sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meditação: Os Pensamentos de Krishnamurti


“A mente meditativa é aquela que se encontra em silêncio. Não se trata do silêncio que a mente pode conceber, nem o silêncio de um entardecer calmo, mas o silêncio que sobrevêm quando o pensamento, com todas as suas imagens palavras e percepções cessa completamente. Essa mente meditativa é a mente religiosa- a mente da religião que não é tocada pela Igreja, pelos templos nem pelos cantos. A mente religiosa é a explosão do amor; esse amor não comporta qualquer separação. Para essa mente, longe é perto. Não é “um” nem “muitos”, mas sim esse estado de amor em que toda a divisão cessa. Da mesma forma que a beleza, não cabe na avaliação das palavras. Só a partir deste silêncio è que a mente meditativa pode actuar.”

“O vale mais parecia um carpete de flores e os declives achavam-se repletos de uma abundância multicolorida delas, tão abundantes quanto à vastidão da terra com todas as suas cidades, verdes prados, pastos, bosques e cidades. Lá estavam tão ricas e belas quanto o próprio vale; todavia, tanto a abundância da natureza como o homem estão destinados a morrer e a surgir de novo. A abundância da meditação não é reunida pelo pensamento nem pelo prazer que o pensamento gera, mas acha-se para além da flor e da nuvem. A partir disso a abundância torna-se tão imensurável quanto à flor e a beleza. Contudo jamais se encontram neste lado da sua manifestação.”

“Se vos preparardes deliberadamente para meditar isso deixará de ser meditação. Se fizerdes por ser bons, jamais a bondade poderá florescer. Se cultivardes a humildade, ela deixará de o ser. Meditação é a brisa que entra quando deixais a janela aberta; porém, se o fizerdes deliberadamente, e a convidardes a entrar, ela jamais surgirá.”

“Não sei se alguma vez notastes que, quando prestais completa atenção, ocorre um estado de silêncio. Nessa atenção não existe fronteira nem centro algum, como aquele que se acha atento e consciente. Essa atenção, esse silêncio, é um estado de meditação.”

“A meditação da mente que se encontra completamente silenciosa constitui a benção que o homem sempre procurou. Nesse silêncio ocorre a verdadeira diferença.”

“A meditação não é a ação da experiência. Se procurais experiências mais amplas e intensas segui e obedecei. Toda a experiência chega ao fim porém, a ânsia e a dor permanecerão. O fim do sofrimento é o começo da sabedoria- a qual não é congregada pela experiência; a experiência só fortalece e cumula o conhecimento. Onde há amor existe sabedoria.”


Jiddu Krishnamurti - (Madanapalle, 11 de maio de 1895 - Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo e místico indiano. Entre seus temas estão incluídos revolução psicológica, meditação, conhecimento, relações humanas, a natureza da mente e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. (Wikipédia)

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