sábado, 15 de agosto de 2009

Boas Notícias

Essas são as notícias positivas que selecionei para esse mês:


Meio-Ambiente

Maiores economias propõem limite de aquecimento de 2ºC

Ao fim de uma reunião na Itália para tentar chegar a um acordo sobre cortes de emissões de gases que provocam o efeito estufa, líderes das 17 principais economias do mundo divulgaram uma nota concordando sobre a necessidade de manter o aquecimento global médio em no máximo 2º em relação aos níveis pré-industriais. "Como líderes das maiores economias do mundo, tanto desenvolvidas quanto em desenvolvimento, temos a intenção de reagir com vigor a este desafio, convencidos de que a mudança climática representa um perigo claro, que requer uma reação global extraordinária", diz a nota. O consenso entre a maior parte dos cientistas é de que a partir de um aquecimento de 2º, as conseqüências para o planeta passam a ser "imprevisíveis". Apesar das palavras fortes, o comunicado não dá indicações de como esse objetivo deve ser atingido, já que não estabelece qualquer meta ou compromisso conjunto nem prevê financiamento para desenvolvimento limpo das economias mais pobres.


Companhia da Boa Notícia, 17/07/2009


Ciência:

Vacina polivalente para gripe pode chegar em dois anos, afirma epidemiologista:

Americano Donald Henderson liderou erradicação da varíola no mundo.
Ele diz que não se deve temer nova gripe e defende restrição do Tamiflu.

Donald Henderson, que completa 81 anos no mês que vem, venceu a guerra contra a varíola, mas admite que essa talvez seja a última doença infecciosa a ser realmente erradicada no planeta. O epidemiologista americano, pesquisador do Centro de Biossegurança da Escola Médica da Universidade de Pittsburgh, trabalhou décadas junto com a Organização Mundial da Saúde usando vacinas para enfrentar epidemias e diz que, embora eliminar a gripe ou outras doenças muito comuns seja um objetivo quase impossível, ainda dá para fazer muito com a ajuda de imunizações.

Com os avanços recentes na pesquisa sobre os vírus influenza, por exemplo, ele prevê que em cerca de dois anos será possível obter uma vacina relativamente polivalente contra a gripe, impedindo que sejamos pegos de surpresa por um novo vírus a cada ano. Em entrevista ao G1 por telefone, Henderson diz que a melhor comparação histórica com a pandemia atual de gripe é o ano de 1957 -- que presenciou um surto relativamente leve do vírus -- e defendeu a política de só aplicar Tamiflu ou outros antivirais em pacientes graves da doença. Confira a conversa abaixo.

G1 - A humanidade teve um sucesso tremendo no século XX em praticamente eliminar doenças infecciosas mortais, e o trabalho do sr. é uma prova disso. O sr. vê chances de erradicar doenças infecciosas importantes que ainda estão por aí, como a gripe ou a Aids?

Henderson - Francamente, tenho dúvidas de que isso seja possível. Vai ser muito difícil erradicar realmente outras doenças, como conseguimos fazer com a varíola [nos anos 1970]. Ainda acho que podemos fazer muita coisa com a ajuda de vacinas, mas a erradicação é um objetivo ambicioso demais.

Vejamos, por exemplo, o caso da poliomielite. O Brasil fez um trabalho fantástico contra essa doença, sou testemunha disso, mas ainda continuamos lutando com ela em outros lugares do mundo. E não é por falta de dinheiro. Foram investidos US$ 6 bilhões nos projetos contra a pólio, mas alguns problemas são difíceis de superar.

Fazendo uma comparação com a varíola: a pólio exige várias doses para uma boa imunização, enquanto a varíola só precisa de uma. Existem três cepas principais da poliomielite, enquanto havia apenas uma da varíola. E há o problema da estabilidade da vacina em ambientes tropicais. Você precisa de refrigeração o tempo todo, enquanto a vacina da varíola era muito mais estável.

G1 - Levando esses fatores em conta, o sr. acha que dá para melhorar a maneira como a vacina da gripe é fabricada e distribuída hoje, para evitar que o mundo seja pego de calças curtas por um novo vírus, como ocorreu neste ano?

