quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Boas Notícias

Esse é o nosso destaque para algumas das notícias positivas que aconteceram entre os meses de novembro e dezembro de 2009 :


Mundo sem Guerras

Sensação de Esperança à mostra no Fórum Zero Armas Nucleares


O Fórum Zero Armas Nucleares foi realizado em Toronto essa semana, trazendo consigo renomados experts e ativistas para discussões informativas sobre o desarmamento nuclear. Cerca de 250 pessoas participaram, e o que talvez tenha sido o mais notável foi que todas as conversações foram com o sentimento de otimismo e esperança que chegar a um mundo livre de armas nucleares está se tornando possível.

Pressenza Toronto, 15-11-2009: O prefeito David Miller deu o ponta-pé inicial, calorosamente recebendo todos os convidados e participantes, e falando pessoalmente sobre a experiência de sua própria família na Segunda Grande Guerra. O prefeito Miller é um membro dos Prefeitos pela Paz e também aderiu a Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência.

O primeiro palestrante, conectado através de vídeo-conferência ao vivo, foi o presidente dos Prefeitos pela Paz, o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba. O Akiba falou sobre o novo momento de esperança trazido pela administração Obama, e disse que enquanto Obama estiver se movendo cautelosamente, ele ainda estará se movendo mais rápido em direção ao desarmamento do que se poderia imaginar a apenas alguns anos atrás.

Realmente, ele disse que as declarações de Obama sobre as metas na redução de armamento ainda parecem estar fora da própria visão dos Prefeitos pela Paz, por volta do ano 2020, e sabiamente remarcou que “Nós deveríamos prestar atenção à velocidade na qual o mundo está mudando, ou podemos nos descobrir obsoletos.”

Anthony Cary, alto comissionado britânico no Canadá, também ecoou esse senso de otimismo, falando sobre como “depois de uma década de impasses, há realmente uma esperança agora para o desarmamento nuclear.” Cary recebeu vários questionamentos da platéia sobre os submarinos britânicos Trident e da necessidade de conectar a questão da proliferação da energia nuclear aos armamentos nucleares.

O renomado escritor Jonathan Schell encerrou a primeira noite com uma conversa envolvente sobre como estamos agora “na sétima década da era nuclear”. Destacou que a surpreendente aparição de componentes da ala de direta às vozes pelo desarmamento, dizendo que quando pessoas como Kissinger começam a fazer declarações públicas sobre a necessidade do desarmamento, “é como o sacerdócio se voltando contra seu próprio dogma.”. Schell naturalmente congratulou esse desenvolvimento, explicando que tal apoio, “retira-nos do gueto político no qual costumávamos nos encontrar.”

O discurso continuou com uma olhada na distância entre a visão de Obama de “sem armamentos nucleares” e as decisões concretas das negociações atualmente sendo realizadas, explicando que isso fora o resultado da permanência de uma “mentalidade de desencorajamento” quando, de fato, “arsenais nucleares são proliferantes, não desencorajadores”. Para terminar, Schell ressaltou que a questão do desarmamento nuclear precisar estar ligado às mudanças climáticas, e vista como “parte de uma agenda maior para a Terra”, dado que ambas as questões afetam a sobrevivência de nossa espécie e toda a vida no planeta.

“Um mundo sem guerras um dia foi um sonho, e agora é uma necessidade”, concluiu ele, para ser animadamente aplaudido.

No sábado, o painel intitulado “Superando os obstáculos” voltava-se a questões de verificação do cumprimento de tratados e impasses entre Estados Unidos e Rússia; “Zona Ártica livre de Armas Nucleares” voltam a como estabelecer tal zona tornando-a possível, “Despertar e Sustentar a Vontade Política”, realizadas pelo ativista-acadêmico, e ex-embaixador canadense pelo desarmamento, Douglas Roche.

O Fórum Zero Armas Nucleares foi organizado por Metta Spencer de Ciência pela Paz, e co-patrocinado pelo grupo canadense Pugwash, Físicos pela sobrevivência Global, e a canadense Voz Feminina pela Paz.

Roberto Verdecchia


17 novembro, 2009 de Winagaoka
Fonte: Marcha Mundial Pela Paz e a Não Violência.


Seu Sonho é nosso Sonho


Em homenagem ao discurso de Martin Luther King “I have a dream”, Tomás Hisch falou no Memorial à Lincoln, em Washington D.C. O porta-voz latino-americano da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência fez referência ao sonho de um mundo sem armas nucleares e sem guerras. Declarou ainda sua decepção pela decisão tomada pelo presidente Obama de enviar ao Afeganistão mais tropas.

Tomás Hirsch resgata sonho de Martin Luther King para pedir que Obama volte atrás na decisão de aumentar tropas no Afeganistão.

PressenzaWashington DC, 2009-12-08 Como porta-voz da América Latina para o Novo humanismo, hoje aqui no mesmo lugar onde Martin Luther King teve aquele grande sonho, eu declaro que seu sonho nos inspira plenamente. Seu sonho é um farol que nos guia para um futuro melhor para toda humanidade. Seu sonho é nosso sonho.

