religião de lado e deixar essa tarefa para os pais.

Com relação à regressão, ela pode ocorrer sem a interferência de um terapeuta?

Claro que sim, isso acontece o tempo todo. Podemos nos recordar de vidas passadas de forma detalhada por meio dos sonhos. Pode ocorrer, também, quando a pessoa viaja para algum lugar no qual nunca esteve antes e sabe onde tudo se localiza, como se já estivesse estado lá outras vezes. Então existem os sonhos, as memórias espontâneas e o “déjá vu”, expressão de origem francesa que significa “já visto”.

É aconselhável que apenas alguém formado em medicina trabalhe com terapia de vidas passadas ou um médium também atuar nesta área?

São duas coisas diferentes. O médium pode até falar sobre vidas passadas, mas é completamente diferente quando a própria pessoa experimenta e sente novamente as emoções vivenciadas no passado. Nos EUA não temos muitos médiuns, então, não são exatamente eles que fazem isso, mas podem existir pessoas que não possuem treinamento em TVP e isso atrapalha na interpretação de informações. Porque muitos fatos podem ter sentido metafórico ou serem apenas fruto da imaginação. Se o paciente apresentar algum problema psicológico mais significativo, vai precisar de um terapeuta para ajudá-lo a lidar com as emoções revividas.

Existe perigo da pessoa não voltar da hipnose adequadamente?

Eu acredito que não, porque mesmo na hipnose, o subconsciente é muito protetor e não permite que aconteça algo que a pessoa não possa lidar.

Qual foi sua intenção ao escrever o livro A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas?

Foi para mostrar as pessoas e ao meio científico que é possível a cura dessa forma. O livro Muitas Vidas Muitos Mestres teve muita repercussão, especialmente entre a comunidade acadêmica, mas entre os psicólogos e psiquiatras houve muita crítica. Então, quis escrever um livro para mostrar que esse assunto é mais importante e sério do que parece. A obra A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas relata vários casos de pessoas que obtiveram melhora por meio da regressão. Mostra, também, para que serve e como fazer. Minha intenção foi permitir que médicos e cientistas entendessem o que é exatamente essa terapia e que realmente existe uma sólida base clínica para isso.

Poderia citar algum caso de experiência com regressão a vidas passadas?

Existe um caso famoso sobre uma mulher nos EUA. Ela teve uma memória de uma vida passada na antiga Jerusalém e nessa vida recente, sofreu por dezessete anos com um problema severo de dor nas costas, em conseqüência de um câncer que teve. A cirurgia e os tratamentos radioativos causaram danos em suas costas. Através da lembrança de uma vida passada em Jerusalém e das referências a Jesus nessa época por meio da regressão, ela descreveu sua vida com muitos detalhes. Sua forte dor nas costas desapareceu quando se lembrou desses fatos importantes.

E seu livro mais recente, o Muitas Vidas, Uma só Alma, que além de vidas passadas também aborda vidas futuras?

O livro aborda sobre vidas passadas e o processo de cura, mas também sobre vidas futuras. Muitos dos meus pacientes passaram a penetrar no futuro espontaneamente. Eu dizia a eles: “Vá até onde está o problema” e muitas vezes eles se reportavam ao futuro, não apenas ao passado. Eu estava fazendo pesquisa a respeito de sonhos do futuro (pré-cognitivos) e descobri que muitos de meus pacientes que passaram por uma Experiência de Quase-morte desenvolveram a capacidade de sonhar com o futuro. A partir desse fato, cheguei a conclusão de que, se alguns deles, com essas Experiências Quase-morte podiam fazer isso, outros pacientes, através da hipnose, poderiam também e descobri que realmente podem. Muitos dos meus pacientes puderam se reportar não apenas a fatos futuros dessa vida, mas das próximas existências.

Mas o futuro é algo dinâmico...

O tempo só existe aqui nesse mundo. Os estudos da física quântica, por exemplo, mostram que existem dimensões paralelas. Tudo é energia.

Eu acredito que quanto mais as pessoas mudam nessa vida, mais suas vidas mudarão, porque o futuro não é fixo. É como admite a física moderna, existem muitos mundos paralelos. Então, passei a trabalhar mais com vidas futuras, porém nunca esquecendo das vidas passadas, porque ambas estão conectadas.