Henderson - Eu acho que dá, e esses passos estão sendo dados. O grande problema é que até 2003 ou 2004 havia relativamente muito pouca pesquisa sobre os vírus influenza. Nós ainda estamos usando uma técnica muito velha para produzir vacinas, com a ajuda de ovos de galinha -- da mesma maneira que se fazia há 50 anos.

É possível, por exemplo, produzir as vacinas usando cultura de tecidos em laboratório, o que seria muito mais rápido. Em segundo lugar, precisamos desenvolver vacinas que nos protejam de diferentes cepas do vírus da gripe. Com a velocidade de mutação do vírus, muitas vezes você acaba criando uma vacina que tem uma cara boa no laboratório mas, ao ser aplicada, só protege de 30% a 40% das pessoas. Dá para fazer melhor do que isso usando, por exemplo, adjuvantes -- substâncias que fortaleçam o estímulo que a vacina causa ao sistema de defesa do corpo.

Eu acho que dentro de não mais do que dois anos vamos ver grandes mudanças nessa área, com a criação de vacinas que cubram, por exemplo, todos os tipos de H1N1, ou mesmo todos os tipos de influenza. Por meio de manipulação genética, vai ser possível criar antígenos [moléculas que estimulam o sistema imune a produzir anticorpos] que correspondam a todas as cepas do vírus. Existem pontos comuns entre os vários vírus -- é uma questão de desenhar o antígeno de forma precisa.

G1 - O Brasil tem visto um número considerável de mortes causadas pela nova gripe entre pessoas relativamente jovens e saudáveis. Até que ponto isso é preocupante, na sua opinião?

Henderson - Mesmo quando você considera a gripe sazonal [normal], algumas pessoas saudáveis ficam muito doentes e morrem. Numa gripe sazonal, nós podemos ver taxas de infecção que vão de 10% a 15% da população, enquanto a nova gripe parece estar mais para proporções entre 25% e 30%. Isso significa que, naturalmente, você vai ver mais casos de todos os tipos -- inclusive os mais graves.

Os dados que vi até agora, vindos dos EUA, do México e da Europa, ainda mostram que a predominância de mortes vem de quem já tem alguma complicação, como problemas pulmonares sérios, obesidade, diabetes severa e sistema imune comprometido.

G1 - O governo brasileiro determinou que o Tamiflu e drogas antivirais similares sejam usadas apenas em pacientes de casos graves da nova gripe. Como a droga é mais eficaz nas primeiras 48 horas de uso, não se trata de uma medida perigosa para a saúde pública?

Henderson - Primeiro, é importante lembrar que outros países adotaram essa medida. E ela faz certo sentido. Tudo o que não queremos é chegar a cepas de vírus resistentes a esses medicamentos, e é o que vai acabar acontecendo se o uso se tornar maciço.

Em segundo lugar, a maioria dos casos é, inegavelmente, bastante leve nos sintomas. Poderíamos, por exemplo, tentar restringir o uso dos remédios aos doentes graves e à família desses doentes. Mas, mesmo que tivéssemos dinheiro e capacidade de produzir todos esses remédios -- coisa que não temos --, ainda acho que não seria sábio, por causa do risco da resistência do vírus.

G1 - Como é que o senhor avalia a resposta da OMS e da comunidade internacional ao desafio da pandemia?

Henderson - Creio que, no geral, todos estão fazendo um bom trabalho. Houve um certo mal-entendido no começo, porque as pessoas temiam que o vírus fosse parecido com o da gripe aviária, que pode até matar metade dos infectados, o que seria muito mais sério, ou com a da gripe espanhola de 1918.

Na verdade, estamos lidando com uma epidemia muito mais parecida com a de 1957, que também causou preocupação no mundo inteiro, mas foi relativamente bastante leve. Nos EUA, por exemplo, quando se percebeu que a transmissão era sustentada em 1957, nem as aulas foram canceladas no começo do ano letivo, que era em setembro. E o resultado não teve nada de catastrófico, pelo contrário.

