sábado, 24 de abril de 2010

Luzes de Felicidade

Luzes que norteiam o caminho rumo à felicidade.



A Felicidade Na Terra


A felicidade é uma questão de compreensão. As criaturas que encaram a vida sem nenhuma compreensão da sua realidade espiritual não podem ser felizes. Seus momentos de alegria e satisfação passam depressa e são bem poucos. Porque elas colocam a felicidade onde ela não pode estar, querem encontrá-la em coisas ilusórias que logo se desfazem. A felicidade mora em nós mesmos, em nossa consciência.
Temos um objetivo na vida e só somos felizes quando o estamos realizando.

As regras que André Luiz nos oferece mostram isso de maneira bem clara e confirmam O Livro dos Espíritos em sua questão 921. No comentário a essa questão Kardec adverte: “O homem bem compenetrado do seu destino futuro só vê na existência corpórea uma rápida passagem”. Descartes já nos alertava contra o perigo de confundirmos a alma com o corpo. Quando não sabemos nos distinguir do próprio corpo o que buscamos é uma felicidade ilusória, egoísta e efêmera. Ela pode nos satisfazer por alguns instantes, mas logo murchará em nossas mãos e nos sentiremos grandemente infelizes.

É bom gravarmos em nossa mente este ensino de André Luiz: “Criar alegria e segurança nos outros é aumentar o nosso rendimento de paz e felicidade”. Esta não é apenas uma recomendação moral, é uma lei cientifica. Porque a vida humana é psíquica e não material. Vivemos num oceano de vibrações psíquicas, em permanente permuta com as outras pessoas. Se pensamos no mal atraímos vibrações más, se pensamos no bem atraímos boas vibrações, e se fazemos o bem criamos um potencial de bondade, paz e felicidade ao nosso redor, beneficiando também os outros.

É evidente que não podemos mudar o mundo por nós mesmos. Nem podemos fazer-nos anjos de um momento para outro. Temos o nosso passado negativo, mas o presente nos oferece a oportunidade de criar um futuro positivo. Enquanto o criarmos com nossos bons pensamentos e boas ações teremos a felicidade que é possível ao homem gozar na Terra, mundo ainda inferior, de provas e expiações. Venceremos nossas provas com alegria e superaremos nossas provações com esperança, compreendendo que nos libertamos a nós mesmos para a felicidade real do espírito que é o destino de todas as criaturas.


Irmão Saulo

Do livro “Na Era do Espírito”, de Francisco C. Xavier e Herculano Pires.





A Alegria no Dever


Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.

Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.

O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.

Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.

João ouviu o conselho e não vacilou.

O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.

Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.

O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou :

– João, cumpriste o prometido?

– Sim – respondeu o apóstolo. Nesse instante, o doente acordou, compreendeu a Vontade Divina e rendeu graças a Deus.

– Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?

– Sim – tornou o jovem, visivelmente contrariado –, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.

Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo :

– Então, ainda falta um dever a cumprir – o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.

O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.

A tranqüilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento da Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.


Meimei

Do livro “Pai Nosso”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier





Buscando a Felicidade


A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pode existir na alma humana, quando a criatura compreender que a felicidade verdadeira é sempre aquela que conseguimos criar para a felicidade do próximo.

O primeiro passo, porém, para a aquisição de semelhante riqueza é o nosso entendimento das leis que nos regem, para que o egoísmo e a ambição não nos assaltem a vida.

O negociante que armazena toneladas de arroz, com o propósito de lucro fácil, não poderá ingeri-lo, senão na quantidade de alguns gramas por refeição.

O dono da fábrica de tecidos, interessado em reter o agasalho devido a milhões, não vestirá senão um costume exclusivo para resguardar-se contra a intempérie.

E o proprietário de extensas vilas, que delibera locupletar-se com o suor dos próprios irmãos, não poderá habitar senão uma casa só e ocupar, dentro dela, um só aposento para o seu próprio repouso.

Tudo na existência está subordinado a princípios que não podemos desrespeitar sem dano para nós mesmos, e, por esse motivo, a felicidade pura e simples é aquela que sabe retirar da vida os seus dons preciosos sem qualquer insulto ao direito ou à necessidade dos semelhantes.

Assim, pois, tudo aquilo que amontoamos, no mundo, em torno de nós, a pretexto de desfrutar privilégios e favores com prejuízo dos outros, redunda sempre em perigosa ilusão a envenenar-nos o espírito.

Felicidade é como qualquer recurso que só adquire valor quando em circulação em benefício de todos.

Em razão disso, saibamos dar do que somos e a distribuir daquilo que retemos, em favor dos que nos partilham a marcha, porque somente a felicidade que se divide é aquela que realmente se multiplica para ser nossa alegria e nossa luz, aqui e além, hoje e sempre.

Emmanuel

Do livro Inspiração, de Francisco Cândido Xavier















Carta aos Tristes


Alma irmã de nossas almas,

Por que vives triste assim?

Todos os males da Terra

Chegarão, um dia, ao fim.


Se tens o teu pensamento

Na idéia da salvação,

Já deves compreender

Que o mundo é de provação.


É justo que sintas muito

As lágrimas da saudade,

Que chores um ente amigo

Na senda da iniqüidade.


É certo que neste mundo,

Onde há espinho em toda a estrada

Não há lugar para o excesso

Do riso ou da gargalhada.


Mas, ouve. O amor de Jesus

É como um sol de harmonia.

Quem se banha em Sua luz

Vive em perene alegria.


Demasia de tristeza

É sinal de isolamento.

Quem foge à fraternidade

Busca a sombra e o desalento.


Guarda o bem de teus esforços

Num plano superior,

Não há tristeza amargosa

Para quem ama o labor.


Transforma as experiências

Pelas quais hajas passado,

Num livro fraterno e santo

Que ampare o mais desgraçado.


O serviço de Jesus

É tão grande, meu irmão,

Que não oferece ensejo

A qualquer lamentação.


O senso de utilidade

Deve sempre andar contigo.

Transforma em vaso de amor

Teu coração brando e amigo.


Dá sorrisos, esperanças,

Ensinos, consolação.

Espalha o bem que puderes

Na senda da redenção.


Enche a tua alma de fé,

De paz, de amor, de humildade.

Não há tristeza excessiva

Onde exista a Caridade.


Quando, de fato, entenderes

A caridade divina,

Tua dor será no mundo

Como fonte cristalina.


Dá sempre. Trabalha. Crê.

E a tua fonte de luz

Há de cantar sobre a Terra

Os júbilos de Jesus.


Casimiro Cunha

Psicografia de Francisco Candido Xavier















Feliz


Não digas: “não sou feliz”
Ante a dor que te acrisola;
A Terra é uma sublime escola,
Lembrando imenso jardim;
Fita o quadro que te cerca:
Do mar as mínimas fontes,
Do abismo ao topo dos montes,
Tudo é vida aos Céus sem fim.


Maria Dolores

Do livro Agenda de Luz, de Francisco Cândido Xavier

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