Poderia citar algum caso?

Eu fiz muitas pesquisas nessa área, levando indivíduos até o futuro. Posso citar o caso de um pai que estava muito preocupado com sua filha porque ela tinha leucemia. Ele “foi” ao futuro e conseguiu ver seus netos, que seriam filhos dela. Então ele sabia que sua filha iria sobreviver. Ao conseguir vislumbrar o futuro, o pai passou a sentir menos medo, se tornou mais amoroso com a filha e ela respondeu a esse estímulo e realmente obteve a cura.

Outro trabalho que fiz, ainda nesta área, foi levar grupos de pessoas em conferências a um futuro distante. Depois essas pessoas responderam a um questionário relatando suas experiências. Eu fiz isso com milhares de pessoas e chegamos a um consenso desses relatos, principalmente os que dizem respeito a mil anos à frente. Os relatos descreviam um mundo muito bonito, sem doenças, violência e com uma população menos numerosa que atualmente.

É importante ressaltar que no caso de experiências futuras trabalhamos com possibilidades e probabilidades. As pessoas enxergam o futuro mais provável, porque não podemos nos esquecer que temos livre-arbítrio, ou seja, poder de escolha que determinará nosso futuro.

Gostaria de deixar uma mensagem aos leitores da Revista Cristã de Espiritismo?

Eu estive em muitos países e acredito que o Brasil seja um dos lugares mais espiritualizados do mundo, mais até do que a Índia, que já foi bastante, mas as coisas mudaram.

Espero que os brasileiros continuem nesse caminho, porque o Brasil pode ser uma luz para o mundo nesses tempos de escuridão. É importante jamais nos esquecermos de que a alma é o que realmente importa, que nossa real natureza é espiritual e não física.

Somos seres espirituais e nós vivemos nessa escola por um tempo, mas não há morte, a alma continua sempre viva.


Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 39.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Poder do Pensamento


Afinidade


O homem permanece envolto em largo oceano de pensamento, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.

Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.

Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.

O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.

Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.

A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.

Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.

De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.

Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.

Somos afetados pelas...

vibrações de paisagens,
pessoas e coisas que nos cercam.

Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.

Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.

Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.

Conversações alimentam conversações.

Pensamentos ampliam pensamentos.

Demoramo-nos com quem se afina conosco.

Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.

Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.

Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.

Dai, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.

Trabalhar incessantemente é dever.

Servir é elevar-se.

Aprender é conquistar novos horizontes.

Amar é engrandecer-se.

Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.


Emmanuel


Do livro Roteiro, de Francisco Cândido Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tendências: Reflexos do Passado


A reencarnação não apaga as experiências adquiridas no pretérito; apenas as encobre com o véu do esquecimento, a fim de que o indivíduo possa prosseguir, sem interferências diretas, a sua jornada evolutiva. Na busca constante de novos conhecimentos, o Espírito completará o seu aprendizado ao longo das eras.

O ser humano, a cada encarnação, enfrentará as vicissitudes que definirão o seu aprimoramento. Se bem-sucedido, incorporará novas conquistas; se derrotado, árduas lutas se travarão entre os verdadeiros e falsos valores incorporados.

Jesus apresenta ao homem a fórmula segura para alcançar os seus objetivos sem tombar pelos atalhos:

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. [...]

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mateus, 7:13 e 21.)

Portanto, todo aquele que direciona a vontade pelos caminhos do estudo, do trabalho digno, do respeito a Deus e aos semelhantes, consegue enriquecer o espírito de bens perenes. Estes bens são conquistas que o tempo jamais apagará.