Acredito que a situação atual é mesmo semelhante à de 1957. É como se houvesse uma tempestade cheia de relâmpagos num momento, e de repente o sol volta a brilhar logo depois. A taxa de infecção pelo vírus atual talvez continue relativamente alta por dois ou três anos, e então ele ficará idêntico ao da gripe sazonal. Creio que ele será um problema muito menor no inverno deste ano no hemisfério Norte, porque muitas pessoas já estarão protegidas, talvez até 3% da população, evitando o espalhamento dele.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

G1, Globo Notícias, 24/07/09


Médico comenta a reinvenção do raio X

Miniaturização permitirá associação de diagnóstico e tratamento.
Radioterapia poderá ser aplicada no local exato onde é necessária.

Descobertos a mais de 110 anos, os raios X praticamente não mudaram em todo esse tempo. Mas essa tecnologia, presente em nosso dia a dia, pode estar prestes a mudar. Wilhelm Rontgen descobriu que existia um tipo de raio ainda não conhecido enquanto estudava condução elétrica em tubos com vácuo. Esses raios eram capazes de fazer aparecer os ossos quando atravessavam o corpo humano.
Por sua descoberta, ele recebeu o prêmio Nobel em 1901. Os aparelhos de raios X de lá para cá continuam seguindo o mesmo princípio científico. O aquecimento de filamento dentro de um tubo à vácuo gera elétrons, atinge um eletrodo e esse choque emite os raios X.
Os aparelhos evoluíram na forma e na capacidade de emitir sequências de raios e captá-los de forma computadorizada (a tomografia computadorizada).
Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, pode trazer essa tecnologia ao mundo dos chips. Em vez de aquecer um filamento de metal, o cientista Otto Zhou propõe que inúmeros nanofilamentos promovam a emissão de elétrons por efeito de campo. A nova tecnologia permitirá a criação de aparelhos muito menores do que os que existem hoje em dia.
Essa técnica também permitirá que em vez de um gerador de raios X que roda em volta do corpo do paciente na tomografia computadorizada atual, vários emissores sejam colocados sob a forma de anel. Esses novos aparelhos poderão gerar imagens de forma muito mais rápida do que hoje.
Por exemplo, uma tomografia do coração inteiro poderá ser feita dentro do intervalo de um só batimento cardíaco. Outras aplicações deverão ocorrer no campo da radioterapia onde atualmente se faz o exame diagnóstico e depois o tratamento. Essa miniaturização permitirá a associação de diagnóstico e tratamento. A radioterapia poderá ser aplicada no local exato onde é necessária. Um modelo experimental já está sendo desenvolvido pela Universidade em associação com uma empresa alemã.

Luis Fernando Correia

G1, Globo Notícias, 14/08/09

Solidariedade:

Solidariedade das Voluntarias Sociais da Bahia marca presença na Stock Car

A primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais, Fátima Mendonça, na solenidade de inauguração do circuito da Stock Car, entregou ao presidente da Vicar, Carlos Col e ao presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo Cleyton Tadeu Penteira, um relatório sobre a arrecadação de alimentos não-perecíveis que conseguiram com a troca de ingressos para o evento.
Fátima Mendonça aproveitou para dizer que de todos que estavam ali presente, ela era a mais feliz. “Eu me sinto realizada e muito feliz, junto com minha equipe, por ter conseguido uma troca tão significante para ajudar essas instituições que tanto precisam”, enfatizou Mendonça.
No total foram arrecadados 2,5 toneladas de feijão, duas mil latas e 1,22 mil pacotes de leite em pó, beneficiando cinco instituições de caridade. Segundo Clayton Oliveira, responsável pelo Núcleo de Apoio a Criança com Câncer-NACC, que compareceu ao evento, juntamente com os demais representantes das instituições beneficiadas, fez questão de ressaltar a importância do trabalho desenvolvido pelas Voluntárias Sociais da Bahia, “Fico contente por essa parceria com as Voluntárias, que desenvolvem um trabalho humanitário, principalmente porque estamos sempre precisando de colaboração tão significativa como essa”, afirmou Clayton.

Instituições beneficiadas

Núcleo de Apoio a Crianças com Câncer / NACC
Casa de Apoio e Assistência aos Portadores do Vírus HIV CAASAH
Fundação Pequeno Príncipe
Valorização Individual do Deficiente Anônimo Lar VIDA
Instituição Assistencial Beneficente Conceição Macedo


Voluntárias Sociais da Bahia, 07/08/09

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