sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Gotas de Luz: “Tipos de Faculdades Mediúnicas”


Segundo “O Livro dos Médiuns” (Allan Kardec), a mediunidade se apresenta sobre diferentes tipos de faculdades, dentre elas as principais são:


1-Efeitos físicos: os médiuns de efeitos físicos são os que produzem efeitos materiais, como movimentos dos corpos inertes, ruídos, etc. Podem-se dividi-los em médiuns facultativos e médiuns involuntários.

Médiuns facultativos: são os que tem consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da sua vontade.

Médiuns involuntários ou naturais: São aqueles cuja influência se exerce com o seu desconhecimento. Não tem consciência do seu poder e, frequentemente o que se passa de anormal ao seu redor não lhe parecem em nada extraordinário.

Obs: devido ao próprio progresso, que é uma lei natural, a mediunidade de efeitos físicos se torna cada vez mais rara. Ela remonta aos primórdios da humanidade e foi um dos grandes marcos do advento do espiritismo.

2-Médiuns sensitivos ou impressionáveis: São as pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão, uma espécie de roçadura sobre todos os membros, da qual não se pode dar conta. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis e a impressionabilidade, assim, é antes uma qualidade geral do que especial: é a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras.
Geralmente o médium reconhece a natureza do espírito, segundo a impressão que ele sente com a proximidade do mesmo. Quando um bom espírito, tem sempre uma impressão doce e agradável, quando um mau espírito, a sensação é penosa, ansiosa e desagradável.

3-Médiuns Audientes: São os que ouvem a voz dos espíritos, algumas vezes é uma voz íntima que se faz ouvir no foro interior; de outras vezes é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, entrar em conversação com os espíritos. Quando tem o hábito de se comunicarem com certos espíritos, os reconhecem imediatamente pelo caráter da voz.

4-Médiuns falantes: Neles os espíritos atuam nas comunicações sobre os órgãos da palavra; os médiuns falantes se exprimem geralmente sem ter consciência do que diz, e, frequentemente dizem coisas completamente fora de suas idéias habituais, de seus conhecimentos e mesmo do alcance da sua inteligência. Mesmo desperto e num estado normal, raramente conservam lembrança do que disse, em suma, a palavra é nele um instrumento do qual se serve o espírito, e com a qual uma pessoa estranha pode entrar em comunicação, como pode faze-lo por intermédio do médium audiente.

5-Médiuns videntes: São dotados da faculdade de ver os espíritos. Há os que gozam dessa faculdade no estado normal, quando estão perfeitamente despertos, e dela conservam uma lembrança exata; outros não a tem senão no estado de sonambúlico ou próximo do sonambulismo.

6-Médiuns sonâmbulos: São os médiuns que agem sob influência do seu próprio espírito, ou seja, num momento de transe sonambúlica, a sua alma gozando de uma certa liberdade, ou seja, nos momentos de emancipação, vêem, ouvem e percebem fora dos limites dos sentidos. Sua alma livre goza vive por antecipação a vida dos espíritos.

7-Médiuns curadores: Consiste principalmente no dom que certas pessoas tem de curar pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto mesmo, sem o socorro de nenhuma medicação. Pode-se afirmar que isso não é outra coisa senão o magnetismo, porém quando se examina esse fenômeno com cuidado, pode-se reconhecer sem esforço que há alguma coisa a mais.

8-Médiuns Pneumatógrafos: Dá-se esse nome aos médiuns aptos a obterem a escrita direta, o que não é dado a todos os médiuns escreventes.

Médiuns psicógrafos ou escreventes: Transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita. Dividem-se em: mecânicos, intuitivos, semi-mecânicos e inspirados.

Médiuns mecânicos: são os que não tem a menor consciência do que escrevem, é uma faculdade preciosa pelo fato de não poder deixar nenhuma dúvida sobre a independência daquele (espírito) que se comunica.

Médiuns intuitivos: A transmissão do pensamento ocorre também por intermédio do espírito do médium, ou melhor de sua alma, uma vez que designamos sob esse nome o espírito encarnado. O espírito estranho, neste caso, não atua sobre a mão para faze-la escrever; não a toma, não guia; ele age sobre a alma, com a qual se identifica.

Médiuns semi-mecâncicos: No médium puramente mecânico, o movimento da mão é independente da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semi-mecânico participa dos dois gêneros; sente uma impulsão dada à sua mão, malgrado seu, mas, ao mesmo tempo, tem a consciência do que escreve, a medida que as palavra se formam.

Médiuns inspirados: Toda pessoa que recebe, seja no estado normal, seja no estado de êxtase, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados; como se vê, é uma variedade de mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma potência oculta é ainda bem menos sensível, porque, nos inspirados, é ainda mais difícil distinguir o pensamento próprio do que é sugerido.


Texto resumido do Livro dos Médiuns Caps: XIV e XV págs 181 a 197, para aprofundamento no assunto recomendo o estudo completo desses capítulos.

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