Experiências adquiridas ficam impressas nos arquivos mentais do Espírito e acompanham-no ao longo das reencarnações, razão pela qual a criança revela tendências incompreensíveis àqueles que desconhecem as leis da reencarnação. De tempos em tempos a mídia revela crianças-prodígio que apresentam o dom da música e se identificam com certos instrumentos sem qualquer aprendizado anterior. Outras encontram tanta intimidade com os números a ponto de realizar cálculos impossíveis de se conceber na faixa etária em que se encontram. Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas. Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos marcantes da vida. Os pais, geralmente, assistem, atônitos, a seus adoráveis rebentos revelarem caráter agressivo ou dócil; confiante ou temeroso; obediente ou revoltado; amoroso ou arredio. Se os genitores apresentam traços semelhantes, certamente se convencerão de que a virtude ou a falha moral, que se manifesta no seu descendente, é de origem hereditária. Daí se ouvir certos refrões: “Aquele menino puxou o gênio do pai, ou a inteligência da mãe”; “Aquele outro tem a agressividade do seu avô”. Há características que em nada se assemelham às dos seus familiares.

O Espiritismo faz luz sobre a diferença entre a hereditariedade e as tendências inatas. Assim, os traços físicos que se assemelham aos dos familiares, como a cor dos olhos, da pele, dos cabelos; compleição física e outros tantos traços, próprios do corpo carnal, pertencem à lei da hereditariedade, pois sua origem está nos elementos biológicos herdados de seus antecessores, os quais compõem a vestimenta material. No entanto, se a criança apresenta deficiências físicas, congênitas ou, até certo ponto, adquiridas, não se pode dizer que são heranças biológicas e sim os reflexos atuais de mazelas que foram armazenadas em vidas anteriores, pelo Espírito que reencarna para cumprir expiação voluntária ou compulsória, a fim de quitar seus débitos com a lei. Entretanto, a hereditariedade pode colaborar para que a lei se cumpra.

As características psicológicas inatas não são heranças que se transmitem de pais para filhos. São, sim, conseqüências de créditos ou débitos adquiridos pelo Espírito em encarnações precedentes. Determinadas tendências que caracterizam o indivíduo podem apresentar semelhanças com as apresentadas por seus genitores. Todavia, se esses traços não foram adquiridos nesta vida, pelos veículos da educação ou do exemplo, certamente se explicam pelas leis da reencarnação. Os dons semelhantes se revelam pela afinidade existente entre famílias espirituais. Há grupos que partilharam, em outras vidas, ou no plano espiritual, experiências afins.

Assim, um ou mais membros de uma mesma família podem ter vivenciado situações pretéritas em que todos ou parte deles pertenceram à mesma família, mesma região, ou participaram de organizações científicas, religiosas, artísticas, profissionais, políticas, que lhes propiciaram tendências semelhantes. Um outro grupo familiar pode se identificar com guerreiros, desordeiros, viciosos com os quais conviveram no passado.

A infância é, portanto, o período apropriado para se reforçar as tendências boas e desfazer as infelizes. E os pais que amam seus filhos não possuem instrumento melhor para educá-los senão o Evangelho, complementado pela disciplina e hábitos saudáveis. Este é o mecanismo para a educação moral do ser em formação.

O insigne Codificador expõe o processo educativo ideal:

“[...] Há um elemento, [...] sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto, a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. [...]”. (O Livro dos Espíritos, questão 685, comentário de Kardec.)

É importante ressaltar que o renascimento não ocorre aleatoriamente, há sempre uma programação com finalidade útil para o Espírito renascente. Portanto, reencarnar não tem por objetivo único cumprir provas e expiações, mas, sobretudo, promover o crescimento do Espírito. Quanto maior o crédito acumulado, mais curto se torna o caminho que conduz aos ideais superiores. Daí a responsabilidade dos pais de investir na educação, no aprimoramento moral dos filhos, ainda no período infantil, a fim de que a reencarnação deles seja proveitosa. Esse é o caminho para que o Espírito cresça de conformidade com os padrões morais evangélicos e, no momento aprazado, retorne à vida espiritual com o futuro consolidado nas leis divinas.

A Doutrina Espírita, alicerçada no Evangelho de Jesus, propõe ao homem o trabalho constante de sua escultura moral.

Aceitar a hereditariedade como causa das insuficiências morais é duvidar da Justiça Divina. A lei da reencarnação é a expressão mais justa da misericórdia do Criador para com suas criaturas. É a oportunidade de desfazer enganos e apagar delitos; de refazer amizades e ampliar vínculos no equilíbrio de energias afins; de se reconstruir o que se destruiu em existências anteriores. É oportunidade de crescer. Afirma Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.)