O mundo de hoje não é o mundo que Martin Luther King sonhou. O mundo de hoje não é aquele que gostaríamos para nossas crianças. O mundo de hoje é violento. Milhões de pessoas vivenciam a violência todos os dias, em diferentes formas.

Estamos marchando, cruzando todos os continentes, buscando a Paz e a Não Violência. Estamos caminhando porque compartilhamos o sonho de um mundo melhor. E sabemos que é possível.

Mas até aqui, em Washington, devo declarar nossa decepção pela decisão de ontem do presidente Obama de enviar ao Afeganistão mais tropas. Vamos ser claros: A paz não será conseguida aumentando as ações militares.

Sr. Presidente: Como Prêmio Nobel da Paz que você é agora, mostre ao mundo seu comprometimento pela paz e desarmamento, começando o processo de retirada das tropas dos países invadidos.

Finalmente, como latino-americanos, vindo de um continente que sofreu durante séculos todos os tipos de violência, eu me comprometo, como todos aqui, a dedicar nossas vidas para criar um mundo melhor. Um mundo onde já é presente em nossos sonhos.

dezembro 8, 2009 de WiNagaoka

Fonte: Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência, Pressenza IPA
Tradução Luiz Alb Silva


Ciência

Brasil Encabeça Ranking de Combate à Mudança Climática

“Pela primeira vez, um país emergente desbanca os desenvolvidos em ranking publicado por ONGs européias.”

O Brasil encabeça a lista de um ranking de combate à mudança climática publicado nesta segunda-feira (14) por uma organização não governamental européia.

Pela primeira vez desde que o indicador começou a ser medido pela ONG Germanwatch e a rede Climate Action Network (CAN), um país emergente ocupou a liderança no ranking, passando para trás países desenvolvidos como a Suécia, a Alemanha e a Noruega.

Três primeiras posições do ranking estão vazias, porque nenhum país está se esforçando o suficiente para prevenir uma perigosa mudança climática.

O Brasil obteve uma nota 68, o que o coloca no grupo dos países cujo desempenho nesse sentido é considerado "bom".

No mesmo grupo ficaram a Suécia (67.4), Grã-Bretanha e Alemanha (65.3), França (63.5), Índia (63.1), Noruega (61.8) e México (61.2).

Canadá e Arábia Saudita ficaram no fim da lista, com desempenho 'muito ruim'

"É muito bom que países emergentes estejam ganhando posições neste ranking", avaliou o diretor europeu da rede CAN, Matthias Duwe.

"Estão mandando um sinal claro, durante as negociações de Copenhague, de que estão comprometidos em combater a mudança climática. Gostaria apenas que outros países europeus estivessem demonstrando o mesmo compromisso com as mudanças positivas."

As organizações elogiaram a melhora do marco legal de proteção ao clima no Brasil. Mas adotaram uma postura cautelosa em relação à desaceleração do ritmo de desmatamentos no país, que reduziu as emissões de carbono do país.

"Ainda não está claro se isso é resultado de uma menor demanda por óleo de palma e soja na atual crise econômica."

Esforço insuficiente

O quinto índice de desempenho da mudança climática (CCPI, na sigla em inglês) avaliou as medidas que estão sendo tomadas em 57 países e as comparou com o que está sendo feito em outros países e com o que a organização considera ser necessário fazer para evitar um aumento de 2°C na temperatura do planeta.

Como a ONG considera que "nenhum país está se esforçando o suficiente para prevenir uma perigosa mudança climática" - ou seja, ninguém está cumprindo o critério número dois -, nenhum desempenho foi considerado "muito bom", o que deixou vazias as três primeiras posições do ranking.

No fim da lista, entre os países com desempenho "muito ruim", ficaram o Canadá (40.7) e a Arábia Saudita (28.7).

A ONG ressaltou que, apesar de estar entre os dez maiores emissores mundiais de CO2, até agora o Canadá não anunciou nenhuma política significativa em relação ao tema.

Já a Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, é considerada uma espécie de "inimiga" dos ambientalistas por questionar a origem e a importância do fenômeno de aquecimento global.

Na mesma categoria, e a apenas oito do fim do ranking, ficaram os Estados Unidos (46.3).

"Há uma série de propostas de políticas climáticas tramitando no Congresso americano no momento, mas nenhuma ainda aprovada", disse o diretor de políticas da Germanwatch, Christoph Bals.

"Uma lei que realmente reduza as emissões, assim como uma posição forte em Copenhague, melhoraria sua posição no ranking."

Fonte G1 Globo Notícias, 14 de dezembro 2009


Estados Unidos anunciam que vão doar US$ 1 bi para Combate ao Desmatamento


“Fundo de curto prazo somaria um total de US$ 3,5 bilhões. Austrália, França, Japão, Noruega e Grã-Bretanha participariam.”

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (16) que vão contribuir com US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,7 bilhão) para um fundo de curto prazo US$ 3,5 bilhões destinado a desacelerar o desmatamento.

Austrália, França, Japão, Noruega e Grã-Bretanha também integram o plano de proteção das florestas anunciado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

O governo americano afirmou que os recursos seriam condicionados em um acordo político ambicioso de combate ao aquecimento global.

Fonte
G1 Globo Notícias, 16 de dezembro 2009

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