Esse é o objetivo primordial da reencarnação. É importante que o ser humano se conscientize de que nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem Evangelho. A conquista da luz interior só se alcança com muito suor e lágrimas.

Jesus legou ao homem o mais perfeito roteiro de vida: o seu Evangelho, programado para se projetar futuramente no Consolador, que floresceu na Doutrina Espírita. É preciso valorizar esse tesouro.

Para o Espírito recalcitrante, cujos instrumentos educacionais não surtem o efeito desejado, um outro se apresenta infalível: a dor.

Nesse mecanismo de conquistas e aquisições, ou quedas e sofrimentos, de acordo com as leis da vida, a hereditariedade pode colaborar para a realização desse feito. Assim, o conjunto de hábitos morais e intelectuais, adquiridos e aprimorados por uma educação bem direcionada, se agregarão às tendências inatas arquivadas ao longo do carreiro evolutivo, e jamais se perderão com a desintegração da matéria.

Um físico saudável é benesse adquirida em vivências de equilíbrio e respeito à veste carnal, enquanto que um corpo doente reflete os abusos e vícios cultivados. É, pois, a lei da hereditariedade que faculta esta tarefa. Uma mente prodigiosa revela as conquistas encetadas ao longo de muitas encarnações. Porém, somente um Espírito evangelizado irradiará a paz das conquistas sedimentadas nos celeiros de obras realizadas em sincronia com as leis divinas.

Esta realidade, revelada pela Doutrina dos Espíritos, é o cerne da semente plantada pelo Divino Lavrador.


A. Merci Spada Borges

Fonte: Revista Reformador, fevereiro de 2007

domingo, 14 de novembro de 2010

Mensagem da Semana


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Escola Bendita


Quem vê a terra de longe
Nota que o orbe no espaço
Recorda um comboio de aço
Varando os céus na amplidão;
Em trilhos de mar e terra,
Conquanto em linha disforme,
Formando o comboio enorme
Cada cidade é um vagão.

Contemplo esse trem-escola,
Conduzindo várias classes,
Em salões de muitas faces,
Cada pessoa é aprendiz;

Todo viajor nessa nave,
Em nome da luz Divina,
Luta, sofre e raciocina,
Aprendendo a ser feliz.

Cada qual em seu refúgio,
Seja palácio ou choupana,
Recebe da escola humana
As lições do eterno bem;
Cada aluno está restrito
Ao progresso em que se marca,
Até que, enfim, desembarca
Nas plataformas do além.

Alma querida, prossegue
No educandário sublime,
Que nada te desanime
Nos dias de prova e dor...
Quem conquista as notas altas
Quem mais se alteia e merece
É quem mais serve e se esquece
Na sementeira do amor.


Maria Dolores

Do livro A Vida Conta, de Francisco Cândido Xavier, por Maria Dolores.

sábado, 13 de novembro de 2010

Processo Reencarnatório

Cada um leva para a outra vida e traz, ao nascer, a semente do passado. Essa semente há de espalhar os seus frutos, conforme a natureza, ou para nossa felicidade ou para nossa infelicidade, na nova vida que começa e até sobre as seguintes; uma só existência não basta para desfazer as conseqüências más de nossas vidas passadas. Ao mesmo tempo, os nossos atos cotidianos, ponte de nossos efeitos, vêm juntar-se às causas antigas, atenuando-as ou agravando-as, e formam com elas um encadeamento de bens ou males que, no seu conjunto, urdirão a teia do nosso destino.

O homem constrói o seu próprio futuro.

Reencarnação nem sempre é sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa punição.

Suor na oficina é excesso à competência.

Esforços na escola é aquisição de cultura.

Fase Preparativa

Ocorre, nesta fase, na dimensão extrafísica: Escolha dos futuros familiares e pais biológicos, em função de compromissos, comprometimentos e vinculações cármicas:
• Estabelecimento do programa geral de futuras realizações e auto-realizações no plano físico, tendo em vista os objetivos educativos a serem atendidos;

• Prévia escolha ou determinação de sexo genético, que se verifica de acordo com a respectiva sexualidade e características genético-espirituais do reencarnante e segundo determinantes cármicos consciências preexistentes, tendo em vista futuras realizações;

• Definição do tipo de reencarnação: compulsório ou de livre escolha; provacional; expiatória; sacrificial ou missionária.

• Execução do plano de associação e vinculação psicodinâmica, bioenergética, mental e afetiva - essa fase inclui os futuros pais gestantes e demais familiares, segundo as necessidades de harmonização, entendimento, apoio mútuo, afinidade, sintonia e ressonância.

Em conseqüência das necessidades e exigências específicas de bem cumprir os imperativos naturais das leis da vida, já citadas, nessa etapa da fase preparatória, o Espírito candidato à nova reencarnação passa a conviver no clima psicofísico e emocional dos futuros pais em especial, interagindo dinamicamente com os mesmos, procurando estabelecer as melhores relações de sintonia, afinidade e ressonância indispensáveis ao êxito da concretização do complexo e laborioso planejamento reencarnatório. Múltiplas operações bioenergéticas e magnético-espirituais podem ser realizadas pelos espíritos construtores nas intervenções que se fizerem necessárias na organização perispirítica do reencarnante. Para poder efetivar a ligação com a célula-ovo ou zigoto, a partir da fecundação propriamente dita, ocorre previamente no plano extrafísico, a miniaturização, que se caracteriza pela redução da forma perispirítica.

Com base na análise dos mapas cromossômicose organogênicos, tais intervenções se fazem no sentido de orientar a modelagem bioenergética e genético-estrutural referente à embriogênese e morfogênese do futuro corpo físico, em consonância com a herança cármica e o programa de realização na nova experiência reencarnatória.

Efetuadas as operações de imantação e ligação do perispírito da consciência do reencarnante à célula-ovo, no terço médio da trompa de Falópio, segue-se a nidação no útero materno, com a participação mento-afetiva dos pais gestantes e do filho ou filhos reencarnantes.

Sintonia com o Perispírito Materno


À medida que o espírito se conscientiza da necessidade de renascer no cenário físico, inicia-se todo um processo de acompanhamento e orientação especializada no evento. Como temos, no planeta Terra, as maternidades com ampla estrutura para acolher o recém chegado, no Plano Espiritual existe a correspondente equipe especializada que acompanha aquele que parte. As obras de André Luiz se referem à existência, na Colônia "Nosso Lar", do Ministério da Reencarnação, que coordena estas equipes.

Nos espíritos relutantes, que temem renascer e se recusam a receber o preparo necessário, há intensificação do desgaste de suas unidades energéticas e o torpor conseqüente os impele, compulsoriamente, ao retorno. Algo como se definhassem, morressem para a vida espiritual...

O organismo feminino é o privilegiado ninho que receberá o espírito reencarnante. As ligações afetivas ou os desafetos do passado, presos emocionalmente pelos vínculos energéticos, atraem a entidade ao campo vibratório que se lhe afiniza.

Além da ligação espontânea que se verifica, as equipes especializadas passam a dar assistência e promover a progressiva ligação fluídica do espírito com os fluidos perispirituais da futura mãe. Desta aproximação vibratória do espírito à "candidata" a recebê-lo origina-se uma crescente interpenetração fluídica entre ambos. Estabelece-se um intercâmbio energético nas duas direções, com efeitos bilaterais. O espírito vê-se envolvido na malha energética que o prende suavemente como que expressando um convite ao regaço materno.

As ligações energéticas do espírito em vias de encarnar, que estavam ligadas superficial e globalmente ao perispírito materno, passam, num estágio, a se afunilar progressivamente, dirigindo-se para a região do aparelho reprodutor feminino, estabelecendo ligação mais forte com chacra genésico especializado para esta função. A esta altura, o envolvimento ainda não se efetuou ao nível de corpo biológico materno, mas os fluidos do espírito já buscam adentrar à matéria, irradiando sobre as células físicas pela sua simples presença.

No momento seguinte, a ligação da entidade reencarnante se fará através de suas expansões energéticas ao fluido vital do óvulo materno.

Como sabemos, todas as células vivas irradam um campo energético, decorrente da presença desta energia vital nelas existente. Esta energia vital é que confere o princípio vital ou princípio de vida a todos os seres biologicamente estruturados.

A semelhança semimaterial, ou energética, entre o fluido vital do óvulo e os fluidos perispirituais da entidade reencarnante é que permite a ponte necessária para se estabelecer a conexão indispensável à imantação do óvulo. ... o óvulo ainda não fecundado, magnetizado pelo envolvimento dos fluidos perispirituais do nosso personagem principal: o espírito reencarnante.

O óvulo assim magnetizado permanece irradiando, refletindo as energias do espírito. Passará a espelhar o padrão energético que traduz a real situação evolutiva do espírito. Conforme seu adiantamento moral e intelectual, expressará uma determinada freqüência de ondas em suas vibrações, que se refletirão nas energias que o óvulo irradiará envolvido por esta influência.

Influências no Processo Reencarnatório:

Espíritos Perturbadores: Desafetos, inimigos espirituais do espírito reencarnante ou dos pais.

Mãe Encarnada: Relação anímica, mediúnica, psico-afetiva e biológica (herança genética e gestação).

Pai Encarnado: Relação anímica, mediúnica, psico-afetiva e biológica (herança genética).

Espíritos Geneticistas: Espíritos de elevada hierarquia espiritual que atuam na relação afetiva-espiritual e no desenvolvimento do genótipo do reencarnante.

• O planejamento reencarnatório envolve complexas medidas dinâmicas e teledinâmicas de natureza bioenergética no plano extrafísico, de acordo com a "Genética Espiritual" e lei de Ação e Reação que estabelecem as condições orientadoras na execução do plano reencarnatório individual, de modo a permitir que cada Espírito herde de si mesmo, com a contribuição de seus pais no plano físico;

• Tal planejamento é orientado e administrado nos planos extrafísicos por entidades de elevada sabedoria e hierarquia espiritual. A maior parte da humanidade terrestre, encarnada e desencarnada, ainda se encontra nos primeiros estágios de evolução. Goza de autonomia muito restrita e não tem condições de usar o livre-arbítrio com discernimento;

• Quanto maior for o grau de evolução consciencial ao longo de seu continuum histórico palingenésico maior será a participação direta do espírito reencarnante em todas as fases do planejamento e execução de sua própria reencarnação, sob a assistência técnica dos "geneticistas" e "embriologistas", podendo participar da modelagem do futuro corpo físico, em obediência às leis da "herança espiritual" condicionantes da herança psicofísica biológica.

O Espírito encarnado ou desencarnado é assistido nas suas necessidades de auto-realização e progresso, de acordo com a lei de merecimento;

O Espírito candidato à nova experiência reencarnatória no plano físico passa por uma fase preparatória de análise e auto-análise através de um processo de profunda introspecção, mediante uma visão retrospectiva de sua história pessoal, valendo-se dos registros de sua memória absoluta, vê com clareza e em detalhes esclarecedores as ações pretéritas, podendo ser assessorado pelos mentores no planejamento de um novo projeto reencarnatório. Após esse exame analítico consciencial, cada espírito entra em uma nova etapa de programação da futura existência, em função de sua herança espiritual;

Providências gerais e específicas são tomadas no sentido de conjugar harmonicamente o livre-arbítrio e o determinismo da lei de causa e efeito, objetivando sempre o progresso e o aperfeiçoamento individual e coletivo;

Em obediência à lei de sintonia, afinidade e ressonância, cada espírito encontra-se ligado ao respectivo grupo familiar e racial, ao seu povo ou nação; desse modo, a escolha do grupo familiar e dos futuros pais obedece aos princípios gerais das leis citadas, em consonância com a respectiva herança consciencial, psicológica e espiritual. Essa herança fica registrada na memória genética perispirítica através das matrizes Psi dos respectivos genes. Estes irão se expressar por meio do genótipo ou fenótipo no plano biológico, através da organogênese do futuro corpo físico, com a contribuição biogenética dos respectivos pais.


Fonte: GEAL – Grupo de Estudos André Luiz


Bibliografia:
Gestação: Sublime Intercâmbio, de Ricardo Di Bernardi.

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